Todo mundo sabe que ontem o próprio (des)governo divulgou que apenas 5% das obras da copa 2014 estão concluidas e que 41% nem sairam do papel. Desde ontem que se comenta sobre isso em todos os jornais, blogs e redes sociais.
Nessa conta, entraram no cálculo obras de estádios, mobilidade urbana e infraestrutura, como portos e aeroportos, trens, monotrilhos, BRTs e metrôs. Os projetos terminados equivalem a 1% do investimento total previsto para o Mundial, na primeira pegada orçados em R$ 27,1 bilhões, o que claro será multiplicado por 10, seguindo a tradição do PAN.
As informações dão conta que dos 41% das obras que nem começaram, 9% tiveram a licitação concluída, 17% estão em processo de licitação e 15% ainda estão em fase de elaboração do projeto.
Na cabeça da equipe do governo e do Ronaldo fenômeno, os estádios estão dentro do cronograma, as obras de mobilidade urbana e infraestrutura "avançaram" e o Brasil irá realizar a melhor copa de todos os tempos.
Na verdade, oito dos 12 estádios em construção para a Copa do Mundo não concluíram nem 50% das obras.
Que teve o discaramento de fazer a apresentação foi o ministro do Esporte Aldo Rebelo, que apresentou o balanço das obras num contaminante otimismo disse que "O conjunto das obras guarda completa sintonia e compatibilidade com os prazos de entrega". Aldo também acha que "as obras estarão prontas dentro do prazo de entrega, que é antes da Copa de 2014."
Já na terça-feira o presidente da FIFA Joseph Blatter, voltou a cobrar o Brasil. "O Brasil não é um país pobre. É a sexta maior economia do mundo. Tem ativos. Eles sabem o que precisam fazer. Mas não estão fazendo o trabalho no tempo certo."
Dom Aldo ainda disse que “Não sei por que o preconceito com as obras no papel. Vamos tratar com mais generosidade o que está no papel. Estar no papel não significa necessariamente atraso. Sabemos que no Brasil, pela complexidade de sua estrutura democrática e institucional, é preciso atender um grande número de requisitos e exigências legais, leis, portarias, decretos, instruções normativas”. Ou seja, passado o "sufoco", grana e muita, vai rolar e udo será feito nas coxas e faremos a festa, às vésperas da eleição de presidente.
Na cabeça do Aldo, não há o conceito e a ideia do atraso. Estamos com um olho no peixe e outro nogato; ou nas palabras dele, "Temos um olho no estágio atual das obras e outro olho na conclusão das obras. Acreditamos que as obras estarão prontas antes do prazo de entrega”.
Penso que o olho a que se refere o caro tocador de obra seja aquele traseiro que levou um chute do Valcker dia desses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário