Recentemente dona deelma e seus asseclas anunciaram que iriam implantar um monstrengo chamado Sociedade de Propósito Específico - SPE ( Vixe, parece nome de inseticida), para permitir a participação de empresas privadas na construção e operação de aeroportos no Brasil.
Vamos por partes, como diria Jack o Estripador.
Inventar essa tal de SPE é procurar uma forma politicamente correta de dizer PRIVATIZAR, ação correta e democrática de retirar o estado de funções que não são suas, mas que soam como palavrão nos ouvidos petralhas. A outra parte diz respeito à tal invenção.
Claro que é prematuro se tomar posição a essa altura do campeonato, uma vez que não se conhece a forma e conteúdo com que esse monstro irá ser posto no mundo.
Pelo que se sabe, a idéia é criar parceria de empresas privadas com a Infraero para gerir e operar o que já existe e cuidar de ampliações e reformas em conjunto.
Aí é que mora o perigo. Primeiro que começam errado ao confundir objetivo e forma com necessidade e premência.
A incompetência da Infraero extremamente politizada, corrompida e violentada para cuidar de suas instalações Brasil afora é inquestionável. Razão pela qual o caos se verifica em 99,9% dos aeroportos nacionais. Quando se põe na mira as necessidades imediatas de ação nos terminais aéreos, mormente aqueles das cidades-sede da Copa do Mundo, com destaque para o Rio de Janeiro pelas Olimpíadas; como o motivo central da operação, muda-se o foco da discussão e do problema real: as péssimas instalações que temos. A solução deverá estar completamente desvinculada dessas datas fatídicas para que realmente sejam levadas a sério e tocadas pelos que realmente querem fazer o serviço funcionar.
Outra coisa é: como vai se encaixar experiência e expetise dos técnicos da Infraero que realmente conhecem do ramo com a determinação e pragmatismo de empresários, clientes e usuários dos terminais? Quem manda em que e em quem? Fala-se em 51% privados e 49% da Infraero, mas como poder de voto iguais e poder de veto pela estatal. É claro que uma poha dessas não vai funcionar ou vai virar um antro de corrupção: você decide por mim e eu lhe pago por fora.
Quem se disporá a investir sacos de dinheiro em um empreendimento que outros vão controlar. Principalmente quando o "outro" é o governo. E aqui ressalto: QUALQUER GOVERNO.
Decisões técnicas de prioridades, cronogramas, etapas serem atropeladas pelo vereador da esquina é algo inadmissível, mas vai acontecer se o modelo for o que se anuncia.
Como a mãe pátria estará presente através de seu braço financeiro BNDES, o cacique se propõe a "tocar"o aeroporto Eduardo Gomes aqui em Manaus, cuja foto vemos acima.
Farei o reparo do que me incomoda como usuário: ampliação do terminal de passageiros com todas as facilidades de embarque e desembarque inexistentes e implantação de lojas que atendam os interesses dos passageiros e usuários e não dos administradores do aeroporto; ampliação dos pátios de aeronaves do terminal principal; do terminal de voos regionais (o chamado Eduardinho) e do terminal de cargas; ampliação das instalações de alfândega e fiscalização de cargas internadas e exportadas e suas áreas de armazenagem; ampliação e diminuição de preços do estacionamento; implantação do sistema de transfer próprio para acabar com a exploração dos taxistas exclusivos; dispor de melhor conforto de um modo geral para os frequentadores.
Agora minha parte comercial: o terminal de Manaus será o ponto de entrada de toda carga que venha das Américas Central e do Norte, bem como do Pacífico (Japão, Coreia, China, Singapura, etc) e dai recambiada para o resto do Brasil. Prá isso vou precisar de uma segunda pista.
Faço isso em 4 anos no máximo e prá atender os próximos 30 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário