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sábado, 6 de agosto de 2011

O Caótico Sistema Elétrico Brasileiro e o "Pograma Brasil Fudêncio"

Repetida e sequencialmente vem se verificando apagões de pequena, média e grande monta país afora. Torna-se de divulgação nacional o que aconteceu bem recentemente no Rio, Porto Alegre e em São Paulo pois, via de regra, atinge as instalações dos grandes veículos de comunicação, obrigando-os a adotar planos B e transferir a emissão de suas ondas de rádio e TV para outros estúdios e/ou operar com seus próprios sistemas de geração.

Mas a coisa se verifica de ponta a ponta do país. Seria o caso até de se fazer uma consulta ou levantamento em todos os estados para quantificar tal fenômeno.

O caos se instala quando para o fornecimento de energia. Sinais de trânsito, máquinas de atendimento, unidades de produção, incubadeiras nas maternidades, aparelhos de UTI e por aí vai (só coloquei coisa catastrófica né?).

Qual a razão? Mais uma vez a ineficência do estado. Empresas públicas entupidas de cumpanhêrus em funções de mando e coordenação, quando deveriam ser de técnicos especialistas; empresas privadas entregues à própria sorte e sanha já que o braço fiscalizador do estado também acomoda apaninguados que, se não conhecem, como vão fiscalizar; engenharia de planejamento de sistemas relegada a enésimo plano; investimentos que visam percentuais de taxa de sucesso cada vez maiores e não o suprimento da energia; sistemas estrangulados e mal inter-relacionados; operadores de sistemas cientes de que são imunes e portanto são inéptos.
Nas regras atuais, para interrupções inferiores a três minutos, não há obrigatoriedade das concessionárias levarem em conta sua ocorrência na apuração dos índices de controle de qualidade estabelecidos pela ANEEL. Em outras palavras, as concessionárias não são punidas por essas quedas, mesmo que sejam constantes. De uns quatro anos pra cá, a qualidade da energia entregue à sociedade brasileira entrou num perigoso ciclo de deterioração. Mesmo com as multas aplicadas às concessionárias, que agora são obrigadas a reembolsar o consumidor pela falta de luz, os indicadores estão longe de reverter a tendência.

Vou "relegar" o desconforto doméstico. Deixa prá lá aquele banho quentinho num dia frio ou o ar condicionado numa noite tórrida. Esquece a tarefa do filho na internet, o papinho nas redes sociais, a novela ou o jogo. Dane-se. Piscou ou apagou a luz, é problema nosso. Os índices de DIC e FIC são atendidos? Então tchau e benção. Se são confortavelmente altos para as concessionárias, reclame com o Papa pois a ANEEL não está nem aí. Na parte "social" das regras, consta que o pequeno consumidor, residencial ou não, pode e deve solicitar reembolso de eventuais prejuízos em suas instalações e equipamentos, provocados por flashes de interrupções. A geladeira queimada, o produto perdido, podem ser reembolsados após um certo períplo por recepções e protocolos de empresas, tribunais de pequenas causas e escritórios de PROCON's. São contas de Dez Mil Réis que são negociadas em créditos de vendas futuras ou mesmo pagas em dinheiro ou ainda repondo-se máquinas e equipamentos.
Pense numa fábrica de depósitos domésticos para alimentos, por exemplo. Coisinha simples, que todo mundo tem em casa e compra-se de montão. Material plástico altamente aquecido e derretido, fluindo por tubulações e moldes. PIMBA..."Cai" a energia. Em segundos, tudo endurece e entope o sistema...Horas, ou dias, para limpeza e retomada da produção. Bota na "Conta Brasil" e toca em frente, porque ninguém fará nada por isso. Tá...Agora troque o plástico por aço. Imagine a "limpezinha" a ser feita.

Embora pareçam brutos e supostamente robustos, esses equipamentos são muito frágeis, pois seus comandos são microprocessados e altamente sensíveis. Uma piscadinha tem efeitos devastadores. E os prejuízos, que nas nossas casas e pequenos comércios giram na casa de 3 zeros, sobem para valores que terminam em ÃO, ou melhor dizendo, em ÕES. São milhões e milhões que se torram, literalmente, por conta de piscadinhas ou "picos de luz" na linguagem popular.

As principais associações de grandes indústrias consumidoras de energia, ou no jargão do setor, consumidores eletro-intensivos, têm estudos e estatisticas muito precisos sobre o tema. Sabe-se, e prova-se, que a deterioração da continuidade no fornecimento de energia vêm se acelerando nos últimos 8 anos (coincidência com outros fatos da história cujo período de duração é o mesmo?).

Documentos, reivindicações, reuniões e uma infinidade de tentativa de solução para o caso já se tomou; e NADA.

Some-se a isso uma carga tributária insuportável, infraestrutura de transporte e mobilidade praticamente inexistente, concorrência internacional sem estes empecilhos e sem controle e pode-se dizer, sem medo de errar, que a industria brasileira ruma para o caos no sentido mas catastrófico que a palavra possa trazer.

Aí vem a governanta, o margarina, merdandante, pimentinha e miroca prá lançar o pogRama Brasil Fudêncio, dizendo que é a melhor coisa que aconteceu desde o big bang.

Ao longo dessa semana de lançamento da nova coleção de slides power point, ouvi e li vários expoentes da indústria e da economia brasileira, e NENHUM foi condescendente com a baboseira. O que mais se aproximou de um elogio, foi um diretor de não sei o que, da federação de coisa lá que seja, que no meio de suas palavras, usava "a presidentA". Pronto, acabou-se tudo (leia-se com cacofonia mesmo). Já não dá prá confiar.

O fato é que, numa série de medidas isoladas entre sí e não articuladas ao conjunto dos problemas que levam ao fatídico "Fator Brasil", o Brasil Fudêncio traz em seu bojo apenas alguns subsídios para áreas específicas da produção, sabe-se lá com que intenções ocultas; mas nem de longe se anuncia como o primeiro passo na solução do problema.

Lobões e outros animais mais ou menos graduados, nunca serão responsabilizados por isso, mas é inegável que o são.

A ver...

N.A.: por uma notável ironia, eu estava digitando os últimos 8 toques deste post (A ver...) quando "piscou" a luz aqui. Meu No Break não está nobreaqueando e portanto, Se-lasquei-me. O preju não foi maior pois tenho o saudável hábito de salvar o que faço de vez em quando. Bom fim de semana e salvem seus trabalhos, pois a coisa vai piorar.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Cordelando V - Cinturinha de Pilão ou de Peão?

A semana que passou,
Teve um tremendo buxixo.
Um ministro que falou,
Coisas dos outros ministros.
Disse coisa da lourinha,
Que num sabia onde ir.
Se andava por Brasília,
No Cruzeiro ia cair.

Isso até foi pouca coisa,
Eu diria até leseira.
Pior ele disse da outra,
Aquela que negucêia.
Disse que era fraquinha,
Que só fazia besteira.

O militar bem fajuta,
Nem se aquietou na cadeira,
A dentuça lhe chamou,
Lá de longe da fronteira.
Fez ele pedir desculpa,
E tocou-lhe na carreira.

E a falada; coitada,
Muito pior que ficou.
Veio lá o bigodão,
Tentando acalmar a rinha.
"Fraquinha ela não é não,
Tá mais prá gorda a bichinha".

Depois do disse me disse,
Ferveu a minha menção.
É gorda, ou é fraquinha?
Toca bumbo ou violão?
E se tem a cinturinha,
E de pilão ou peão?

Trilha sonora By @sonia_lv



Cordelando IV - É Muito Xeleléu

Para quem não conhece o termo Xeleléu, ou cheleléu como preferem outros, é usado no nordeste para designar o bajulador, o adulador, o baba-ovo, o puxa-sacos. O substantivo é comum de dois gêneros, daí existir a Xeleléu.

Especificamente no nosso caso, como a bajulada-mor não dispõe do objeto da puxada ou da babação, passa o(a) personagem a ser chamado de Cheira-Calçola.

O que importa é que o xeleléu é um(a) sujeito(a) deplorável, que faz de tudo prá se dar bem, igual a alguns (e não são poucos) membros da imprensa e parlamentares. Por digo que...



No Nordeste todos sabe,
O que é um xeleléu.
Que num pode vê um saco,
Prá num deixá-lo ao léo.
Corre, agarra, baba e cheira,
Todo e qualquer coronel.

Nesses tempo de hoje em dia,
Pode até lhe parecer.
"xeleléu é coisa rara,
Talvez num possa se ver".
Isso é que pensa os bão,
Gente como eu e você.
De xeleléu aí tá cheio,
Onde Cê anda Cê vê.

Vê dona deelma andando...
Quase num pisa no chão.
Sai lenço de todo lado,
Todos já vira chorão,
Na emoção do que diz,
Aquela lá dos dentão,

Sem falar nos que imprime,
Aqueles tar de jorná.
Puxa os saco que nem doido,
Num cabe nem no imborná.
Mas como quem manda é muié,
E essa coisa desconsola,
Se num pode puxar o saco,
Então cheira é a calçola.

No congresso, nem se fala,
De xeleléu lá tá cheio.
Senadô ou deputado,
Diz sim. E nem sabe d'onde veio.
Num interessa pro povo,
Se dane. O bolso tá cheio

O coroné Ludugero,
Ômi bom, honesto e Justo;
Já dizia pro Otrópe,
Seu escudeiro fiel.
Tu pensa que é sabido,
Mas tu é um xeleléu,
O teu lugar tá garantido lá no céu.


Coroné Ludugero é um personagem de Luiz Jacinto Silva (Caruaru, 1929 - 1970), criado para a Rádio Clube de Pernambuco, inicialmente sozinho contando as estórias do nordeste e depois acompanhado de figuras de apoio, destacando sua esposa Felomena e seu fiel escudeiro Otrópe. Sua trágica morte em um acidente de avião que caiu na baía do Rio Guajará a poucos instantes do pouso em Belém, causou enorme comoção no norte-nordeste, pelo carinho que tinham seus admiradores, inclusive o cacique aqui, um menininho ainda. Em Caruaru, a Vila do Forró reproduz a casa de Ludugero e Felomena. Ouçam Ludru falando do xeleléu.









Cordelando III - Matemática das Letras

Resgatando o Cordel que deu origem à série...



A Matemática das Letras

Foi Pedido Pr'eu Tentar ,
Coisa Que Eu Num Sei Fazer.
Misturar No Mesmo Canto,
O De Contar e Escrever.
Prá Falar de 1 +1,
De Amô e de Saber.


