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sábado, 26 de maio de 2012

Lavadora de Filhos

Olha o que esse animal fez. "Brincando", colocou o filhote na máquina de lavar, que seguindo sua programação, fechou, travou e ligou.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cordelando 64: Em Boca Fechada Não Entra Mosquito


Todo mundo bem conhece,
O ditado repetido.
Que em boca bem fechada,
Nunca que entra mosquito.
Pois não é que no congresso,
Repetiu-se a enganação.
E mais um que foi depor,
Não respondeu nada não.

Isso tinha acontecido,
Numa sessão do passado.
Nem me recordo quem foi,
Com certeza algum safado.
Chega lá fica calado,
Como coisa natural.
Alegando que mantinha,
Direito constitucional.

Às vezes tem uma cena,
Um truque mesmo nojento.
E obrigam quem depõe,
A pestar um juramento.
O cabra bem caladinho,
Concorda e acha legal.
Mas não diz poha nenhuma,
E fica tudo normal.

Dessa vez foi o bandido,
Chamado de Cachoeira.
Orientado que foi,
Que é prá não dizer besteira.
Ficou somente ouvindo,
Pergunta de senador.
E o Marcinho que né besta,
Cada pergunta anotou.

Fazer papel de palhaço,
Sem que me incomodou.
Mas acho que no congresso,
Coisa norma se tornou.
Fazem pergunta de monte,
Até com coisa legal.
Quando o sujeito se cala,
Fica puto e coisa e tal.

Perguntam da roubalheira,
Da empresa e da mulher.
E o cabra lá bem sentado,
 Só responde se quiser.
Advogado do caro,
Do lado só a ouvir.
Ensinando o depoente,
Até mesmo a sorrir.

A senadora Abreu,
Indignada ficou.
Chamou até de bandido,
Mas o Ômi se calou.
Deu um sorriso de lado,
Fingiu que com ele não era.
E que aquela ofensa,
Por certo não foi de vera.

O senador do Amapá,
Muito mais puto ficou.
Disse que essa vergonha,
O congresso já passou.
Mas que ia se calar,
Sem fazer pergunta não.
A menos que a mulher,
Respondesse a indagação.

O outro do Paraná,
Arriscou a brincadeira.
Se não iria falar,
Que chamasse prá cadeira.
O senhor advogado,
Ex-ministro da nação.
Se a grana era pouca,
Como cobrou dinheirão.

Teve um mais espertinho,
Acostumado a mandar.
Perguntou ao Cachoeira,
Se ele ia entregar.
Todos a quem deu dinheiro,
Seja pouquinho ou montão.
Só prá merecer um dia,
Um favorzinho de irmão.

O fato é que de novo,
No congresso nacional.
Os nossos parlamentares,
Nos fizeram ficar mal.
Perguntaram baboseira,
Quase nada de anormal.
De novo sendo enganados,
Por ixperto marginal.

Mas como nesse Brasil,
Nada escapa ao piadão.
Super Maurício Ricardo,
Nos preparou um filmão.
Mostrando que quem pergunta,
A  um grande figurão,
Na verdade é que não quer,
Escutar resposta não.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cachoeira e Xuxa

Banner Ministério da Saúde

O Atraso Que Adianta

Todo mundo sabe que ontem o próprio (des)governo divulgou que apenas 5% das obras da copa 2014 estão concluidas e que 41% nem sairam do papel. Desde ontem que se comenta sobre isso em todos os jornais, blogs e redes sociais.
Nessa conta, entraram no cálculo obras de estádios, mobilidade urbana e infraestrutura, como portos e aeroportos, trens, monotrilhos, BRTs e metrôs. Os projetos terminados equivalem a 1% do investimento total previsto para o Mundial, na primeira pegada orçados em R$ 27,1 bilhões, o que claro será multiplicado por 10, seguindo a tradição do PAN.
As informações dão conta que dos 41% das obras que nem começaram, 9% tiveram a licitação concluída, 17% estão em processo de licitação e 15% ainda estão em fase de elaboração do projeto.
 Na cabeça da equipe do governo e do Ronaldo fenômeno, os estádios estão dentro do cronograma, as obras de mobilidade urbana e infraestrutura "avançaram" e o Brasil irá realizar a melhor copa de todos os tempos.
Na verdade, oito dos 12 estádios em construção para a Copa do Mundo não concluíram nem 50% das obras.
Que teve o discaramento de fazer a apresentação foi o ministro do Esporte Aldo Rebelo, que apresentou o balanço das obras num contaminante otimismo disse que "O conjunto das obras guarda completa sintonia e compatibilidade com os prazos de entrega". Aldo também acha que "as obras estarão prontas dentro do prazo de entrega, que é antes da Copa de 2014."
 Já na terça-feira o presidente da FIFA Joseph Blatter, voltou a cobrar o Brasil. "O Brasil não é um país pobre. É a sexta maior economia do mundo. Tem ativos. Eles sabem o que precisam fazer. Mas não estão fazendo o trabalho no tempo certo."
Dom Aldo ainda disse que “Não sei por que o preconceito com as obras no papel. Vamos tratar com mais generosidade o que está no papel. Estar no papel não significa necessariamente atraso. Sabemos que no Brasil, pela complexidade de sua estrutura democrática e institucional, é preciso atender um grande número de requisitos e exigências legais, leis, portarias, decretos, instruções normativas”. Ou seja, passado o "sufoco", grana e muita, vai rolar e udo será feito nas coxas e faremos a festa, às vésperas da eleição de presidente.
Na cabeça do Aldo, não há o conceito e a ideia do atraso. Estamos com um olho no peixe e outro nogato; ou nas palabras dele, "Temos um olho no estágio atual das obras e outro olho na conclusão das obras. Acreditamos que as obras estarão prontas antes do prazo de entrega”.
Penso que o olho a que se refere o caro tocador de obra seja aquele traseiro que levou um chute do Valcker dia desses.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Olho Vivo e Guarda Alta


