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sábado, 1 de outubro de 2011

Num Caixa de Supermercado

Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

Dicionário Brasileiro de Prazos


Para evitar que estrangeiros fiquem "pegando injustamente no nosso pé", está-se compilando o "Dicionário Brasileiro de Prazos". Alias, este livro já deveria estar pronto desde 1999, mas atrasou. Por isso extraímos alguns trechos que seguem abaixo:
*DEPENDE*: Envolve a conjunção de várias incógnitas, todas desfavoráveis. Em situações anormais, pode até significar sim, embora até hoje tal fenômeno só tenha sido registrado em testes teóricos de laboratório. O mais comum é que signifique diversos pretextos para dizer não.
*JÁ JÁ*: Aos incautos, pode dar a impressão de ser duas vezes mais rápido do que já. Ledo engano; é muito mais lento. Faço já significa "passou a ser minha primeira prioridade", enquanto "faço já já" quer dizer apenas "assim que eu terminar de ler meu jornal, prometo que vou pensar a respeito."
*LOGO*: Logo é bem mais tempo do que dentro em breve e muito mais do que daqui a pouco. É tão indeterminado que pode até levar séculos. Logo chegaremos a outras galáxias, por exemplo. É preciso também tomar cuidado com a frase "Mas logo eu?", que quer dizer "tô fora!" .
*MÊS QUE VEM*: Parece coisa de primeiro grau, mas ainda tem estrangeiro que não entendeu. Existem só três tipos de meses: aquele em que estamos agora, os que já passaram e os que ainda estão por vir. Portanto, todos os meses, do próximo até o Apocalipse, são meses que vêm!
*NO MÁXIMO*: Essa é fácil: quer dizer no mínimo. Exemplo: Entrego em meia hora, no máximo. Significa que a única certeza é de que a coisa não será entregue antes de meia hora.
*PODE DEIXAR*: Traduz-se como *nunca*.
*POR VOLTA*: Similar a *no máximo*. É uma medida de tempo dilatada, em que o limite inferior é claro, mas o superior é totalmente indefinido. Por volta das 5h quer dizer a partir das 5 h.
*SEM FALTA*: É uma expressão que só se usa depois do terceiro atraso. Porque depois do primeiro atraso, deve-se dizer "fique tranqüilo que amanhã eu entrego." E depois do segundo atraso, "relaxa, amanhã estará em sua mesa. Só aí é que vem o amanhã, sem falta."
*UM MINUTINHO*: É um período de tempo incerto e não sabido, que nada tem a ver com um intervalo de 60 segundos e raramente dura menos que cinco minutos.
*TÁ SAINDO*: Ou seja: vai demorar. E muito. Não adianta bufar. Os dois verbos juntos indicam tempo contínuo. Não entendeu? É para continuar a esperar! Capisce? Understood? Comprendez-vous? Sacou? Mas não esquenta que já tá saindo...
*VEJA BEM*: É o *Day after* do depende. Significa "viu como pressionar não adianta?" É utilizado da seguinte maneira: "Mas você não prometeu os cálculos para hoje?" Resposta: "Veja bem..." Se dito neste tom, após a frase "não vou mais tolerar atrasos, OK?", exprime dó e piedade por tamanha ignorância sobre nossa cultura.
*ZÁS-TRÁS*: Palavra em moda até uns 50 anos atrás e que significava ligeireza no cumprimento de uma tarefa, com total eficiência e sem nenhuma desculpa. Por isso mesmo, caiu em desuso e foi abolida do dicionário.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cordelando 25: Bandidos de Toga

Tem coisas que são estranhas,
Só ocorrem no Brasil.
A juíza que falou,
Coisa que nunca se ouviu.
Mexendo na caixa preta,
Aquecendo o imaginário.
Acendeu uma fogueira,
No poder judiciário.

A doutora é togada,
Na corte superior.
E por causa desse cargo,
Pro conselho ela entrou.
Pensando em procurar,
Os malfeitos dos dotô.
Que pelo Brasil afora,
Nas juntas fazem cocô.

O Conselho foi criado,
Pela emenda federal.
Prá poder botar os olhos,
Em quem nunca foi igual.
Os juízes que nas cortes,
Ninguém sabia o que fez.
De repente têm que dar,
Satisfação a vocês.

E saíram os auditores,
Norte e sul desse país.
Descobrindo coisa errada,
Que ardia até nariz.
O processo adormecido,
Ou da página que sumiu.
Juiz não julgava nada,
Apareceu no Brasil.

Foram feitas varreduras,
Em tudo que foi instância.
Na primeira, na segunda,
Em todas deu variança.
Tinha coisa tão antiga,
Do tempo de seu Cabral,
Pegando tudo que é vara,
Viu todo tipo de mal.

Teve gente que sabia,
Como era bom julgar.
Pro lado que tinha grana,
A pontinha ia ganhar.
O conselho foi marcando,
Todo erro que ele via,
E punindo os culpados,
Sem pena nem valentia.

Essa parte causou queixa,
Nos homem que veste negro.
Ninguém nunca que buliu,
Nas coisa que era segredo.
Pareceu que todos eles,
Desde os tempos de Dom João.
Só ficavam enrolando,
Não julgavam nada não.

E lá no tal do Conselho,
Tinha uma parte danada.
Bem na corregedoria,
Uma juíza arretada.
Que começou a mexer,
Nos montes de documento.
E descobriu escondido,
Cobra, lagarto e jumento.

A Doutora Eliana,
De tanto que futricou.
Incomodou tanta gente,
Que o Supremo acordou.
Hoje começa por baixo,
Primeira e segunda linha.
Espera mais um pouquinho,
Que logo chega na minha.

Tá certo que teve corte,
Que a mulher não foi lá não.
No tribunal de São Paulo,
Não lhe deram brecha não.

Acontece que ela disse,
Que não conseguiu entrar,
Pois quem manda no Supremo,
Bem antes veio de lá.
E dentro daquelas portas,
Por mais que ela desse esporro,
Só ia investigar,
Se Garcia pegasse Zorro.

Apareceu no pedaço,
Uma associação.
Que ajuntava os Dotô.
Na mesma organização.
A tal de AMB,
De repente fez fuxico,
E correu lá no Supremo,
Prá fazer o mexerico.

Disse que era ilegal,
Julgamento tão em voga.
Depois que a mulher falou,
Que tinha bandido de toga.
Por mais que ela dissesse,
Que não era todo mundo,
Arrumaram uma quizomba,
E levantaram o defunto.

O que quer a alta corte,
Depois do caso instalado.
Só quem julga o Juiz,
É o Juiz do seu lado.
Se ele for seu amigo,
Por mais que tenha respeito,
O que se deve pensar,
É que ele é suspeito.

E assim segue a história,
Como sempre já se viu.
Não tem quem respeite o povo,
Muito menos o Brasil.
Não se corre atrás do erro,
Não se pune a maldade.
E com a benção da corte,
Viva a Impunidade.


O que se vai decidir,

Ainda não resolveu.

Na sessão que teve ontem,

O Supremo arrefeceu.

Pois teve gente gritando,

Ponta a ponta do Brasil.

Se tiver impunidade,

Vá prá potaquepareo.

Cordelando 26: Alugando o TCU

Quando macaco Simão,
Escreve o seu conceito.
País de piada pronta,
Esse Brasil não tem jeito.
Nêgo acha que ele diz,
Sem muita propriedade,
Mas se abrir bem o olho,
Vai ver que é de verdade.

Recentemente abriu,
Uma vaga de primeira.
Ministro do TCU,
Desses da mala bem cheia.
E que era reservada,
Pelo tipo do mandado,
Para ser deliberada,
Pelos nossos deputados.

E se tinha candidato?
Coisa igual nunca se viu.
De norte a sul; leste a oeste,
Gente de todo Brasil.
Porque a boca é da boa,
Não é só o pagamento.
Prá levantar da cadeira,
Só o sujeito morrendo.

Mordomia tem é muita,
Paga 25 mil.
O trabalho é bem pouquinho,
Moleza igual não se viu.
Equipe tem e da boa,
Em todo canto e lugar.
Conta de todo Brasil,
É a corte de julgar.

Dessa vez teve peleja,
De gente que tem poder.
Um que tava na mutuca,
A tempo querendo ser.
Pois já tinha disputado,
Com chance de vencedor.
Átila Lins bem que quis,
Mas encarou traidor.

Alguns que lá disputaram,
Esqueci até do nome.
Não tinham como jogar,
Seja mulher, seja homem.
Prá valer nessa disputa,
Só 3 nomes que contavam,
Aldo Rebelo no meio,
Átila vem logo atrás.
E disparado na frente,
Só dava a Ana Arraes.

Prá cima e prá baixo do nome,
Do dava governador.
Seja o seu velho pai,
Ou o filho que ela criou.
Sobre o qual se conta estória,
Lá em Recife eu ouvi.
Que ele podia ser filho,
Do tal Chico Jabuti.

O fato é que ele jogou,
Na campanha seu poder.
Não queria nem pensar,
De a mãe dele perder.
Fez na corte acampamento,
Falou com todo partido.
Esquecendo qualquer briga,
Não deixou ninguém ferido.

Nem bem acabou a disputa,
Um buxixo apareceu.
Dizendo que alugaram,
Carro que se escafedeu.
Da amiga da madame,
Pago com dinheiro teu.

Tinha negócio de cargo,
No gabinete de Ana.
Da dona da locadora,
Também do pai da fulana.
E na sala da empresa,
Pouca coisa que se viu.
Caixa velha, colchão sujo,
Até disco de vinil.

Valha-me Nossa Senhora,
Como pode coisa assim.
Que julga conta dos outros,
É mais pior do que ruim.
Dona Ana Arraes lá na corte,
Só pode ser brincadeira,
Pois quem faz a coisa errada,
Não senta nessa cadeira.

Aprovada com louvor,
Seja câmara ou senado.
Dona Ana inté falou,
Sem modéstia do seu lado.
Vou lá prá poder fazer,
Julgamento politiqueiro,
Que esse negócio de tecnico,
É coisa de devaneio.
Pois quem pára uma obra,
Gasta muito mais dinheiro.


Uma coisa então se diga,

Bem alto nessa nação.

Mais uma vergonha que surge,

Enganando o povão.

Uma casa que seria

Prá cuidar de nosso imposto.

Vira antro de bandido,

Aumentando o desgosto.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Quem Pode Mais Chora Menos



Coisas desse Brasil varonil.

Ontem o casal Garotinho tomou uma na cabeça. A juíza da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goitacazes, Gracia Cristina Moreira do Rosário, determinou a cassação dos diplomas da prefeita Rosinha Garotinho (PR) e do vice Francisco Arthur de Souza Oliveira, por terem se utilizado de veículos de comunicação para propaganda pessoal indevida.
Com essa decisão, Rosinha e o vice ficam inelegíveis por três anos, a contar da eleição de 2008 (o que já vai vencer, diga-se de passagem). Também foi condenado processo por abuso de poder econômico o maridão da prefeita, o deputado federal Anthony Garotinho (PR), eleito no ano passado. Claro que cabe recurso ao TRE-RJ mas já existe uma decisão.

Por outro lado, por 16 votos a 2, os deputados que compõem o Conselho de Ética (ha ha ha ) da Câmara dos Deputados rejeitaram o relatório de Fernando Francischini (PSDB-PR), que pediu a abertura de processo contra o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) por indícios "incompatíveis com o decoro parlamentar". Com isso, o pedido foi arquivado.
Valdemar, enrolado até o pescoço no mensalão (que nunca existiu), mobilizou todo o PR para participar da reunião e alega que todas as denúncias contra ele são feitas sem nenhum tipo de prova.
Acontece que o processo contra Valdemar tem quatro casos bem concretos de irregularidades:
- Carta do vereador Agnaldo Timóteo em que são narradas relações "indecorosas" com integrantes de partidos políticos, entre eles, Valdemar, em cobrança de propina para a manutenção da cessão de espaço público para a Feira da Madrugada, cujo administrador foi assassinado e que seria uma das testemunhas no caso.
- Vídeo contendo aliciamento e cooptação do deputado Davi Alvez Silva, para a mudança de partido, por meio de atendimento privilegiado do ex-sinistro Alfredo Nascimento (Transportes).
- Entrevista de Valdemar assumindo tráfico de influência e querendo nomear diretores de bancos para facilitação da liberação de empréstimos para prefeituras.

- Fortes indícios de haver recebido vantagens indevidas por meio de esquema de superfaturamento de obras, tráfico de influência e cobrança de propina no âmbito do Ministério dos Transportes.

Se todos são do PR, o que deu errado prá uns e certo prá outros? Simples: o organismo julgador. A juíza sabe que (ainda) tem um orgão controlador atuante e real. Çuas inçelenças deputatoriais fazem o que querem corporativamente.

VERGONHA.

Xeleléu. Agora Com Nome e Sobrenome

Lembram quando eu "cordelei" AQUI sobre o Xeleléu? Pois agora a criatura tem nome e sobrenome. Chama-se Magno Bacelar e é deputado estadual pelo PV no Maranhão e vice-líder do governo da Roseana Sarnei na assembéia do Maranhão.
Puxa-sacos e cheira-calçolas dos Sarneis, dependendo de quem estiver de plantão no Palácio dos leões, enrolado até o talo em processos por má versação de recursos, çua inçelença correu a defender o bigode da citação carinhosa de mais de 100.000 pessoas no RiR.

Tomando a tribuna, afirmou em discurso, que "muitos dos metaleiros que foram ao Rock in Rio e xingaram o presidente do Senado, José Sarney durante o show da banda Capital Inicial, são drogados e maconhados e representa uma pequena minoria da população (sic)".
Bacelar é a mesma criatura que já havia dito que a múmia "não é uma pessoa qualquer" por ocasião em que o imortal foi flagrado utilizando o avião de rosca da polícia do Maranhão para passear em sua ilha particular com amigos empreiteiros em fins de semana.
Daquela vez ele questionou se o povo queria que Riba fosse "andar de jumento? Enfrentar um engarrafamento?".
No novo discurso em plenário, ele afirmou que vai propor uma moção de repúdio contra a banda por ter dedicado ao Riba a música "Que País é Esse", enquanto a canção era executada, e se podia ouvir o coro do VTNC.

Segundo ele, os xingamentos aconteceram em ambiente "onde tem criança, tem jovem, tem tudo".
Sobre o cantor da banda, Dinho Ouro Preto, Bacelar disse que "possivelmente este cidadão, estava alterado sabe-se lá por quais motivos, disparou vários palavrões não apenas contra o presidente Sarney, mas também contra o público. Foi uma total falta de respeito, de educação. Diante deste fato, irei, sim, apresentar uma moção de repúdio contra este cantor", afirmou Bacelar.
Bom. Se vai ou não fazer, pouco me importa. Eu nem ia fazer, mas agora tá aqui em baixo meu registro do evento, só prá ser do contra.

QUE PAÍS É ESSE? EI SARNEI, VAI TOMAR NO CU.....





quarta-feira, 28 de setembro de 2011

É Hoje: CNJ Vai Fiscalizar ou Não?

Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do país, estará sob os holofotes. Depois de Battisti, Ficha Limpa, etc; dá-se ao STF mais uma oportunidade de mostrar à nação não ser uma casa corporativa ou manobrada por poderosos; e que pode assegurar à população que está alerta para cuidar da justiça nacional.
Hoje será julgada a ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em novembro de 2010 que pretende derrubar resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que determina a linha regulatória de processos disciplinares contra magistrados brasileiros. Segundo a regra, o CNJ pode desarquivar casos engavetados correta ou incorretamente pelas corregedorias dos tribunais locais. A AMB argumenta que não há, em lei, a possibilidade de recurso contra arquivamento de processo disciplinar.
Assunta-se que haja pelo menos seis ministros que concordem com a AMB: o presidente Cezar Peluso, o relator Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e José Antonio Toffoli. A favor da manutenção dos poderes do CNJ estariam Carlos Ayres Britto e Gilmar Mendes. Barbosão em tese concorda com a o CNJ mas não deve participar da sessão por motivos de saúde. A opinião de Cármen Lúcia ainda é um mistério.
Com essas contas, o CNJ perderá a atribuição de investigar e punir magistrados antes que eles sejam processados pelas corregedorias dos tribunais locais. Dessa forma, volta o bom e velho espírito corpotrativo e a velha caixa preta judicial, pois os conselhos de ética locais são formados por coleguinhas dos julgados e já viu né? Muitos magistrados ficam desconfortáveis para julgar os colegas.

A decisão poderá ter efeito retroativo. Os ministros discutirão se a possível decisão anulará punições já fixadas pelo CNJ.
Será decidido também sobre a retirada do direito à aposentadoria proporcional aos juízes aposentados compulsoriamente, a divulgação público de processos contra juízes, a competência privativa dos tribunais e do legislador complementar, além das garantias constitucionais dos magistrados.

