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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Bota na Conta da FIFA



No afã de transferir para alguém a culpa do descalabro que vem sendo (e vai ser ais ainda) a tal da copa do mundo, onde nada sai e o que sai é meia boca; o (des)governo agora lança uma pedra prá cima que vai cair na cabeça deles: A Cumpa é de Terrorismo da FIFA.
O ministro da propaganda João Santana está fazendo das tripas coração  para, ao menos,  atenuar os efeitos devastadores da reportagem da Thompson Reuters, em espanhol, e da entrevista dada pelo coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, criticando a bagunça e quebra de compromissos na infraestrutura para o mundial de futebol. A venda de peixes podres vai prejudicar a governANTA.

Na nota da agência de notícias britânica, foi informado que os problemas para o mundial de 2014 eram conhecidos desde 2007, quando o Rio de Janeiro se esforçou para realizar os Jogos Pan-Americanos, de envergadura significativamente menor que uma copa do mundo de futebol, em termos esportivos globais. 
Destacaram o excesso de custos, a obra de metrô que nunca se materializou e constantes atrasos nos locais de competição, muitos dos quais concluídos no último minuto, e que deviam ter soado o alarme da FIFA.
No entanto, segundo a matéria, três meses depois do PAN, o Brasil assumiu a organização da Copa do Mundo de 2014, quase sem oposição. A Reuters detona: “Perguntas sobre a infraestrutura do Brasil em ruínas, os problemas sociais, a criminalidade e a violência foram negligenciados no país por meio de elogios por suas realizações no campo de futebol. Nos seis anos e meio, desde então, com a organização do Mundial aconteceu o mesmo trololó que com a preparação para o PAN. Agora, incapaz de fazer algo mais significativo, a FIFA tem visto como os organizadores falharam em prazos, ignoraram os orçamentos originais cortados e descumpriram projetos de infraestrutura, que deixariam um legado do torneio e que não vai vingar poha nenhuma.
No caso do Parreira, a porrada pode doer mais, porque a reclamação vem de dentro da seleção. Além disso, a sincera e despojada de emoção queixa que ele fez é baseada em dados reais e pode ser vista como um recado indireto dos gestores da FIFA descontentes com o governo brasileiro. Na entrevista para programa de rádio da CBN, Parreira foi na mesma linha ofensiva da Reuters: “A gente queria tudo para a Copa, mas para a Copa foi um descaso total. Vejo que os aeroportos vão ser licitados a partir de março, três meses antes. É uma brincadeira, fomos indicados há sete anos e só agora vão licitar os aeroportos?”. Lembrando que o torcedor não vive só de estádio e precisa de infraestrutura, diferente do Ronalducho, Parreira lamentou: “Perdemos a oportunidade de dar conforto e mostrar um Brasil diferente”.
A ver...

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Gerando Energia Até Com o Que Não tem


