
Não me venham indicar artigos e tratados de defensores nem atacantes do empreendimento Belo Monte, outras hidrelétricas, grandes sistemas termelétricos e usinas nucleares. Já li de todas as matizes: críticos e favoráveis; vermelhos e azuis; ecologistas ou progressistas; de um lado e do outro. Cada um tem o direito a ter sua posição e eu tenho a minha. Seja certa ou errada; é a minha opinião.
Prá quem não sabe; sou engenheiro eletricista, com 3 pós-graduações de especialista na área; trabalhei em empresa do setor elétrico por 20 anos, onde ocupei posição de acesso a informações qualificadas; participei de grupos nacionais de planejamento do sistema elétrico brasileiro; convivi com e sou amigo de grandes expoentes técnicos entre os especialistas da área, tenho uma pequena empresa do ramo; enfim, não sou um curioso, mas um estudioso do tema e profundo conhecedor. Dai, peço que não me venham com churumelas ou sofismas nos comentários. Externem suas opiniões sem radicalismo e muito menos ofensas. A democracia aqui depende da educação. A taba é minha.
Admiro os defensores da natureza, até porque também sou um deles. EU MORO DENTRO DA FLORESTA. Mas me refiro àqueles defensores que pisam realmente no barro. Ser ecológicamente correto num escritório ou residência na cidade, teclando em computador de última geração ou seus minimizantes (notebooks, iPad, Iphone, BlackBerrys, etc), acomodados em ambiente climatizado (por calor ou frio gerado pela eletricidade ou gas - sim, gas; ou acha que ele sai sozinho do chão? Tem que usar eletricidade prá tirar ele de lá) aí não...
Pergunto: você estaria lendo esta Josta que escrevo sem eletricidade? Sua cervejinha ou refrigerante ou suco ou água estariam bem geladinhos? Seus alimentos estariam bem conservados na geladeira ou freezer? Uma comidinha rápida poderia ser feita no micro-ondas? O ar condicionado ou aquecedor manteria seu quarto de dormir na temperatura certa? O combustível de seu carro estaria nos postos à sua disposição prá levar seus filhos na escola? Então, ou pare prá ler sem paixão ou compre uma bicicleta, ligue um dínamo na roda traseira e comece a se virar sozinho.
Energia de monte, com muitos zeros à direita, coisa prá valer a pena, hoje e por um bom tempo, só tem 3 caminhos: hidrelétricas, termelétricas e termonucleares. O resto é válido, necessário que se estude, importante como alternativa, coisa pro futuro, mas é coisa prá atender a quitanda da esquina.
Senão vejamos...
Tomemos com exemplo o lugar da moda: a favela da Rocinha. Fala-se de 20.000 residências. Claro que hoje é tudo no gato (ou macaco, ou clandestino, ou forfait, sei lá como chamam vocês em suas regiões). Mas vamos estudar como um novo centro de consumo. Numa estimativa beeeem conservadora, são 60.000 kw de requisito permanente de potência, levando em conta todas as variantes de clientes lá existentes. 

Ontem se falou de aerogeradores (turbinas eólicas, movidas pelo vento). As maiores máquinas comerciais existentes no mercado estão na faixa de 2.000 kw/unidade. Dá prá colocar 30 na Rocinha? Cada pá dos coletores tem cerca de 10 a 15 metros. Portanto estamos falando de máquinas monstruosas de cerca de 300 toneladas instaladas a mais de 70 metros de altura. Não fiquem imaginando os românticos moinhos de Holanda da época de Dom Quixote ou da música de Alceu Valença. E precisam de vento constante. "Ah mas a Rocinha é litoral". E dai? O vento não é constante e portanto tem que se ter suprimento confiável alternativo, logo...Hidro, termo ou termonuclear. E também sofrem acidentes gravíssimos e produzem poluição sonora enorme; sem falar os danos aos bandos de aves migratórias e até às baleias. Escrevi sobre isso AQUI. Complete a informação.

Tá, de volta ao suprimento à Rocinha. Tentemos células fotovoltáicas. Uma grande central do gênero cujos dados mais completos consegui, está em Leipzig (leia-se laipizich), Alemanha (não é essa imagem que usei). São 33.500 módulos foto-conversores, pode atender até 5.000 kw e custou 20 milhões de Euros. Mas ocupam 33.000 m2, ou seja a área de 27 piscinas olímpicas. Meio grandinho prá enfiar na favela né? Ah...E só funciona com sol. Nublou, lascou...De noite, necas. Tem que instalar baterias. Mas aí vem químicas, vida útil, poluição de lençois subterrâneos, áreas de descartes...Bom esquece, deixa prá lá. De novo; hidro, termo ou nuclear. Tem a alternativa termo-solar mas vamos começar a pensar em áreas do tamanho do Rio de Janeiro inteiro prá atender a Rocinha.
E ambos os sistemas também poluem. Os reflexos dos espelhos e das lentes coletoras devem ser bem direcionados senão viram "faróis" que podem influenciar na aviação.



Estamos de volta ao velho conjunto hidro, termo, nuclear.
Mr. Bill Clinton, aquele da pirulitação com a secretina, esteve aqui na taba esse ano prá ganhar uma babita no Forum de Sustentabilidade. Falou uma coisa sensacional: "O Brasil deve liderar a produção de energia limpa. Mas não construindo hidrelétricas na Amazônia". Pronto. De volta às cavernas.
Outra genial foi de tia Angela Merkel, logo depois do acidente em Fukushima. "Vamos fechar as usinas termonucleares na Alemanha". Tá tia...Então me responde ISSO.
Chegou? Caso tenham mais perguntas, coloquem aí em baixo nos comentários. Se souber, respondo na hora; senão vou estudar. Sempre fiz assim nos anos de professor.
De volta a Belo Monte.
A obra é gigantesca mas não é o fantasma que pintam dela. O problema do empreendimento é estar no momento sendo conduzida por mãos erradas e com interesses espúrios, despertando a cobiça pessoal de muita gente, sedentos das taxas de sucesso envolvidas, mas isso são outros quinhentos. A concepção original da usina (coisa acima de 10.000.000 kw instalados, prá manter a mesma referência lá de cima) e do resto do complexo Xingu (usinas reguladoras), contempla mitigação de danos à floresta e aos povos da região, indígenas ou não; e geração permanente de energia da mesma monta, com pouquíssima variação entre enchentes e vazantes dos rios, um dos fatores contra na versão atual.
Sem falar que o regime hídrico dos rios que correm para o norte é inverso ao dos que correm para o sul o que torna o balanço energético efetivo muito maior que os 10.000 GW que citei. Refaça-se o projeto. Retorne-o à condição original. Discuta-se-o à exaustão com a sociedade Brasileira, e somente a nossa, solucione-se os problemas (inclusive relativos a corrupções) e decidamos nós, se fazemos ou não.
Eu acho que devemos fazer. Costumo falar: na engenharia, para os bons engenheiros, não existe a expressão "Ah, Não Dá". Tem que arranjar a forma certa de contornar (no bom sentido) alguns danos inevitáveis.
Em tempo: Ridículo o filminho Gota d'Água dos globais. Como artistas que são, estão muito bem ensaiados. Um perfeito jogral de quermesse. Quanta babozeira. Esse povo NUNCA veio na Amazônia meeeesmo. Ficam em Manaus, no hotel tropical, no ar condicionado e sendo bajulados aos montes. E muitos deles nem isso. Em Copacabana, Lagoa ou Jacarepaguá (PROJAC) é fácil falar assim. A usina não é para a Amazônia mas para ligar os ar condicionados e fornos de micro-ondas destes imbecís mesmo.
Da forma que está, a usina não é boa. Tem que voltar ao projeto original, com a complementação necessária de regulação, fica uma maravilha de serviço. Com uma das maiores estabilidades geradoras do mundo, como são as usinas das bacias do sul-sudeste.
E os índios xingus que realmente serão atingidos pela área alagada são muito poucos. A reserva permite a eles terem toda as suas necessidades nômades atendidas com usina e tudo.
Todos os problemas levantados por esse grupo de ecologistas de beira de praia podem ser contornados.
Este vídeo é uma farsa novelística financiado sabe-se lá por quem. Pura balela.
Tem sim que ficar de olho na corrupção e bandalheiras que possam fazer em Belo Monte ou nas obras de Seu Cabral, aí, bem pertinho destes artistas, que preferem o financiamento de seus espetáculos com dinheiro da Ana de Holanda.
Da forma que está, a usina não é boa. Tem que voltar ao projeto original, com a complementação necessária de regulação, fica uma maravilha de serviço. Com uma das maiores estabilidades geradoras do mundo, como são as usinas das bacias do sul-sudeste.
E os índios xingus que realmente serão atingidos pela área alagada são muito poucos. A reserva permite a eles terem toda as suas necessidades nômades atendidas com usina e tudo.
Todos os problemas levantados por esse grupo de ecologistas de beira de praia podem ser contornados.
Este vídeo é uma farsa novelística financiado sabe-se lá por quem. Pura balela.
Tem sim que ficar de olho na corrupção e bandalheiras que possam fazer em Belo Monte ou nas obras de Seu Cabral, aí, bem pertinho destes artistas, que preferem o financiamento de seus espetáculos com dinheiro da Ana de Holanda.
Façam um vídeo semelhante pro que acontece e aconteceu nas obras da Odebrecht, Camargo Correa, Delta, Queiros Galvão, etc. Questionem Seu governador sobre os aviões e helicópteros. Perguntem a ele por que nunca está no Rio quando dá problema.
Saiam em maratona pelo país prá ver como andam as obras do PAC. Perguntem à mesma deelma onde foram parar os bilhões que os ministros delea roubaram pros seus partidos.
Vão ler e conversar com quem é do ramo e não é xiita depois voltem prá se informarem de novo. Onde que poha que Elisângela, Maitê e aquela mocinha que nem sei o nome pesquisaram que conferiu a elas tamanha sapiência? Fala sério.