Read In Your Own Language

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Programando Uma Bobina de Tesla

Nikola Tesla foi um grande inventor nos campos da engenharia mecânica e electrotécnica, nascido na aldeia de Smiljan  no território da atual Croácia. Era súdito do Império Austríaco por nascimento e mais tarde tornou-se um cidadão estadunidense. Muito contribuiu no campo do electromagnetismo e suas patentes e o seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência elétrica em corrente alterna, incluindo os sistemas polifásico e o motor AC.
Devido à sua personalidade excêntrica e às suas afirmações aparentemente bizarras e inacreditáveis sobre possíveis desenvolvimentos científicos, Tesla caiu no ostracismo e era visto como um cientista louco. Nunca tendo dado muita atenção às suas finanças, Tesla morreu empobrecido aos 86 anos.
A unidade do Sistema Internacional que mede a densidade do fluxo magnético ou a indução magnética chama-se Tesla em sua honra.
Uma de suas invenções foi a Bobina de Tesla, que sem maiores floreios técnicos, é um transformador com núcleo de ar, que permite se desenvolver descargas de altíssima tensão (algumas centenas de milhares de volts) , bem parecido com um gerador de raios artificial. Permite realizar ensaios e testes em equipamentos que serão submetidos a altas tensões em sua operação normal, sem requerer fontes de grande potência.
Como engenheiro eletricista é quase tudo meio louco, una alunos do grupo “X-Labs” da University of South Florida (USF) utilizaram uma bobina de Tesla para tocar a música tema do famoso jogo "Super Mario". O experimento, que resultou na reprodução da clássica música com bastante precisão, foi parte dos preparativos para a exposição de engenharia da instituição este ano
É um espetáculo do manuseio da ciência pura para fins não técnicos. Afinal engenheiro também tem coração...


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Financiamento Privado com Dinheiro Público?

 
Desculpem escrever não prá agregar mas prá pedir. Além das deficiência naturais de inteligência deste silvícola, antes de ser grisalho eu era meio louro. Peço a alguém mais competente que desenhe e me explique...
Li na Folha que a governANTA vai disponibilizar uma linha de crédito com recursos públicos (leia-se: NOSSOS IMPOSTOS) para permitir que os bancos privados financiem investimentos de médio e longo prazos, destacando-se aqueles que visem programas de concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Ah...Tá...
Quer dizer que vamos pagar imposto, o(des)governo transfere para o BNDES e este transfere para os bancos privados que emprestam a terceiros e ganham dinheiro com isso. É assim, ou eu estou ficando louco?
O margarina irá a NevaIroqui semana que vem para anunciar esta panacéia aos pretensos investidores internacionais. Depois da capital financeira duzianquis, margarina vai peregrinar pela Zoropa numa turnê sócio-enganativa-financeira mundial, para tentar viabilizar essa josta.
Por enquanto não se falou do volume da babita, mas será viabilizado da mesma forma que aquela operação quase fraudulenta da Petrobras: repasse de recursos do Tesouro para o BNDES através de títulos públicos da União para captar dinheiro e depois aplicar em financiamento.
E onde entram os financiadores das campanhas da corja? Os bancos privados pegarão a grana do fundo, pagando ao BNDES uma remuneração baseada na TJLP (taxa de juros de longo prazo), hoje na ordem de 5% ao ano. Considerando que a inflação vai girar entre 6 e 7% aa, é um negócio da poha, pois os bancos cobrarão nos seus financiamentos a mesma taxa, mais um prêmio como remuneração, uma versão mais recente para a famosa taxa de sucesso. Claro que logo logo os bancos quebram as amarras e mandam o pau nos juros como fazem hoje.
A operação deve ser concluída em duas semanas e vem de encontro a um antigo pleito dos bancos privados, que alegam que não participam deste tipo de operação (financiamento de longo prazo) pois não têm acesso a dinheiro mais barato como BNDES.
Os "lesos" do governo falam que a medida irá estimular o setor privado a financiar parte do programa de concessões do governo, uma sacola de mais de R$ 250 bilhões.
Só lembro que o (des)governo vem aumentando a dívida pública bruta com este tipo de operação envolvendo o BNDES nos últimos anos. A desculpa é que a dívida líquida não vai subir, porque os recursos que serão destinados aos bancos privados vão ser registrados como crédito na contabilidade do governo.
Ou seja, mais uma falcatrua como esconder números, manobrar cifras e outras safadezas que circulam por aí.
Só lembrando, o ministério da Fazenda já tinha liberado R$ 15 bilhões dos depósitos compulsórios para financiar investimentos e não deu em poha nenhuma. Os bancos emprestam do jeito que querem ao crédito de curta duração e curto retorno.
O projeto prevê que os bancos privados poderão formar consórcios para ter acesso ao tal fundo de recursos públicos, diminuindo os riscos.
Como convém a uma casa de caridade (ou seria de Tolerância?), ainda não foram definidas que garantias serão exigidas. Possivelmente será uma coisa pesada, como os paletós dos banqueiros.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Desinvestimento. Ou, o Desmonte Continua


Com informações de O Globo
Venho tratando aqui do desmonte e destruição que a corja vermelha vem fazendo naquela que outrora foi a maior empresa da América Latina e hoje é a penúltima entre as petroleiras mundiais , atrás apenas de uma falimentar empresa russa.
Deram refinarias para o Evo, distribuiram concessões rentáveis a cumpanhêrus e apaninguados, venderam ativos produtivos e rentáveis no Mar do Norte e Golfo do México, transferiram ações de empresas lucrativa, compraram refinarias e empresas imprestáveis a preço de ouro, usaram o caixa para financiar filmecos, espetáculos de teatro e bancaram CD´s, DVD,s e blog de montão; sem falar nos enormes desperdicios envolvidos nos negócios internos da empresa.
Pois acrescentem mais um...
Parte dos ativos da Petrobras na Argentina estão praticamente na mão de Cristóbal López, maior empresário num ramo bem próximo dos negócios de óleo e gás: Jogos de azar. Nem precisa dizer que o glorioso é mui amigo do tamborim portenho Cristina Kirchner.
Cris e Cris devem comprar 51% dos ativos da estatal brasileira e a mamata deverá ser anunciada de hoje prá amanhã. fala-se em cifras da ordem de US$ 400 milhões, numa sociedade na qual ele ficaria com 51% dos ativos e nosco com o restante. Em outras palavras, López ficaria com a rede de serviços, a refinaria e boa parte do negócio de exploração da Petrobras no país vizinho e nós com 49% da conta que ele fizer.
A recém-estatizada YPF e a Tecpetrol também estariam interessadas nos bens da Petrobras na Argentina, mas deve ser apenas cortina de fumaça para Cris e Cris se apossarem do filé.
Existe ainda a hipótese de que haja uma bem bolada jogada em que a empresa de López e a YPF fiquem com tudo.
Os jornais argentinos ainda lembram que recentemente Lópes andou fazendo negócios com nossa estatal ao adquirir 360 postos de serviço e a refinaria San Lorenzo por US$ 110 milhões.
Para registro, os ativos da Petrobras na Argentina foram postos à venda pela empresa em dezembro.
Anotem mais essa na conta dos petralhas.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A VIsita de Yoani

 
Não sou ixpicialista em Cuba nem me enfronhei tanto nas atividades da Yoani Sanches, mas tem alguma coisa que precisa ser esclarecida por alguém graduado deste país.
Primeiro essa bandalheira de um funcionário de alto escalão da presidência da república (Ricardo Poppi Martins) ter participado de uma reunião na embaixada de Cuba  onde se entregou um dossiê sobre a moça e se tramou sobre ações contra ela em todos os eventos que ela viesse a participar no Brasil, o que realmente vem se verificando nas cidades onde já passou. Destaco que a própria Secretaria-Geral da Presidência confirmou ontem que o tal Poppi realmente esteve na embaixada de Cuba, em Brasília, no dia 6 de fevereiro, mas apenas para obter seu visto de entrada no país a fim de participar de um seminário, em Havana, sobre redes sociais. Fato é que recebeu a poha do CD com informações sobre Yoani.
O apogeu foi ontem em Feira de Santana onde s democratas do PT e do PCdoB fizeram uma zona tão grande e chegaram a impedir a exibição de um filme (Conexão Cuba-Honduras) aos gritos de "traidora", "Cuba sim, ianques não", e outras merdas do gênero.
Yoani chegou a se retirada para uma sala ao lado para diminuir o tumulto e até o corno Eduardo Suplicy tentava uma negociação com os manifestantes. Em Recife ela teve até o cabelo puxado.
Na sequência, Yoani vai a São Paulo, onde os protestos também devem ser organizados como falam os militontos de lá. "Todo mundo está se organizando em todo o território".
Os conspiradores que costumeiramente adotam o IanqueGoHome, afirmam que Yoani é agente da CIA e visa derrubar o sensacional governo. cubano acabando com o espetacular sistema de saúde, democracia, progresso e crescimento econômico vigente na ilha há mais de 50 anos, numa renovação administrativa de comando incomparável no mundo.
Por outro lado, causa espécie o fato de Yoani, sendo uma dissidente ativista e crítica fortemente atuante contra os manos Castro ainda estar livre, leve e solta; diferente de centenas de outros que foram, ou ainda estão, presos, ou mesmo estão comendo capim pela raiz.
É difícil compreender como ela tem telefone celular, conexão plena à Internet, créditos de comunicação e outras coisas e com condições de mandar bala contra os ditadores tricolores.
Bom... Admito a luta dela, porque qualquer ser humano, ou desumano ou virtual ou mitológico, que se insurgir contra os Castro terá sempre meu apoio; mas me reservo o direito de aguardar mais um pouco prá ver o que vai acontecer com Yoani.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Coisas da Amazônia: Seringueiras


As seringueiras (Hevea Brasiliensis) aqui em volta de casa estão "se reproduzindo". Desde a pracinha de entrada até o jardim principal, são umas 30 árvores, que, junto com outras espécies, servem de cortina verde que abafa o barulho da avenida em frente ao condomínio.
Isto acontece uma vez por ano, entre os meses de dezembro e março, "à escolha das árvores", e dura cerca de 2 meses desde seu início. O que as fazem escolher o começo? As condições climáticas: ventos, chuvas, umidade do ar e do solo, etc.
E por que tanta necessidade?
A imagem acima diz tudo...A semente, o carocinho pintado igual um ovo de codorna e aproximadamente do mesmo tamanho, cresce dentro da castanha rígida, que a protege dos predadores aéreos até que esteja pronta para germinar. A casca possui uma região que tem uma película mais frágil e flexível, que permite à semente crescer até que rompa o limite de elasticidade da película, já pronta que esteja a semente.
Sob pressão, a casca se rompe e "explode" em três pedaços, arremessando a semente o mais longe possível, ajudando a espalhar o seringal.
Tudo pronto? Ainda não...
A casca da própria semente é rígida e a defende dos predadores terrestres até que seja coberta pelas folhas que caem ou pela terra que se deposita sobre ela e se torna numa bolinha esponjosa, pronta prá germinar.
Cerca de um ano depois, já aparece uma plantinha monocáulica que vai crescer muito próximo de um prumo vertical alinhado, dependendo do espaço em volta, na sua busca pela luz solar.
O seringal a seguir é plantado industrialmente, daí o alinhamento das árvores. Foi asim que os ingleses acabaram com a extração nativa da amazônia, ao levar clandestinamente as sementes prá suas colônias na Ásia (Malásia principalmente).
Os cabocos tinham que andar quilômetros na floresta fechada catando as seringueiras e os malaios as tinham organizadas. Concorrência desleal.

Desde o nascer até que permita o corte e extração de látex, matéria prima da borracha, vão aí uns bons 7 a 10 anos, isso adotando as mais modernas técnicas agrícolas. 
Dai, e por muitos outros motivos, ter dado completamente errado o grande sonho de Henry Ford que tinha a intenção de usar Fordlândia para abastecer sua empresa do volume de látex necessário a confecção dos pneus para seus automóveis, então dependentes da borracha produzida na Malásia, de seus concorrentes britânicos.
A natureza é sábia e isso por aqui tem de monte. Cabe a nós estudar a Amazônia e a explorar (e muito, pois tem  muito a oferecer) sem depredar. É possível e lucrativo, mas requer responsabiliade, estudo e paciência.