Matéria publicada ontem no Globo dá conta que, o maior dos orgulhos energéticos do planeta, a matriz energética mais limpa do mundo, com 46% de fontes renováveis, tem agora pelo menos dois motivos para se envergonhar. 
O primeiro é que o setor de energia brasileiro está mais “sujo”, produzindo toneladas de gás carbônico (CO2) e outros gases de efeito estufa, com o aumento de cerca de 30% nas emissões em relação a 2006, por conta do irresponsável aumento da geração térmica com usinas altamente ineficientes por apresentarem alto consumo específico e usando combustíveis pesados.
O segundo, e mais grave motivo de vergonha, é o desperdício. Mantendo apenas o foco na produção e esquecendo de controlar e orientar o consumo, apenas em 2013 estima-se que o país desperdiçou 46,4 mil Gigawatts/hora (GWh), o equivalente a quase metade da energia gerada na usina de Itaipu (98,6 mil GWh) e é superior ao consumo de todo o Estado do Rio (38,9 mil GWh).
A informação vem da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). Seu presidente, Rodrigo Aguiar, informa que a energia desperdiçada vem aumentando sistematicamente uma vez que a incompetência reinante no comando do setor desde que a governANTA era sinistra das minas e energia, não desenvolveu programas de eficiência energética ao menos adequados que fossem. 
Desde a época do governo Collor, que existem programas de eficientização do consumo e, em números de hoje, poder-se-ia obter reduções de, no mínimo, 10% no consumo, coisa de uma economia de R$ 11,5 bilhões.
E estou falando de coisinhas aparentemente bobas como orientar a população a não deixar aberta a porta da geladeira ou financiar um empresário para trocar uma caldeira de baixo rendimento e com combustíveis altamente poluentes. 
Gerar com termelétricas a bom volume, vem como decorrência do uso de hidrelétricas com reservatórios a fio d’água (quase que para consumo diário, sem estocagem e sem usinas de regulação a montante), por conta de questões ambientais. Era só fazer o balanço em carbono de florestas alagadas x volume de gases de efeito estufa da geração térmica e acabar a argumentação de ambientalistas. Mas não... Acho que ninguém por lá sabe fazer isso. 
E o povo tem na memória o sentimento participativo desde o racionamento de 2001. Na época, todos reduziram seu consumo, com o uso de lâmpadas LED e outras ações para evitar desperdício. Neste caso, na minha modesta opinião, o governo é o culpado porque, em vez de lançar campanhas de incentivo à economia de energia, estimula o consumo com medidas como a redução de tarifas da conta de luz no ano passado, sem falar na avassaladora aquisição de condicionadores de ar, chuveiros elétricos, geladeiras, TVs e outros vorazes consumidores de energia; torra bilhões em campanhas de auto-elogios tentando enganar a população com fantasias que são exatamente o oposto do péssimo governo que fazem.
Esses programas de eficiência energética deveriam ter mais campanhas. É fácil cortar em 20% o consumo em qualquer residência ou comércio. Eu já fiz isso no passado. Tínhamos ações nas classes de sétima série do ensino fundamental em que acompanhávamos o consumo das casas dos alunos treinados e os resultados eram superiores a 20% na redução do consumo. Nas indústrias, conseguíamos resultados superiores a 30%.
Diz a reportagem que, a China, apesar de ser o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, é o país que mais investe em sua redução, desenvolvendo fontes de geração renováveis e aumentando a eficiência energética. Enquanto os chineses já têm cerca de três mil ESCOS (Empresas de Serviços de Conservação de Energia), no Brasil são em torno de 150.
Eficiência energética não é racionamento. É um programa de educação, de mudança hábitos nas casas e nas empresas (indústria e comércio), adotar processos, sistemas ou equipamentos que consomem menos energia. A troca de um sistema de ar-refrigerado em um hotel pode reduzir em até 35% o consumo.
Os gastos menores com energia no país também elevam a produtividade e a competitividade, que, por sua vez, aumentam a lucratividade ou reduzem os preços.
Governo: eficiência é ‘muito importante’
No Brasil, existem vários programas de eficiência energética. Um dos mais antigos, o que me referi acima da época do Collor, é o PROCEL, coordenado pela Eletrobras, que desenvolveu, entre outas ações, o selo para equipamentos industriais e eletrodomésticos que consomem menos energia. Há ainda o Plano Nacional de Energia, o Plano Nacional de Eficiência Energética e o Decreto Nº 7.390, que regulamenta a Política Nacional de Mudança do Clima. Mas os resultados têm sido pequenos, com reduções pífias de 1,6% em 2013 e com previsão de apenas 2,1% para 2014. Pelas projeções, só lá pras bandas de 2030 o país vai economizar 10,3% de energia com eficiência energética.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, responsável maior pelo consumo consciente e eficiente, disse que o governo tem consciência da importância de se buscar a eficiência energética, mas que não vê "importância em ter metas elevadíssimas, mas sim realistas que sejam acompanhadas e atingidas". Tomanocó...É claro que a eficiência energética é muito importante e deve ser a primeira opção. 
Manda a boa engenharia que se tenha em conta que "o megawatt poupado é o mais barato, sem impacto nem obra nenhuma. O problema é que obriga seus executores a pensar e trabalhar, coisas que não são muito afetas a essa corja