Logo, logo (????) será iniciado o julgamento dos canalhas envolvidos no maior escândalo do planeta, o mensalão, aquele que o 9 dedos diz não ter existido e não passar de uma tentativa de golpe. Pelo andar da carruagem, haverão dezenas de tentativas de babar o processo e transformar tudo numa imensa marmelada.
Além dos membros da corte serem numa maioria esmagadora indicados pelos petralhas e seus comparsas, muitos deles tendo se pronunciado de forma, no mínimo suspeita, quando dizem que "não vão julgar sob pressão, não tem pressa, não é sangria desatada" e coisas afins.
Recentemente, foi incluido no processo um documento assinado por dez dos advogados de réus da ação pedindo ostensivamente a todos os ministros do STF que não julguem o caso "com a faca no pescoço", conforme informa a imprensa nesta quarta-feira.
Na maior das caras de pau, o texto diz textualmente que "embora nós saibamos disso, é preciso dar mostras a todos de que o Supremo Tribunal Federal não se curva a pressões e não decide "com a faca no pescoço"
Além disso, faz referências a uma frase dita por Ricardo Lewandowski, em um restaurante de Brasília, após o tribunal receber a denúncia contra os acusados de participar do esquema: "A correria para o julgamento, atiçada pela grita, já seria indício do contrário e é preciso que o Brasil não tenha essa percepção, que abalaria sua confiança num Poder Judiciário independente como o que temos."
Çuas inçelenças adEvogados informam que adotaram o documento por estarem "preocupados com a inaudita onda de pressões deflagradas contra a mais alta corte brasileira".
Inaudita poha nenhuma. É um berreiro enorme das pessoas e organizações de bem e que querem ver estes canalhas atrás das grades e devolvendo o dinheiro público.
Os causídicos sugerem ainda ao STF que se limite o julgamento a duas sessões por semana numa invenção que eles chamaram de “pauta técnica” entregue aos ministros do STF. Os defensores dos réus pleiteiam também que sejam realizadas no máximo três sustentações orais por sessão, para evitar o cansaço dos magistrados. Tem peão que passao dia inteirinho no sol cortando cana e não se cansa.
A comitiva de 35 juristas foi recebida pelos ministros e a audiência transcorreu em clima de cordialidade. Foram ouvidas as ponderações dos advogados, mas não houve manifestações sobre acolhimento ou indeferimento da pauta proposta.
Um dos presentes, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, também participou da reunião e disse que “são apenas sugestões”.
A ideia do encontro com o presidente da Corte foi do criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira. Na semana passada ele foi ao STF entregar a três ministros o memorial; peça com os argumentos finais da defesa. Experiente, Mariz percebeu a importância de levar ao STF reivindicações da classe. “Somos protagonistas indispensáveis do processo, sem defesa não há julgamento. É preciso que o STF leve em consideração nossas preocupações acerca da forma como será realizado o julgamento.”
Os advogados sugerem agendamento do julgamento numa “ordem normal dos processos do tribunal, para não haver procedimento de exceção”. Alegam que o processo do mensalão não deve passar à frente de outras demandas. “As reivindicações são absolutamente razoáveis, de ordem técnica, que têm por objetivo dar andamento normal ao julgamento do mensalão e sem prejuízo dos demais processos que poderão também ser julgados pelo STF”, diz Mariz de Oliveira.
Ele avalia que tais medidas, se acolhidas, poderão “evitar a paralisação do Supremo em razão de um único caso”. “Não queremos protelar, todos os jurisdicionados devem receber o mesmo tratamento por parte do Poder Judiciário. As reivindicações têm caráter eminentemente técnico processual. Visam exclusivamente ao exercício normal do direito de defesa.”
Sobre a hipótese de prescrição, Mariz de Oliveira rechaça a hipótese: “Não há nenhum risco, apenas em 2015 isso poderá ocorrer, mesmo assim na dependência da pena eventualmente aplicada.”
De qualquer forma, olho vivo e guarda alta. Toda forma que conseguirmos de alertar os ministros que estamos atentos vale a pena.

