Read In Your Own Language

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Cordelando 102: Fatiando o Chester


Nem no tempo do Natal,
Não temos sossego não.
Desprezando seu Noel,
Vai surgindo mais ladrão.
Pois além de não parar,
A trama da Lava a Jato.
Aparecem os ministros,
Que deelma vai ter ao lado.

Loteando a esplanada,
Como a muito já se faz.
Fatiando ministérios,
Para quem promete mais.
Compromisso com valor,
Competência ou coisa assim.
Só sobe no elevador,
Um monte de gente ruim.

Do povo da economia,
Não preciso mais falar.
Pois foram lá colocados,
Para a onda segurar.
Levy, Barbosa, Tombini,
Vão botando pra fuder,
Protegendo a governANTA,
Dando a cara pra bater.

Para dois que disputaram,
Eleição estadual.
Levando couro nas urnas,
Na Amazônia Ocidental.
Dudu Braga e Barbalhinho,
No conluio são dotô.
E na pesca e energia,
Vão tocar o seu horror.

Mestre Aldo novamente,
Colocaram num lugar.
Onde não entende nada,
Como pode se achar.
E até projeto dele,
Proíbe contratação.
De programa que reduza,
Vaga por toda nação.

No campo reina soberba,
Senadora que mudou.
De ferrenha adversária,
Cheira-calçola virou.
Desagradou como encanto,
Empregado e produtor.
Dona Kátia não se iluda,
Vai causar um bololô.

Foda mesmo é o que se vê,
Na grande contradição.
Cid Gomes vai virar,
Ministro da Educação.
Ele mesmo que um dia,
Na greve de professor.
Falou que salário é pouco,
O importante é o amor.

Vindo de lá da Bahia,
Jaquisvagui se instalou.
Na cadeira da defesa,
Onde Amorim se sentou.
Cada um que entenda menos,
Da pasta tão importante.
Já que nas Forças Armadas,
Se respeita o comandante.

O maior feladapota,
Que surgiu lá no listão.
Foi prefeito de São Paulo,
Até fundar partidão.
Que dizia não saber,
Se era direita, de centro,
Esquerda talvez um dia,
Fosse de fora ou de dentro.

Tem um monte de indicado,
Que boiaram sei de onde.
Um monte de meio famoso,
Que não perderam o bonde.
Os partidos reclamaram,
Sua cota no butim.
Cada um que perseguisse,
o "dá um pouquinho pra mim".

Fugindo um pouco do tema,
Mudando pra Petrobras.
Venina deu entrevista,
Que nas redes deu virais.
Reiterou que tudo disse,
Pra gerente e diretor,
Sobre toda roubalheira,
Que na empresa se instalou.

Quase que de imediato,
Veio retaliação.
Lá mostraram documento,
Manchando reputação.
Falaram de uns contratos,
Que teria seu marido.
De parecer por escrito,
Dizendo não ter perigo.

Venina ficou chocada,
Lolo, logo se arretou.
Entregou ao ministério,
Todo seu computador.
Onde constam todas provas,
Que eles precisam saber.
Pra abrir até inquérito,
E processar o poder.

E ainda tem mais uma semana,
Pra encerrar este ano.
Mesmo de férias na praia,
A mulher tá governando.
Pode sair outra lista,
Antes do mês se findar.
Fato é que todo jeito,
O povo vai se lascar.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz Natal


Mais uma vez é Natal. Ou, como diria a Simone, Então é Natal.
Pra falar a verdade, eu não gosto do Natal. Fico triste e angustiado por terminar mais um ano e não ver uma porrada de sonhos e desejos não concretizados e metas não atingidas. E mais ainda por ver que a cada ano o verdadeiro espírito do Natal é engolfado por papais noéis, pinheiros, guirlandas e coisas do gênero. Além de caixas e caixas de presentes. Pouco se vê de incenso e mirra e muito se vê de ouro.
De qualquer forma, desejo a todos os queridos amigos, virtuais e reais, um Feliz Natal; daqueles em que o Recém-Nascido seja efetivamente celebrado em Sua Grandeza e Glória.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Larga de Meu Pé, Chulé


Assistindo o JN ontem de noite, tomando uma cervejinha, assistindo Venina, Graça e a regovernANTA e, depois de ler as postagens do Quinzão no twitter, tive um insight do que poderia ter sido a intenção da dentuça quando disse que iria consultar o MPF para definir seu sinistério.
A merda está muito feia, sem dúvida. Mas, independente de tudo, a base alugada está mordendo o pescoço dela para arrancar ministérios e cargos.
Até o PT iniciou uma varredura de cargos de segundo e escalões menos cotados, para ocupar. Segundo a criatura nefasta Falcão, "deixaram escapar trocas por técnico de carreira sem comprometimento político".
Isto posto, acho que não foi por acaso, por ingenuidade, por leseira, por qualquer outro motivo que não seja MERCANDISING dirigido por João Göebels Santana; que a deelma fez questão de dizer, durante um café da manhã com a fina flor da imprensa nacional, que questionará o Ministério Público para saber se os nomes indicados por partidos aliados têm algum grau de envolvimento com os escândalos de corrupção que brotam da operação Lava a Jato. Na minha modesta opinião silvícola, a imperatriz teve claramente a intenção de criar constrangimento para ministeriáveis citados, declarados, pretendidos, empurrados ou negociados.
Se eu estiver certo, as expectativas pessoais ou corporativas ou partidárias nas indicações de nomes que estejam sendo investigados ficam em banho maria e ela pode por os apaniguados supostamente mais leais e mais dóceis.
Diz-se que, ao longo do dia de hoje, ela indicará mais alguns ministros. Gente que já está sentado ou que não boiaram nas manchetes. Enquanto isso, deelma aproveitou o café da manhã com as estrelas do jornalistas no Palácio do Planalto para fazer uma ação preventiva para blindar o seu segundo governo de um quase certo escândalo nos primeiros meses com a nomeação de ministros investigados na Operação Lava Jato.
Ponho ficha na minha aposta, embora não entenda tanto assim de política e seja apenas um indiozinho curioso.
A ver...  