domingo, 26 de janeiro de 2014

Entrar e Sair de Hotel: Uma Manobra de Mafiosa

Passados três anos de seu (des)governo com demonstrações internacionais de arrogância, falta de compromisso e soberba; a governANTA foi ao Fórum Internacional de Davos, tentando fazer com as maiores agências, empresários e instituições financeiras da face da terra, a mesma coisa que faz com os seus fieis mantenedores de 110% de aprovação à base de bolsas-uma-porrada-de-coisa: fingir, enganar e mentir.
Num colegiado que tem poder de fogo e bala na agulha para decidir onde os abastados investidores do planeta porão a sua grana suada, falou um monte de abobrinha e falsidades, com a ilusão que os donos da grana conduzem suas decisões e de seus orientados apenas pelo lare-lare de uma gorduça metida a otoridade. Como se não possuissem serviços de informação muito mais sofisticados e poderosos que os da NSA, que tanta fúria causou na presidentA.
Achando pouco tanto vexame, a pobre coitada ainda fez que ninguém sabia que de Davos iria para o paraíso, o modelo de democracia e a Meca da liberdade de expressão... Cuba.
Mesmo assim, achou pouco. Como costuma fazer, chamou o comandante e mudou a programação de voo, pedindo pra dar uma passadinha em Portugal, para jantar, dormir e tomar um laudo café da manhã. E na surdina, escondidinho, na moita. Mas repórteres criados em beira de lagoa não vão perder pra sapa. Descobriram e babou a escapadinha dela. Manchete em todos os jornais e buxixo nas redes sociais.
Num saque rápido, a equipe de cerimonial informou que foi uma escala técnica, posto que o vassourão não tem autonomia para o voo Davos-Havana. Foi pior, os ispicialistas em aeronáutica logo se apressaram em desmentir e provaram que o Airbus 319EJ que serve ela pode sim, cruzar o oceano a partir da Suiça. Isso sem levar em conta uma hipótese bem brega: parar em Lisboa, investir uns 40 minutos em operação de pouso-taxi.abastecimento-taxi-decolagem. Mas não, isso é coisa de país pobre.
Phodel. O que dizer agora e justificar o absurdo uso de quase 100 mil contos de réis em hotel, com 45 quartos reservados para a "pequena" comitiva, com destaque para a suite presidencial de 26 miletas no hotel Ritz, um dos mais caros da Europa.
Um pequeno detalhe: o abastado Brasil mantém um palácio do século XVII a preço de ouro, para abrigar a embaixada em Lisboa, local justificado como residência temporária de presidentes e autoridades em plagas lusitanas.
Mas segue o enterro... Saidinha furtiva para jantar, e, de novo os terroristas psicológicos da mídia golpista portuguesa publicaram um retratinho da governANTA entrando num luxuoso restaurante, acompanhada pelo embaixador do Brasil em Portugal, Mario Vilalva; que, por sinal, numa enorme demonstração de subserviência, carrega uma sacola com garrafas de vinho. (Ver a foto: http://expresso.sapo.pt/dilma-rousseff-esta-em-lisboa=f852615). O restaurante, com uma maravilhosa vista para o rio tejo, é um dos melhores de Portugal e um dos poucos no País classificado com estrela Michelin.
Continuando... Para não falar nenhuma palavra sobre os protestos que ocorreram no Brasil no sábado ou fazer qualquer declaração, mais uma vez furtivamente, no bom estilo mafioso, a presidentA deixou o Ritz pelas portas dos fundos, através de uma garagem de uso público que serve o hotel e embarcou hoje de manhã para Havana, com os seguranças fazendo de um tudo para driblar os jornalistas que já estavam de plantão por lá.
Pois bem. Não adiantou nada a baboseira que derramou em Davos sobre fim da pobreza, aumento de classe média, superávit, estabilidade, câmbio livre, etc, etc, etc. Esse passeio nos Alpes foi a pá de cal na tentativa de convencer alguém a investir no Brasil.


O acólito embaixador carregando as garrafas de vinho compradas "pra viagem". Deve ter custado um balaio de dinheiro.

O post do Restaurante Eleven comprovando a honra de receber a governANTA. Olha a cara amassada e as olheiras...

Entrando no carro. Igual ao bloco de carnaval de Recife: Me Segura Que Senão Eu Caio