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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Cordelando 86: O Novo X9


Há algum tempo se falava,
Da prisão do diretor.
Que jurava que sabia,
Da sujeira que rolou.
Prometeu que se contasse,
Dessa grande podridão.
Era capaz até mesmo,
de nem haver eleição.

Que a coisa era da braba,
Ninguém mesmo duvidou.
Envolvendo a Petrobras,
Muita grana que rolou.
Se falava de bilhões,
E talvez bem mais ainda.
Pois milhão lá na BR,
E quase grana de pinga.

Pois Paulinho segurou,
Informação mais de mês.
Apertando lá e cá,
Vai vazar para vocês.
Por enquanto é segredo,
Mas ele já apontou.
Que tem muito deputado,
Senador, governador.

12 da casa maior,
49 na pequena.
Governador foram três,
Esse é o grande problema.
Com tanta grana envolvida,
E a sujeira que rolou,
Fica faltando indicar,
Que a corja nomeou.

Começaram as apostas,
Dos nomes que surgirão.
Eu sugiro o cabeleira,
E o outro bonitão.
Os dois tem campanha cara,
Para ser governador.
Caso de um ele mesmo,
O outro o filho indicou.

Cedo ou tarde saberemos,
Nome de cada ladrão.
Mas o negócio é vazar,
Antes mesmo da eleição.
Depois vem aquele papo,
Eu não vi eu não sabia.
É a resposta padrão,
Uma grande latumia.

Outra coisa que não pode,
cair no esquecimento.
É quem nomeou o povo,
Através de documento.
Cargo igual aos que tinham,
Um destaque na nação.
Não é besteira nem bobo,
Envolve o capitão.

A caneta que assina,
A posse dum poderoso.
Não tem tinta da comum,
É só carne não tem osso.
Isso vale pra o Putin,
Que nomeia com a russa,
E também pro 9 dedos,
E a sucessora dentuça.

Se parar pelos bagrinhos,
Como usa acontecer.
A nação nem vai ligar,
Capaz mesmo de esquecer.
Tem que chegar lá nos grandes,
Moralizar a nação.
Ninguém quer pagar imposto,
Só pra sustentar ladrão.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A Entrevista da governANTA no Jornal da Globo


Nossos repórteres silvícolas, num esforço notável na busca de informação, foram de canoa até Brasília e arrancaram a tapa as respostas da governANTA para as perguntas do William Waack e da Christiane Pelajo. Acompanhem.
- Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?
D. Sincera: Sim, eu insisto. Aprendi com o Lula. A culpa é minha, eu coloco em quem eu quiser.
P - A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente, para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?
D. Sincera: Represar artificialmente é comigo mesmo. Ó minha maquiagem. Represa que é uma beleza. E dar prejuízo a Petrobras, também. O que seria da corrupção petista sem o dinheiro das estatais? Quanto à inflação, não sei de onde você tirou que eu a seguro, mas obrigado.
P - A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil no seu governo tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?
D. Sincera: A confiança é a primeira que morre. Vou falar para o Cantalice incluir todos eles na nossa lista negra.
- A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?
D. Sincera: Nada. O abastecimento do PT sempre foi a prioridade do partido. Às vezes nós o chamamos de “saneamento básico”, às vezes de “abastecimento de água”. Eu mesmo me confundo de vez em quando.
P - Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?
D. Sincera: Porque nós queremos o Brasil à nossa imagem e semelhança.
P – A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?
D. Sincera: Ué. Devia ser depois? Nós podemos fazer o diabo quando é hora da eleição, não lembra? Tudo que rende votos ao PT é correto. Aliás, você esqueceu de citar a meia-entrada e a meia-passagem para jovens que não estudam. Quanto menos estudar, mais prêmios a gente dá. 
Já posso começar as considerações finais?

Brincadeirinha: peguei na coluna do Felipe Moura Brasil - VEJA

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Cordelando 85: O debate do SBT


Um debate divertido,
Esse que agora passou.
Na TV do Sílvio Santos,
Que por lá não se mostrou.
Perfil igualzinho aos outros,
Segundinho pra cada lado.
Mas saíram umas coisinhas,
Que ficou mais invocado.

Por exemplo a lourinha,
Do cabelo enroladinho.
Que quase nunca responde,
Porque não dão o caminho.
Que quer tomar todo bem,
De quem ela acha que é rico.
Acabando com as posses,
Um verdadeiro perigo.

Luciana respondeu,
Calma que nunca se viu.
Nem parecia a cachorra,
Quando que está no seu cio.
Capital, Capitalista,
Disso ela não fugiu.
Batendo na mesma tecla,
Que tanto choca o Brasil.

A governANTA coitada,
Apanhou qual boi ladrão.
Foi couro de todo lado,
Sem ter dó no coração.
Falaram de roubalheira,
De roubo, corrupção.
De obra que não conclui,
Da volta da inflação.

Mesmo tendo ela na frente,
Uma pilha de papel.
Que lia pra responder,
Ensaiada no hotel.
Passa página prum lado,
Passa a colinha pra outro.
Até as frases de efeito,
Estavam lá no esgoto.

Quis bater nos outros dois,
Que já disputam com ela.
Assustada com a descida,
Que aparece na tela.
Bateu no cabra mineiro,
Na tartaruga sem casca.
Até no Levir bateu,
Aí ela quase se lasca.

O bigode arretou-se,
Soltou o verbo por lá.
Sobrou até pro babão,
O tal Kennedy Alencar.
Que levou nome de injúria,
Que ponho aqui no cordel.
Mídia que sempre é vendida,
Até língua de aluguel.

A elfa que vem do Acre,
Também se viu enrascada.
Mas respondeu com firmeza,
E voz de taboca rachada.
Esquivou-se de pergunta,
Que a resposta ignora.
Igual gato que se esconde,
E deixa o rabo de fora.

O noiado do Eduardo,
Desligadinho que só.
Concorda com todo mundo,
Não quer se envolver em nó.
Numa cena de cinema,
Uma coisa sem perigo.
Pergunta o que achava,
Respondeu "Não é Comigo".

Fato é que no modelo,
Que se adota na TV.
Pouco acrescenta o debate,
Não agrega a você.
Pouco tempo de resposta,
Tempo gasto e desperdício.
Melhor seria entrevista,
Isso eu acho mais difícil.

Pois quem estivesse na frente,
Na pesquisa do momento.
Recusaria o convite,
Quase saia correndo.
Pois ficando uma horinha,
À mercê de inquisição,
Podia se complicar,
E perder a eleição.

Só nos resta a nós mortais,
Escolher bem embasado.
Lendo, relendo e olhando,
O programa do candidato.
Pra depois não se queixar,
Quando não for mais momento.
Porque aí não tem jeito,
Nem vale arrependimento.