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

MP 656: Regulamentou de Parto de Macaca a Atracação de Navio

A Medida Provisória 656 aprovada no início da semana pelo Senado ganhou notoriedade no noticiário porque contemplou a correção da tabela do Imposto de Renda a vigorar em 2015 num percentual de 6,5%, contrariando a vontade da regovernANTA que tinha prometido 4,5% no dia 01/maio passado, como parte de seus pacotes de bondade da eleição.
Claro que ela se-esqueceu-se da validade da MP que caducaria e a a tabela não seria corrigida, retendo o governo nosso salário e, claro, nunca mais devolvendo. A base alugada bobeou e corrigiram a facada.
Tudo bem, diriam os incautos. Que felicidade, diriam os tontos. Mas não foi só isso. 
Só para dar base ao post: o texto original da MP previa a concessão de Incentivos fiscais para a importação de peças e componentes para aerogeradores, visando reduzir o custo de usinas eólicas e disponibilizar energia mais limpa. Até aí tudo bem... 
Acontece que a estrovenga agregou uma porrada de contrabando, como se chama no jargão do congresso. Foram incorporados ao texto, e consequentemente aprovados, outras coisas que não tinham nada a ver com o objetivo principal. Claro, que beneficiando os afilhados do poder e metendo a mão no nosso bolso. Senão vejamos...
Começa com uma facada na CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco, supridora de energia do Grupo Eletrobras, que foi obrigada a engolir a revisão do artigo 22 da Lei 11.943/2009, onde se regula os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias e consumidores finais. 
Esses contratos só vigorariam até o dia 30 de junho de 2015, quando a CHESF poderia praticamente triplicar o custo de energia de empresas chamadas de eletrointensivas como GERDAU, BRASKEM e VALE, ajudando o caixa da empresa mas praticamente inviabilizando a operação das indústrias.
Hoje o custo da energia dessas empresas é de aproximadamente R$ 100/MWh, enquanto no mercado de curto prazo, para venda em 2015, oscila atualmente ao redor de R$ 380/MWh, o que implicaria um enorme salto de custos caso as indústrias tivessem de substituir o acordo atual com a CHESF por novos contratos de compra e venda.
Se buscassem novos contratos de longo prazo, as indústrias dificilmente encontrariam energia disponível com preço médio inferior a R$ 150/MWh. 
Essas empresas contratam energia junto à CHESF, em um contrato particular que não se configura em fornecimento a partir das distribuidoras, tampouco em um acordo direto entre consumidores e geradoras. Por isso, as indústrias conseguiam acesso à energia a um custo mais competitivo.
No mesmo balaio de gatos, çuas inçelenças encaixaram uma benesse à bancada da bola: o parcelamento das dívidas dos clubes brasileiros junto à seguridade social (INSS e FGTS) em 240 vezes sem contrapartidas, uma manobra vergonhosa do deputado Jovair Arantes e do senador Romero Jucá. Uma medida como essa continua pavimentando o caminho para o abismo, distanciando cada vez mais o futebol brasileiro do profissionalismo e da modernização; pois,. além de refinanciar as dívidas das entidades esportivas em 20 anos, o benefício concede reduções de 70% nas multas, de 30% nos juros e de 100% em encargos.
Também enfiaram no meio a criação de um novo modelo tributário para o setor de bebidas frias (água, cervejas, refrigerantes e isotônicos) a pedido da industria do ramo e a ampliação da desoneração da folha de pagamentos para outros 12 setores, como audiovisual, balas e chocolates, café solúvel, serraria e madeira e material gráfico.
E podia ser pior.
Ronaldo Caiado conseguiu retirar o item que estabelecia a federalização da inspeção de carnes e outros produtos de origem animal da Medida Provisória 656/2014. A chamada “emenda Friboi” impediria a fiscalização de estados e municípios, mudando a regra consolidada no país para inspeção de carne e produtos de origem animal. Essa nova norma só beneficiaria o JBS que quer o monopólio da carne no País.
Outra vitória da oposição foi a exclusão do item que permitia a desapropriação imediata de terras sem passar pela necessidade de decisão judicial, numa clara violação à Constituição, naqueles tradicionais arroubos de tirania, próprios do PT e seus acólitos.
O que era pra fazer eles não fizeram: ipedir que seja obrigatório o emplacamento de máquinas agrícolas, o que vai onerar o custo de produção no campo, principalmente para os pequenos e médios agricultores.