Eu Na Vida Já Corri,
Muito Dedo Em Tabuada.
Aprendendo A Fazer Conta,
Eita Coisa Mais Danada.
Mas Botar No Mesmo Canto,
Foi Que Me Deu a Enrolada.

Num Pense Que É Brincadeira,
Que Tô fazendo Cu Doce.
Faço Conta de Carreirinha,
Leio Inté Bem Pr'os Que Ouve.
Mas Português e Continha,
Na Mesma Frase; Danou-se...


Integral e Somatória,
Numa Mesma Expressão.
Já Vi Cheia de Entrelinha,
X e Cruzinha De Montão.
Elevando Ao Quadrado,
Toda Minha Emoção.

Agora Tem Uma Coisa,
Disso pode Ter Certeza.
De Desafio Eu Num Corro,
Num Sô Frouxo, Nem Dô Moleza.
Mato Tudo Que Vem No Peito,
A Vida Deu Essa Brabeza.


Prás Meninas Que Pediram,
Essa Minha Exibição.
Se Deem Por Muito "Feliz",
Já Escrevi de Montão .
Se Num Fiz Do Seu Agrado,
Vale Mais A Intenção.


Chega Qu'eu Já Fiz Foi Muito,
Nesse Monte de Vorteio.
Na Prosa Inté Que Eu Me Viro,
Mas Nos Verso Eu Vareio.
Se Essa Coisa aqui dá Prêmio,
Num Ganho Nem no Sorteio.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Fundar e Construir é Uma Coisa. Equipar e Operar é Outra Estória


É impressionante como os membros da corja governante conjugam com fluidez os verbos Construir e Fundar, em destaque nosso querido e irrevogável Merdandante. Como ele foi discípulo, aprendiz e genuflexo ao EX, posso entender que seja disciplina didática.

Nosso dotô e demais sinistros, vivem a propagar que construíram trocentas universidades e zilhões de escolas técnicas mas não deixam de ambicionar a fundaçao de estatais, no afã insano e demodê em ampliar o estado já tão decrépito e inoperante em suas funções básicas.

O EX já tinha enfiado no apagar das luzes de seu nefast tempo uma MP prá criar a empresa chamada EBSERVH - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, um monstrengo com sede em Brasília para gerir e operar 0s 46 hospitais universitários do Brasil. ou seja, mais um cabidão para acomodar a cumpanherada.
Pois o bigodaço irrecorrível agora idealizou um novo ser estatal, que ele chamou de "Embrapa da Inovação", uma empresa com gestão privada (???), com o objetivo de impulsionar a inovação no país, que ainda patina por dificuldades no desenvolvimento de pesquisa no setor produtivo.
A fecundação da EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) foi feita pela emissão de um memorando de intenções na abertura da quarta edição do Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, em São Paulo, o palco adequado para o show midiático (eita, copiei o termo da governanta) del bigodon.
Como nada é de graça, o mapinguari (ver imagem aí embaixo) vai começar de forma experimental por seis meses, com um pequeno aporte de 30 milhetas do caixa do tesouro. Teoricamente, a mesma quantidade de recursos será aplicada pela CNI, IPT, SENAI-CLIMATEC e INT. Merdandante espera que assim se consiga atrair novos projetos de inovação e alavancar parcerias dos institutos de pesquisa com o setor produtivo. Passada a fase de embrião, Depois disso, o dinheiro que movimentaria a Embrapii viria das próprias empresas que fossem potenciais clientes. A previsão é ampliar essa rede para 30 instituições.
"Daqui seis meses faremos uma avaliação da EMBRAPII e vamos ver como seguirão as atividades", disse o grande Merca à Folha de São Paulo.
O que se diz é que a administração da empresa será privada e que apenas o conselho administrativo será composto por representantes do governo e da CNI. Considerando o BEM que faz a influência do governo nos CA's da Petrobras e Vale, dá prá ver como será independente a nova estrela da constelação petrala.
O dotô fudêncio também anunciou que sua pasta agora é quase uma maleta e que se chamará Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que segundo o ministro, foi uma decisão tomada pela própria faxineira. Cabra Xeleléu da poha...

Nota do Autor: Não sabe o que é XELELÉU? Leia amanhã aqui na Tribo na sessão CORDELANDO, um lançamento para as sextas feiras.

Com Testemunha Eu ACredito

Ontem o governador Omar Aziz, o turco, foi recebido por dona deelma junto com os senadores Eduardo Braga (o mocorongo) e Vanessa Grazziontin (a onça pintada), para tratar dos problemas gerados para o Polo Industral de Manaus com a entrada no Brasil de condicionadores de ar split e de motonetas importados da China, com isenção de ICMS.

Estavam com ela os sinistros da Fazenda Margarina, da Casa Civil a barbie do paraguai Gleice Hoffman, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e o secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Alessandro Teixeira.
Segundo o turco, ela determinou (como eles gostam dessa palavre né?) que Margarina resolva a questão imediatamente. Como o pleito já foi feito prá Deus e todo mundo no planalto, incluindo o próprio margarina, merdandante e pimentinha; prá mim não passa de mais uma falácia.
Um dos motivos para alento é que na terça-feira dia 02, durante o lançamento do prano Brasil Fudêncio, tanto deelma quanto margarina disseram alto e bom som suas intenções de proteção da indústria nacional diante das importações. Margarina chegou a citar o problema das importações incentivadas em alguns estados brasileiros. “Alguns estados estão dando incentivos às importações barateando os produtos de fora. Não podemos admitir isto”, disse o ministro em seu discurso.
No que se refere ao polo de celulares e televisores, a Medida Provisória 540, dá a entender que haverá uma certa proteção, pois limita o tamanho do tablet e define o aparelho como “máquinas automáticas de processamento de dados, portáteis, sem teclado, que tenham uma unidade central de processamento com entrada e saída de dados por meio de uma tela sensível ao toque de área superior a 140 cm2 e inferior a 600 cm2, e que não possuam função de comando remoto (Tablet PC) classificadas na subposição 8471.41 da TIPI, produzidas no País conforme processo produtivo básico (PPB) estabelecido pelo Poder Executivo". Também retira os 25% do Imposto de Renda das indústrias que vão produzir o tablet no Estado.
Além disso, o turco obteve da governanta a garantia de que haverá um compromisso maior, quanto à relação ao PIS/COFINS entre a Zona Franca e os demais estados, para dar garantir competitividade à Zona Franca.

Como, além dos citados, foram testemunhas do encontro o Curupira e o Mapinguarí (ilustração acima), estes sim, confiáveis defensores ferrenhos da Amazônia, eu passo a acreditar piamente na noça atual líder e faxineira.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cordelando II

Aí por 18/07 pp, "conversando" no twitter com minhas queridas amigas @sonia_lv e @moimemei surgiu como tema um post que fiz AQUI sobre as "facilidades de se escrever em linguagem matemática". Confiantes que foram que a intimidade com medidas e grandezas, poderiam ser convertidas em letras, encomendaram ao cacique uma poesia. Beirou o caos: atender as amigas seria uma tarefa hercúlea. Correr eu não corro, então surgiu a idéia de relembrar uma coisa que realmente gosto desde minha adolescência, quando morei em Recife: repentes e poesia de cordel. Estava salvo o compromisso. Fiz uma composição sobre o pedido e minhas habilidades de engenheiro, que até ficou boa. Na balada, fiz um outro cordel sobre valores bons e maus que encontramos no éter da internet. Publicarei depois a ambos, agora que as duas, aliadas com @Castro_Natyy, @ReginaBrasilia, @MarciaNL, @marciagrega e @hildamedeiros incentivaram que passasse a postar cordéis por aqui.

Assim, todas as sextas feiras vou disponibilizar uma "coisinha" do gênero, tratando de temas palpitantes nos noticiários, procurando fazer de forma cômica mas comprometida e séria, como é meu jeito de ser.

Deus nos proteja: a mim que terei que escrever e a vocês que terão que ler.

PogRama Brasil Maior (...Que a Somália) ou PogRama Brasil Fudêncio

Ontem quando tratei do tema das denúncias do Jucazinho sobre os rolos na CONAB, ainda não tinha sido divulgado o pedido de desculpas do Jucazão, que desqualificou o próprio irmão prá ficar de bem com o (des)governo e o PMDB (vixe, vixe); nem o abafa da governanta que disse que "não vai fazer apuração midiática de eventuais denúncias sobre seu (des)governo, citei En Passant o pogRama Brasil Maior, cuja logomarca está cima (prá tudo tem marquinha e coisas de mostrar na TV).
Como a maior atenção da tarde seria o pronunciamento de Fedoca Nascimento, ex-sinistro dos transportes, cujo filhote é mais um a jogar no time dos super-dotados curumins e cunhantãs filhos de autoridades a exemplo dos lulinhas da silva, erenícios guerra e outros, deixei para admirar mais a fundo mais esse espetáculo virtual do crescimento produzido pela corja.
Assim como foi o Fome Zero e as duas (???) versões do PogRama de Aporrinhação do Conhecimento - PAC, essa coisa não passa de mais um conjunto de telinhas power point, destinado a enganar mais uma vez observadores mais incautos.
No caso do PogRama Brasil Fudêncio, trata-se de mais uma das ações feitas nas coxas como é hábito dos que aí estão. Vinha sendo tratado meia-boca até que semana passada dona deelma pos Margarina, Pimentinha e Merdandante de castigo no fim de semana prá acabar a tarefa de casa.
Sem trazer uma regra clara e definida que atinja o setor industrial como um todo, a falácia visa benefícios temporários a uns pouco setores, ditos geradores de empregos; sem dar garantia aos investidores de seus futuros negócios. Os principais pontos da "nova política industrial", são a devolução de PIS/COFINS para exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento a exportação, um projeto piloto para desonerar a folha de pagamento em setores com mão de obra intensiva (calçados, têxteis, móveis e software), além de um regime tributário especial para o setor automotivo (estes, grandes doadores de campanhas), visando ainda compensar perdas pela queda do dólar frente ao real, através da criação de um fundo de financiamento à exportação, inovação e investimentos em bens de produção.
Como quem dá com uma mão tira com a outra, aos benefícios será contraposto um novo imposto de 1,5% sobre o faturamento, sem dizer se esse imposto será sobre o faturamento bruto ou líquido, o que deve se transformar numa trolha para os atngidos. Prá disfarçar, as micro e pequenas empresas deverão ter ampliação de novas e "mais vantajosas" linhas de crédito para capital de giro, via BNDES e BB.
Com sabe-se há muito tempo da carência de mão de obra, mesmo com as centenas de universidades criadas e implantadas pelos petralhas, ainda qu ne todas tenham ao menos as paredes, transfere-se para os empresários a responsabilidade de qualificar da mão de obra, com a criação do Programa BNDES de Qualificação, para que se faça a expansão da capacidade de instituições privadas de ensino técnico e profissionalizante reguladas pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura).
De leve, o plano prevê algumas tacanhas medidas de defesa comercial, como antidumping e salvaguardas contra importações prejudiciais como as que fazem nossoa hermanitos da ARGHgentina e Paraguai , coisa que é básica em qualquer governo, não requerendo poha nenhuma em especial.
Nem os industriais, nem os operários (leia-se, Centrais Sindicais) acharam que prestou o tal pogRama. Os industriais (CNI, FIERJ, FIESP, ABIMAQ e outros) afirmam "é positivo mas ainda é pouco"; "é fundamental para o futuro, mas hoje o que mais preocupa é o real valorizado, juros e carga tributária alta"; "que se esperava o anúncio da ampliação do teto para adesão ao Simples, o que não ocorreu"; "Se esse for o final da história, é muito pouco"; "esperava uma redução da burocracia ao exportador" e "Não atende o pessoal do chão de fábrica".
Muitos dos setores "beneficiados" pela desoneraçao da folha estão com o c* na mão com o lance de imposto sobre o faturamento.
Os fabricantes de tecidos, por exemplo, abriram mão da "vantagem" na noite da segunda-feira, ficando apenas o setor de confecção o pacote.
Bem financiadas, as Centrais Sndicais apenas se abstiveram de comentar e boicotar o lançamento.

Tem uma coisa que me preocupa em especial que é a instituição de margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam às normas técnicas brasileiras. Isso me cheira a reserva de mercado e chuncho em licitação, além de ser um ótimo canal para superfaturamento.

Só alerto aos gestores do plano (é só um plano) que no quesito power point, dona deelma é campeã interplanetária. Portanto, pelo menos estudem para não serem alvos de celulares, grampeadores e cinzeiros.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

E o Mocorongo Pegou Santo

Vendo que a ADIN impetrada pelo governador Omar Aziz ia vingar, como comento adiante, o senador Eduardo Braga saiu de sua posição genuflexa e submissa ao (des)governo federal e ocupou a tribuna ontem (plenário "lotadíssimo" numa segunda feira de retorno do recesso) para "cobrar" de dona deelma, a quem ajudo a ter a maior votação proporcional na nação, uma posição mais positiva quanto às promessas de amor eterno ao Polo Industrial de Manaus feitos pelo EX e por ela mesma, além das negociações feitas já pós-posse com os sinistros Merdandante e Pimentinha, sobre a Medida Provisória 534, que dá regra sobre a desoneração fiscal para a produção dos Tablets.
Em sua fala, Braga se dirigiu diretamente à governanta dizendo que “Faço um apelo à Presidente Dilma para que preste muita atenção ao que está acontecendo nesta Casa e à negociação e ao debate que estão acontecendo em torno do futuro do Amazonas”, lançando o tema à política industrial a ser anunciada hoje ( ver post abaixo) e à tramitação de Medidas Provisórias não adequadamente debatidas a fundo pelo Congresso Nacional, avassaladoramente atropelada pelos tratores dela.
Só agora o mocorongo se lembrou que a política industrial do país precisa ser discutida com as lideranças políticas e que os projetos de desoneração fiscal requerem profundos debates, pois podem acabar com as vantagens oferecidas pelos Estados mais pobres na atração de investimentos.
Eloquente como é, Eduardo Braga falou que o debate nacional sobre a política industrial deve contemplar os brasileiros excluídos, que precisam contar com um projeto de desenvolvimento socio-ambiental que inclua políticas sociais, de geração de emprego e renda e de desconcentração industrial.
De olho nos benefícios da ADIN em curso, o senador lembrou decisão recente do STF considerando inconstitucionais os incentivos fiscais concedidos por seis estados da Federação. Ainda que a contragosto, reverberou o conteúdo da carta de Arthur Virgílio ao governados Alckmin, o xuxuzão paulista, quando criticou o decreto emitido por ele reduzindo impostos estaduais para favorecer a implantação de fábricas de tablets em São Paulo.

Na parte auto-elogiativa tradicional, lembrou que ele e o turco Omar Aziz foram juntos ao STF protocolar ADIN, que deverá ser distribuída ainda hoje e ter seu relator designado de imediato, segundo o presidente César Peluso.
Só prá saber, a ADIN questiona a redução de ICMS para 7%, oferecida pelo fisco paulista aos tablets produzidos lá enquanto os eletrônicos produzidos em Manaus, uma área incentivada, terá que pagar 12%. Uma ilegalidade e uma imoralidade.
Já comentamos por aqui que a questão não se resume ao tablets, mas a todos os eletrônicos que dispõem de tela, pois o texto atual permitiria interpretação tal que incluiria celulares e TV's, pondo a pá de cal no PIM.
Aí em baixo falo sobre o pograma Brasil Fudêncio pela governanta. Agorinha pela manhã circulou na imprensa local que ela vai assegurar que plano limitará a fabricação de tablets, fora de Manaus, com incentivos, para telas apenas até 144 polegadas e que os tablets fabricados na Zona Franca ficarão livre do pagamento de PIS-COFINS.

Aproveitamentos eleitorais a parte, tomara que ele seja ouvido pela dentuça.

Atualização à 09:20 - Acabei de ouvir uma entrevista de sua inçelença na CBN Manaus onde ufanicamante pediu que aguardasse um pouco pois estava recebendo uma ligação do sinistro da fazenda, Guido Margarina. Depois de alguns instantes, repetiu trechos da falação no senado e disse que tudo está sendo capitaneado por ele, com "ajuda" do governador Omar, da senadora Vanessa, e dos deputados federais Rebeca Garcia e Carlos Souza

Cordelando

Apenas para fazer o registro histórico no blog, indico AQUI e AQUI as aventuras "cordelísticas" do cacique, editadas e publicadas por Verbo & Paixão, o blog consorciado da Tribo no ramo de prosa e poesia.

NA: A ilustração acima é de José Francisco Borges, xilogravurista e cordelista pernambucano, nascido em Bezerros, multipremiado mundo afora por seus trabalhos e considerado o melhor entre os melhores. Leia mais sobre ELE.

Quem Tem Que Cobrar e Quem Tem Que Falar, Se Calam

O babado do fim de semana foi o ataque de deduração do cidadão aí em cima, Oscar Jucá Neto, mano do líder de todos os governos desde Tomé de Sousa, o senador Romero Jucá (vixe, vixe). Como bom pernambucano ele devia saber do ditado da Terra de Joaquim Nabuco que determina: "O Bom Cabrito Não Berra"; mas a criatura largou o verbo na revista VEJA com um monte de coisas contra seu chefe no sinistério da agricultura Wagner Rossi, que até o capeta se arrepiou, desencadeando outra frente de faxina prá dona deelma.

Pois oportunidade não faltou e foi loguinho que apareceu. Ontem teve uma reunião do gabinete político da governanta, onde estava presente Romerito e mais um monte de inúteis. Ao bom estilo gerentona, deelma deveria ter pego seu tubinho de KY e catracado o senador. Ou ele deveria se justificar prá dentuça. Mas não...cada um ficou cuidando de sua vida, como se nada tivesse acontecido.

Estavam na patota o novo líder do governo no Congresso Mendes Ribeiro, que participou da reunião pela primeira vez (aliás, como tem líder nessa poha né?) e a ministra Helena Chagas da Comunicação Social (nunca vi mais gorda) que apresentaram um resumo da reunião à imprensa genuflexa; que não perguntou o que devia, mas disseram que as denúncias a respeito da pasta da Agricultura não foram abordadas na reunião e nem está prevista nenhuma conversa entre deelma e Jucá
Na entregação Jucazinho falou de chunchos de toda ordem e deu a entender que só foi demitido por causa de uma pagamento de R$ 8 milhões a um armazém em nome de laranjas sem a ordem do chefe, acusando-o de retardar o cheque, porque queria negociar um aumento artificial de R$ 5 milhões no valor a ser pago de modo que a babita fosse embolsada por outros que não ele. A CONAB também teria vendido um terreno em área valorizada de Brasília por um quarto do valor de mercado a um vizinho do senador Gim Argello (PTB-DF), também com influência política dentro do ministério. Claro que Rossi nega as acusações.
Bom...O que interessa é que não teve cobrança por dona deelma com a mesma virilidade (pode dizer isso?) com que agiu no MINTRANS.
Ao longo de hoje será lançado com pompa e circunstância mais um pograma do (des)governo: A nova política industrial chamada de "Brasil Maior".
Com mais um conjunto de slides power point, ela espera enganar mais os trouxas e desviar atenção e portanto, fiquemos de olho vivo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Big Monthly



2012 Já Começou: Agora Foi o Exército

Com informações da Folha de São Paulo
Não muito antigamente, quando se fazia qualquer enquete de confiança neçepaíz dava Correios e Forças Armadas na cabeça. Pois a corja conseguiu acabar com isso.
Os correios, que eram das melhores empresas de postagem e encomendas do mundo, em pé de igualdade com potências como a FEDEX, TNT, DHL e outras, virou uma casa de Noca. Corrupção acelerada e péssimas gestões, destruiram a reputação e o patrimônio da empresa.
Prá coroar a desmoralização da instituições da nação pelos petralhas, faltava esculhambar as Forças Armadas. Deu trabalho e levou algum tempo, mas eles conseguiram. Enfiaram as tropas nas favelas, dilapidaram os quartéis, seus equipamentos e arsenais e dissimularam um potencial atlético inimaginável nos últimos Jogos Mundiais Militares. A fraude agora chega ao alto comando.
Deu na folha de São Paulo de ontem, que o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e mais sete generais 4 estrelas estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral de Justiça Militar sob suspeita de participar de fraudes em obras executadas pelo Exército.
Os oficiais estiveram lotados no DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o Exército fez convênios com o DNIT para obras em rodovias, decisão de jerico ao transformar tropa em empreiteira.
O general Enzo era comandante do DEC entre 2003 e 2007, quando deixou o cargo para assumir o comando do Exército no (des)governo do EX, continuando com a governanta atual.
A investigação começou com um inquérito que identificou indícios de fraude em 88 licitações do Exército para fazer obras do Ministério dos Transportes e apontou desvios de recursos públicos de R$ 11 milhões.
Na mesma cantilena da corja, os porta-vozes do Exército dizem que "não têm conhecimento da investigação e que não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento". Ou seja: não sei, não fui eu, fui traido...
Desde os poderosos exércitos de Roma, os batalhões de engenharia militares existem para atender necessidades próprias da força em suas atividades de combate e de paz e não para executar obras de interesse exclusivamente civil. Transformá-los em empreiteiras, como citei, é uma deturpação e um convite à corrupção. Só do DNIT, onde só sobrou o zelador, o Exército recebeu R$ 104 milhões nos últimos cinco anos.
O que se apurou até agora é que o grupo que coordenavam os convênios no IME, o coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paula, criou seis empresas para entrar em concorrências do IME com dinheiro do DNIT. Na conta pessoal do major circulou mais R$ 1 milhão em um ano e ele fez 14 (Sim..Quatorze)viagens aos EUA enquanto estava enrolado com as obras. Vá gostar de Mickey assim na potaquepareo.
O general Enzo tem foro privilegiado porque é sinistro de estado, mas os outros seis serão processados na Justiça Militar. Se condenados, o que eu duvido muito, poderão ser presos e expulsos da corporação. Também consta processos junto à Justiça Federal.

With a Litlle Help From My Friends



Um Artigo Excelente do Carlos Alberto Sardemberg no blog do Instituto Millenium
O negócio Pão de Açúcar/Carrefour só para de pé com a entrada do BNDESpar como um importante acionista da nova empresa. Ora, por que um banco público deveria se associar a uma rede de supermercados?
Para impedir uma desnacionalização — foi a primeira resposta que ouvi de pessoas diretamente envolvidas no negócio. Explica-se: o Pão de Açúcar está praticamente vendido ao Casino, uma rede multinacional de origem francesa.
Há alguns anos, Abilio Diniz vendeu parte de sua rede ao Casino, que adquiriu também, no mesmo contrato, o direito de assumir o controle integral do Pão de Açúcar em 2012.
Se isso acontecer, tal é a argumentação, os três maiores supermercados atuantes no Brasil (o próprio Pão de Açúcar, atual número um, Carrefour e Walmart) estarão sob controle estrangeiro. E daí? Daí que varejo é estratégico para o país e não pode ficar assim, sempre segundo o argumento de fontes privadas brasileiras.
A tese não se sustenta. O setor tem uma estrutura interessante. Os três maiores faturaram no ano passado R$ 87 bilhões, isso representando 43% do total. Do quarto lugar para baixo, aparecem redes pequenas, regionais, em um mercado bastante pulverizado. Por outro lado, os três grandes competem ferozmente entre si — e essa competição seria muito reduzida com a fusão Pão de Açúcar/Carrefour. Ou seja, em nome de uma suposta desnacionalização se promoveria uma concentração. O que interessa mais ao consumidor e ao país?
Além disso, não haveria propriamente uma nacionalização do Carrefour, pois o supermercado resultante da fusão pertenceria meio a meio ao Carrefour francês e a uma holding chamada NPA (Novo Pão de Açúcar). Esta seria integrada por Abilio Diniz, BNDESpar, banco BTG Pactual e o Casino, aliás com a maior participação acionária individual. Assim, somando-se a participação dos dois grupos franceses, o capital estrangeiro seria majoritário no processo.
O controle, porém, estaria na holding NPA e, conforme regras estatutárias já incluídas nas propostas, nenhum acionista controlador teria mais que dois votos. Ou seja, Abilio Diniz, com apoio do BNDES, do BTG e de outros acionistas no mercado local, poderia manter o controle sobre o supermercado fundado por sua família.
Adicionalmente, esse NPA teria algo como 11% do Carrefour francês e pessoas, brasileiras, envolvidas na negociação asseguram que isso daria grande influência sobre a rede multinacional, cujo capital é bastante pulverizado. Ou seja, se tudo sair conforme os idealizadores do negócio, a sorte de Diniz muda completamente: se em 2012 ele poderia ficar sem supermercado, agora ficaria com um negócio ampliado aqui e lá fora.
Ou seja, o BNDES, com o suposto propósito de evitar uma desnacionalização, estaria de fato apoiando um empresário brasileiro que já havia vendido participação a empresa estrangeira e que pretende seguir na internacionalização. Difícil argumentação, não é mesmo? Talvez por isso mesmo o governo, por meio do BNDES e do ministro do Planejamento, Fernando Pimentel, tenha recorrido a outras justificativas. Fala-se da suposta internacionalização da companhia brasileira, mas a tese principal sustenta que o negócio poderia impulsionar as exportações brasileiras.
Como? A parte brasileira colocaria produtos nas lojas da rede internacional associada. Também não faz sentido. Primeiro, porque a parte brasileira não é grande fornecedora de produtos locais. Segundo, porque o comércio mundial de alimentos, principal ramo do supermercado, é muito regulamentado por governos e instituições internacionais. A União Europeia em geral e a França muito em particular impõem pesadas barreiras à entrada de alimentos brasileiros — e isso depende de negociações entre governos e no âmbito da Organização Mundial de Comércio, não de fusões entre empresas privadas. Além disso, o Pão de Açúcar já é sócio de uma rede internacional e não há notícia de significativo ganho nas exportações.
Por isso, talvez, uma pessoa participante das negociações me disse: a coisa é simples, o BNDESpar vai ganhar dinheiro; vai pagar 70 e tantos reais por ações que, pós-fusão, valerão mais de R$ 100.
Se tudo der certo, portanto, será um grande negócio. Ora, se é assim, por que os interessados não atraíram sócios privados? Será que não há no Brasil empresas e pessoas que possam juntar os R$ 4 bilhões que o BNDES vai colocar? Ocorre que a presença do governo brasileiro, via BNDES, dá aval à fusão e exerce pressão sobre a direção do Casino — a parte prejudicada da história.
Os brasileiros idealizadores do negócio dizem que o Casino vai ganhar. Em vez de ter “só” o Pão de Açúcar em 2012, terá essa rede mais o Carrefour brasileiro e uma participação no Carrefour francês, seu concorrente direto. Só que seria trocar um lucrativo Pão de Açúcar, sobre o qual terá controle total em 2012, por um negócio maior, mais difícil (o Carrefour brasileiro perdeu dinheiro) e no qual sua participação será menor, sem controle, e com a entrada do concorrente francês. A diretoria do Casino já se manifestou contra a fusão, considerando a proposta ilegal. Mas os brasileiros acham que, com apoio do governo, conseguem dobrar os acionistas.
A ver. Mas mesmo que tudo saia conforme os planos dos brasileiros, fica a questão: está certo o governo alinhar-se assim em um negócio privado? O BNDESpar não teria uso melhor para esses R$ 4 bilhões, como o de apoiar nascentes empresas de tecnologia, sempre carentes de capital?