Se for decidido dessa forma, o CNJ servirá apenas para tomar café e comer biscoitinhos de polvilho, perdendo suas funções regulatórias. para julgar e punir magistrados, e o conselho ficará restrito a assuntos administrativos.

Atualização às 06:55 - 29/09: O STF não tomou a decisão final e adiou a sessão. Por conta da pressão nacional? Não sei. Çuas inçelenças togadas são poderosos demais para temer quem quer que seja. O fato é que a grita foi grande.

Nota do Autor; para meditar: Se o CNJ já pegou 49 juízes e os puniu com o máximo permitido que é a "Aposentadoria Compulsória" (além de centenas de outros juízes de primeira instância com penas menores) Dra. Eliana está certa ou não quando diz que o Poder Judiciário está contaminado com bandidos escondidos atrás da toga?

Na minha opinião; se tem 36 desembargadores e centenas de juízes sob investigação e 49 que foram contemplados tem bandido escondido sob as togas sim. Ponha no toco doutora Eliana.

Uma Bolsa Ecológica Já Existente

A taba em quarup recebe hoje nossa presidENTA, governANTA, faxineira e diarista. Haverá festa, solenidade, sessões de cheira-calçolismo explícito, mas grana e compromisso sério que é bom NADA. É mais uma empulhação midiática e enganação do povo que lhe deu a maior votação proporcional do país, com a devida genuflexão de nossos administradores locais e parlamentares de todas as matizes.

Na realidade a visita se resume a um pouso do vassourão no Aeroporto Eduardo Gomes, uma ida de helicóptero ao colégio militar (heliponto improvisado), uma sessão de autógrafos em papéis inócuos no Teatro Amazonas (bem pertinho e com ruas interditadas) e a volta na mesma pisada. Não vai nem comer um jaraqui com baião de dois. Só se fizerem uma quentinha...
O turco Omar Aziz e dona deelma Rousseff assinarão papéis relativos a uma tal de Programa Bolsa Verde (que já existe por aqui há mais de 4 anos com o nome de Bolsa Floresta, pago pelo governo do estado aos caboclos que moram nos beiradões e mantêm a floresta em pé) e um absolutamente inútil Termo de Pactuação do "Plano Brasil Sem Miséria", um lare-lare projetado pela Casa Covil para divulgar a imagem da governANTA nos jornais de cada região, a ser assinado com os governadores do nortão. Isso já aconteceu no sudeste e nordeste.
O Termo de Pactuação que será assinado pelos governadores da Região Norte tem por objetivo a execução de ações governamentais necessárias à superação da extrema pobreza na região.
Na modesta opinião deste silvícola, pacto prá valer tem que ser de sangue: corta os pulsos de cada um e faz pressão uns contra os outros até que os sangues se misturem. Fora disso é conversa prá peixe-boi dormir.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Controlando as Contas. Dos Outros...

Assim é soda como diria Fócrates. Em todos os veículos de mídia que li ou ouvi (caso da CBN), comenta-se que çuas inçelenças materno-parlamentares-governamentais Eduardo Campose a mãe dele, a deputada federal e futura ministra do TCU Ana Arraes alugam carros.

Tá, você me pergunta, E o Kiko? O pobrema é que eles tinham preferência por uma locadora de uma filiada do partido deles (PSB) e muuuuuuuuito próxima à dupla. A sócia majoritária da empresa, Renata Ferreira, é filiada ao PSB, legenda presidida pelo governador. Ela também tem emprego, como terceirizada, no Ministério de Ciência e Tecnologia e seu pai trabalha no gabinete de Ana Arraes desde 2007.
Achou pouco? A BSB Locadora não tem nem os carros prá locar, nem site, nem número na lista telefônica e o seu endereço é uma saleta em Samambaia (cidade-satélite) com uma mesa, uma cadeira e um colchão dentro. Foi criada em 21 de julho de 2008 e usava carros da família para "atender seus clientes".
Mas como Deus é bom, em 2009 ganhou o contrato da "embaixada" do governo de Pernambuco em Brasília, faturando mais de R$ 540 milhetas.
Com um capital social de R$ 8 mil, a BSB Locadora tem hoje 5 carros que valem R$ 275 mil e pela quantidade de clientes com contratos assinados, deveria ter pelo menos 8 veículos.
Com a cara de pau própria do regime adotado desde 2003, Eduardo Campos diz que o fato de a dona da empresa ser filiada ao PSB não teve relação com a contratação e negou que a tenha indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Da mesma forma, o gabinete de Ana Arraes diz que a locadora foi contratada pois ofertou o menor preço e que as prestações de conta foram aprovadas pela Câmara. Diz que não há relação entre a contratação e o fato da empresa pertencer à família de um funcionário.