terça-feira, 22 de maio de 2012

De Novo as Montadoras


Crise? Que crise? É só mais uma marolinha. Inflação? Isso não ecziste. O povo está feliz, bem alimentado, com a saúde perfeita, muita grana do bolsa-família e do Brasil Fofinho e o campeonato de futebol começou.
Tanto que ontem a governANTA afirmou que o Brasil "está 100%, 200%, 300% preparado para enfrentar qualquer crise econômica". Segundo ela, as obras de infraestrutura do governo federal, fazem parte de "um conjunto de armas contra crises externas". Acrescento eu: mesmo que estejam só no papel ou no caixa das empreiteiras?
E continua a detuça: "O Brasil, em vez de estar parado esperando a crise, está ativo, fazendo investimentos. Nós vamos resistir à crise criando emprego, investindo em infraestrutura e investindo em atividades sociais."
Deelma ainda praticou seu esporte favorito, criticando a forma como países europeus estão conduzindo a crise, segundo ela, "produzindo uma das maiores recessões de que se tem notícia. Alguns países têm taxas de desemprego que nós sequer concebemos (rsrs haha ushuaushua e sei mais lá quantos simbolismos para risadas) .
No alto de sua prepotência, ainda citou o volume de reservas internacionais do Brasil (atualmente, de US$ 370 bilhões) e disse que "Antigamente, o mundo espirrava lá fora e nos pegávamos uma pneumonia. Hoje não pegamos mais. O nosso futuro está preservado. Temos um compromisso com a geração de empregos".
Mas parece que a coisa real está beeeem longe da realidade. Tanto que o governo anunciou ontem mesmo uma série de medidas para estimular o consumo, de novo usando as montadoras de veículos, embora tenha deixado uma brecha para a aquisição de bens de capital (máquinas e equipamentos). O pacote, claro, está calcado na redução de impostos, aumento de prazos de financiamentos e corte de juros.
Eles esperam que isso provoque uma redução de cerca de 10% no preço dos automóveis, mesmo que a renúncia fiscal fique perto de R$ 2,1 bilhões
Além disso, o Banco Central vai liberar R$ 18 bilhões do chamado depósito compulsório dos bancos para financiamentos de veículos.
Do lado dos pobres bancos, tanto os públicos quanto os privados se comprometeram a cortar juros, aumentar o volume de crédito e aumentar o número de parcelas em que os financiamentos são oferecidos e as humildes montadoras prometeram ainda dar enorme descontos entre 1 e 2,5% sobre o preço de tabela cobrado pelos veículos hoje, além de fazer promoções especiais.
Sem falar no magnânimo presente de não demitirem trabalhadores.
O combalido BNDES abrirá linhas para o pré-embarque terão taxas reduzidas de 9% ao ano para 8% e para o financiamento de ônibus e caminhões de 7,7% para 5,5%. Nas operações de compra de máquinas equipamentos, os juros caem de 7,3% para 5,5% e para o financiamento de projetos de obras de 6,5% para 5,5% ao ano.
É claro que ninguém citou nem de longe que a economia deu sinais berrantes que o crescimento do Brasil pode ser menor do que o esperado em 2012; outro PIBINHO e não o tão propagado PIBÃO.
Enquanto isso, manda-se o povão embarcar em novas e crescentes dívidas. Danem-se. Depois damos outra bolsa qualquer poha.
Não pude evitar de atualizar o post quando vi esta charge do Jarbas no Diário de Pernambuco. Os 300 de deelma. Ótima.

domingo, 20 de maio de 2012

Anamã: Uma Cidade 100% Alagada. Raro e Histórico


Anamã é uma pequena cidade às margens do rio Solimões, cujas elevadíssimas águas este ano, cobriram TODAS as suas ruas. Um fato raro e histórico, que embora trágico, é passível de convivência pelos nativos. O filme amador a seguir mostra esta relação de convívio entre o povo e o rio.

O Importante É Que Nossa Emoção Sobreviva



Quando eu estava na escola de engenharia, cantar essa música era pedir prá ser preso, porque o governo militar taxava Paulo César Pinheiro de reacionário. Mas nos ajudava a lutar pela liberdade de falar que temos (???) hoje.
Transladado o período, TENHO CERTEZA que é muito atual. O nome da música é mordaça.

O IMPORTANTE É QUE NOSSA EMOÇÃO SOBREVIVA.