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Comento: Ao que parece, o negócio babou. Teve muita gente de peso que falou prá dona deelma que era cagada o "Banco de Fomentos" fomentar exatamente o que não é de nenhum interesse da nação, apenas para agradar seu Abílio Diniz, grande idólatra do nove dedos. Mas não custa ficar atento prá o que pode acontecer. Acho que o corredor de maratona vai perder a parte dele até o fim do ano, como previsto em contrato.

Mexeu com cachorro grande.

domingo, 31 de julho de 2011

Uma Super-Interpretação do Hino Nacional

De modo a superar a vergonha causada pelo engajamento de atletas nas Forças Armadas para disputar os Jogos Mundiais Militares, apresento uma extraordinária interpretação do Hino Nacional Brasileiro, em arranjo para seis pianos, feito por Wagner Tiso (um grande músico, maestro e arranjador; abstraindo suas preferências políticas) e executado por feras como o próprio Wagner Tiso, Arthur Moreira Lima, João Carlos de Assis Brasil, Nelson Ayres, Amilton Godoy e Antonio Adolfo.

A emoção dos mestres é visível, assim como a minha própria, esvaindo em lágrimas enquanto escrevo isso.






Monte Roraima: Agressão Pelos Admiradores

Baseado em reportagem do Portal Amazônia


Morei em Roraima 2 anos, andei muito pelo estado, estive bem perto mas não fui ver essa maravilha. Lamento até hoje.


É a sede do Parque Nacional do Monte Roraima e fica situado na triplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, sendo parte da Serra do Pacaraima e lar de várias espécies únicas da fauna e da flora do Brasil e das Américas. Umas das peculiaridades que mais o diferenciam de quaisquer outros montes é o fato de se parecer com uma imensa mesa, sendo seu topo praticamente plano, com cerca de 90 km de extensão, de onde escorrem milhões de litros de águas acumuladas das chuvas, formando várias cachoeiras; sendo por isso chamado de Mãe das Águas pelos índios do lado Venezuelano e Casa dos Deuses por nossos índios. O cume pode ser alcançado por expedições a pé, feita por pessoas vindas de todo o mundo (menos o leso aqui, grrrr), iniciadas geralmente pelo lado venezuelano, a partir da cidade de Santa Elena de Uairén. O Monte Roraima é a inspiração para livros como “O mundo perdido”, de Sir Arthur Conan Doyle, e filmes como “Up — Altas aventuras”, da Pixar/Disney. O topo, com uma área de mais de 30 quilômetros quadrados dividida em cerca de 80% em território venezuelano, 15% pertencentes à Guiana e apenas 5% ao Brasil
Como todas as grandes belezas naturais, o aumento no número de visitantes, associado ao histórico descaso das autoridades dos países que dividem o território da montanha e antigas práticas danosas ao meio ambiente ainda usadas pelos habitantes da região, está começando a causar problemas no paraíso.
Queimadas, pichações, lixo e poluição modificam e destroem as condições no próprio Monte Roraima e à sua volta, gerarando preocupação. Sem cuidados especiais, dejetos de necessidades fisiológicas básicas poluem os poços de água acumulada das chuvas e contaminam o ambiente, colocando em risco espécies únicas de plantas e animais.

É uma pena que coisas como essa aconteçam. A savana da região é belissima e merece um dia ser conhecida.

Leiam a reportagem completa e os dados do relatório da expedição em Portal Amazônia.