Bota logo ela no TCU que as contas serão muito bem controladas. Que vergonha meu Brasil.

Eu Voto Distrital. Participe, Divulgue.

O que é o movimento #EuVotoDistrital http://www.euvotodistrital.org.br/
Entra ano, sai ano, sempre escutamos que a política brasileira nunca vai mudar, não é!? Bom, nós do movimento #EuVotoDistrital não concordamos com isso. Nos unimos para dar o primeiro passo em direção a um Brasil mais democrático. Queremos ser ouvidos com a devida atenção pelos nossos políticos e o voto distrital é o caminho para isto acontecer.
Aproximando a política do povo melhoraremos a qualidade da política brasileira. O voto distrital tem a capacidade de corrigir os defeitos do atual sistema eleitoral e possibilitar uma democracia mais participativa. O cidadão é mais ouvido, fiscaliza de perto o político eleito e aumenta seu poder no combate à corrupção.
O #EuVotoDistrital é um movimento de cidadãos brasileiros, ou seja, de pessoas: trabalhadores, estudantes, empresários, usuários, sociedade, você, todo brasileiro que sonha por um País melhor e mais justo.
Nosso objetivo é aprovar pelo Congresso Nacional a Lei que torna o Voto Distrital (voto majoritário uninominal de dois turnos) no sistema eleitoral para eleição de deputados federais, estaduais e vereadores. Nosso primeiro foco é a Eleição de Vereadores em 2012.
Nossa meta final: Conseguir 1.000.000 de assinaturas, para mostrar aos políticos a mudança que o Brasil quer.
Nosso prazo: 100.000 até 30 de Setembro de 2011.
O movimento #EuVotoDistrital pertence a cada um de nós. Você tem o poder de se unir e lutar pelos seus interesses. Compartilhe o #euvotodistrital com seus amigos, parentes, vizinhos, colegas de trabalho etc.. Assine, participe das discussões, mobilize. Juntos sonhamos e realizamos a mudança que queremos.
Chegou a HORA de mudar a historia da política brasileira.
Lembrete: as assinaturas captadas não têm qualidade jurídica. Neste Movimento, elas funcionam como termômetro da mobilização, como indicador da pressão popular. As leis já estão engatilhadas no Congresso Nacional, precisamos mostrar que essa é a mudança que queremos.

O movimento não é…
Uma organização
Um partido político
Uma ONG
Uma ação de governo
Projeto de uma empresa
Um movimento de esquerda ou de direita
Um grupo de políticos
Associação de classe
Igreja ou religião
Contra alguém ou algum grupo

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vá Ser Representativo Assim Na Potaquepareo

No fim da manhã da sexta feira , ouvi na CBN que tinha havido uma sessão na Câmara Federal em que um único deputado discutiu, votou e aprovou 118 projetos em menos de 3 minutos. Como estava envolvido com as preocupações do caótico trânsito da Manô dos Mil Contrastes, achei que estava ficando louco. Os números não podiam ser aqueles e eu tinha entendido errado. Afinal era sexta feira e seria impossível ter reunião do que quer que fosse por um motivo óbvio: não existe um exemplar dessa raça na corte neste dia da semana.

