Morram de inveja petralhas. O mensalão de vocês foi coisa de criança. Os hermanitos superaram o processo usando alta tecnologia.
Por lá, as ofertas de propina chegam via SMS e envolve o governador peronista Daniel Scioli, que foi
vice-presidente de Néstor Kirchner, é aliado do tambotim portenho e governa a mais importante província do país (40% do
eleitorado e 33% do PIB nacional).
O jornal O Clarim publicou que os parlamentares estavam debatendo um novo imposto agrário que o Scioli quer implantar,
pois está enrolado com graves problemas fiscais da província. Um
ixperto repórter-fotógrafo percebeu uma intensa troca de mensagens entre os deputados provinciais e ligou o alarme contra chuncho. Deu certo: as fotografias mostram, após ampliadas em alta resolução, que um deles digitou que oferecia "150 mil pesos por
cabeça".
Pipocam nomes no Clarim, que aqui omito por serem ilustres desconhecidos, mas é gente graúda, assim como aqui. Tem uma delas que escreveu "Bom, rapazes.
Não contemos mais coisas e cuidado."
Daniel Scioli, que nas pesquisas de opinião é o
segundo colocado em popularidade na esfera governamental, depois da presidente
Cristina, corre sérios riscos de não conseguir pagar os salários do
funcionalismo público.
Para driblar a grave crise de caixa, o governador enviou à Assembleia
Legislativa da província o projeto de lei que cria um pesado imposto agrário,
que desatou a fúria dos ruralistas. A aprovação da lei; que contou com votos até da oposição (é, por lá também tem cagão); provocou a convocação de um locaute agrário de nove dias.
Lá atrás, em 2008, a própria Cristina tentou uma manobra semelhante no Congresso e tomou um toco pois a medida acabou
reprovada com o voto de minerva do então vice-presidente Julio Cobos, que passou
a ser encarado como "traidor" e abriu uma crise no governo, que dura até hoje. Sem falar nos bloqueios de rodovia pelos produtores rurais.
Vamos ver se por lá tem algum Kakai ou Tomás prá ajudar a moçada.