Sábado corrido, cheio de afazeres, só vim ter uma calminha prá ler sobre o tema no twitter pelo meio da tarde. Era verdade a poha mesmo. A imagem aí de cima é reprodução da Folha de São Paulo de uma foto da sala de reuniões da Comissão de Constituição e Justiça e registra para a eternidade o deputado Luiz Couto representando um mínimo de 31 parlamentares necessários para se ter validade uma sessão. Portanto a ata que consta no portal oficial da Câmara na internet é mentirosa pois registra que a CCJ "reuniu-se às 11h53 de quinta-feira com a presença de 34 deputados".
Fora o altamente representativo Coutão, havia outra alma presente, o deputado César Colnago (PSDB-ES) que presidia a sessão e portanto não poderia interagir. Os outros 32 tinham apenas rubricado a lista.
Pense na cena: as duas criaturas tomam os seus lugares, o glorioso Colnago, na presidência abre a sessão, constata o quorum; o representativo Couto, no plenário, manda o pau e começa a aprovar uma porrada de projetos. Foram aprovados 118 projetos em três minutos. Era verdade o que ouvi. Não estava louco não.
Tá mas que Josta foi aprovado? A ata se limita a registrar um resumo do que foi "deliberado". As proposições foram reunidas em quatro blocos.
Em um, passaram 38 novas concessões para a exploração de emissoras de rádio. Em outro foram renovadas 65 concessões. No terceiro foram aprovados nove projetos de lei. No último referendaram-se acordos internacionais. Portanto o diálogo registrado lá na imagem de abertura desse post foi repetido 4 vezes.

Acabou a canalhice? NÃO...
Assim que encerrou a sessão, Colnago, que é foi coroinha quando pequeno, se vira para o modelo de representação interplanetária o padre Couto e cinicamente diz: "Um coroinha com um padre, podia dar o quê?".
Para justificar a encenação, o caboco Colnago disse que as matérias eram de consenso, já haviam sido discutidas à exaustão e que o regimento da Casa prevê votação simbólica nestes casos.

Pode até ser legal e regimental; mas é de um cinismo e de uma sem-vergonhice sem tamanho. Mais uma vergonha para as pessoas de bem deste querido Brasil

Olho Vivo: Vão Empurrar a CSS Goela Abaixo


Segundo informações da Folha de São Paulo, só 9 dos 81 senadores apoiam que se crie algum tipo de "contribuição específica" para a saúde, embora defendam o aumento dos gastos do governo federal com a saúde pública, a famosa Emenda 29.
É exatamente o contrário do que deseja a tchurma de dona deelma, seus governadores teleguiados e os cheira-calçolas de plantão, que vira e mexe ficam arrotando que é impossível aceitar aumento de despesas se o Congresso não indicar uma nova fonte de recursos para a saúde.
Como quem tem c* tem medo, os senadores alegam que "não é a hora" de se criar imposto. Vou repetir: não é a hora é diferente de não se admite. Ou seja, se derem uma enroladinha nas discussões da Emenda 29, no comecinho do ano, com o povão ligadão no carnaval, empurram a coisa goela abaixo.
Todo mundo tá careca de saber que a Constituição determina que os gastos do governo federal com saúde acompanhem a expansão da economia e sejam reajustados todo ano de acordo com a variação do PIB (Produto Interno Bruto), mas não estabelece nenhum tipo de vinculação das suas receitas com o setor.
Na Câmara dos Deputados, çuas inçelenças maliciosamente não aprovaram a um percentual a ser aplicado para a CSS mas deixaram lá um ovo de serpente para ser chocado a qualquer momento e seus defensores querem retomá-la no Senado, aproveitando a possível letargia da oposição.
Basta ver que o perigoso Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que vai trabalhar para aprovar o projeto recebido da Câmara até o fim do ano, "descartando" a retomada da vinculação prevista na proposta original. "É inexequível, uma maluquice", disse o senador.
Quem defende a conta ser transferida prá mais um imposto, diz que a aprovação da proposta aumentaria os gastos do governo federal em R$ 30 bilhões, o equivalente a 38% do orçamento do Ministério da Saúde para este ano.
Como ela mesma disse semana passada, sem caneta na mão, mas com "muitos baldes de saliva para gastar", #IdeliForever a ministra fraquinha que negucêia está na rinha na tarefa de unir a base alugada, para a criação de um imposto para "financiar investimentos em saúde" e arrecadar mais R$ 45 bilhões por ano.

Talvez agora não dê tempo, mas é provável que o tributo seja aprovado em 2012, apesar das dificuldades previstas por causa das eleições municipais. Já se falou em taxação de grandes fortunas, bebidas, cigarros, remessa de dinheiro para o exterior, royalties do petróleo e até em legalização do jogo. O fato é que a governANTA tem pedido muito cuidado "porque estamos vivenciando uma crise internacional, que será prolongada. Você não pode trabalhar desonerando de um lado e onerando de outro".

Olho vivo.