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sábado, 12 de maio de 2012

Sobre a Enchente no Amazonas

Muitos amigos têm me perguntado no tweet e por e-mail sobre a enchente aqui em cima, função dos noticiários que surgem nas principais redes e portais. Embora seja muito prejudicial e incômodo, causando transtornos e desabrigados, a coisa não é tão trágica assim. E seria muito menos se houvesse seriedade dos governantes e administradores públicos no trato com as necessidades da população.
O que vou tratar em relação aos rios do Amazonas, vale para a maioria dos rios da região, inclusive os de calha interestadual. Senão vejamos.
No mapa aí de cima, vê-se uma esteira central azul cortando o estado em direção à Colômbia e Peru. É o Rio Solimões, nascedouro do Rio Amazonas, que só toma esse nome aqui em Manaus, ao receber seu maior afluente, o Rio Negro, formando o fabuloso encontro das águas. Observar que os rios Solimões e Negro se estendem em direção aos Andes através dos dois países citados.
No primeiro semestre, verão no hemisfério sul, o gelo das montanhas derrete e  boa parte vem descendo pela montanha e enche as calhas dos rios. O mais poderoso deles é o Solimões: caudaloso, forte e de enorme volume d´água permanentemente, imagine só no período de degelo? Ele cria um efeito de represamento nos seus afluentes elevando o nível de suas águas, além daquelas de suas próprias bacias coletoras. Coincidentemente, inicia-se o período das chuvas (convém que saibam que é no inverno amazônico que chove mais, porque o calor ainda é grande e então há mais evaporação de água, aumentando as chuvas que abastecem os rios.
Veja uma mapa das calhas dos principais rios do Amazonas.

A Amazônia inteira é uma grande planície em essência, com a maioria dos rios apresentando calhas de baixa profundidade. O efeito do volume adicional é o espalhamento nas margens alagáveis, as chamadas florestas de igapó.
Claro que no segundo semestre o efeito é contrário, com as nascentes congelando e as chuvas diminuindo, consequentemente os rios vazando. Esse ciclo é de um semestre mesmo. As águas sobem e descem lentamente, dando margem a se relocar as populações, por sí só ou por meio de remoções emergenciais ou programadas.
Os próprios ribeirinhos sabem disso há séculos e adaptaram suas moradias às subidas e descidas dos rios e lagos onde moram. São as chamadas casas em suporte Palafita.

As grandes "pernas" prevêem a mais provável altura que as águas alcancem em seus ciclos. Numa enchente absolutamente anormal como  a atual ou a que ocorreu em anos anteriores (2009 e 1953 por exemplo), a água tinge os pisos. Mesmo assim, ainda lhes resta o recurso de elevar este piso internamente, numa construção chamada de Maromba. Esté recurso também se aplica a currais ou poleiros para gado e galinhas e outras aves.
Para a substituição de ruas, vielas e becos alagados, constroem-se passarela.
Nas barrancas, muitas vezes se encontram construções flutuantes.
Vê-se que há uma adaptação das comunidades ao fluxo e refluxo das águas. As consequências de enchentes do porte de 2012, são muito mais de demora das autoridades em acudir com madeira e outros materiais para os trabalhos, mutas vezes executado com os próprios moradores. Relocações se limitam a áreas ou construções muito específicas, como escolas, igrejas, delegacias, e coisas assim.
No caso de cemitérios inundados, não tenho ouvido queixas dos moradores, mas existem vários casos.

Se alguém fizer a pergunta E porque ficam na beira dos rios se sabem que isso vai acontecer? Simples. Rios por aqui são ruas, avenidas e, principalmente, rodovias. Ficar longe deles é se isolar do que se passa na área. E estamos falando de diferenças da ordem de 13 a 17 metros entre o nível mais baixo e o nível mais alto das águas; sua fonte de alimentação, suprimento e via de transporte. Não dá prá se afastar.
Perdas materiais existem. Lavouras via de regra são perdidas. Mas há que se lembrar que as terras férteis da região são justamente as várzeas, aquelas sujeitas às alagações, posto que o material orgânico depositado sobre elas é que lhes dá fertilidade. Além do que as culturas que praticam são apropriadas ao ciclo das águas. O gado quase sempre é deslocado para terra firme e preservado.
É conviver com isso e, nas grandes enchentes, rezar prá tupã.

56 Anos de Casados dos Meus Pais

Hoje o cacicão e a cunhã-maior completam 56 anos de casados. Um exemplo de trabalho, dedicação à família, vivência dos valores morais e respeito ao ser humano. Muito sacrifício para nos colocar, a mim  e meus 3 irmãos, no caminho do bem.
Parabéns e obrigado, seu João e dona Nilda.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cordelando 62: Esse Povo Tem Mãe?


É difícil de saber,
Se essa turma que surgiu.
Nasceu mesmo de uma mãe,
Ou chocadeira pariu.
Pois quem tem uma mãezinha,
Por mais que seja novela,
Não faz nada de errado,
Com medo que xingem ela.

Esse povo não perdoa,
Sempre pronto a roubar.
Seja remédio ou comida,
Que pro pobre vai faltar.
É obra, merenda, casa,
Nada escapa deles não.
Só se assina contrato,
Concedendo comissão.

Vamos ver os mais recentes,
Que é prá muito não voltar.
Começando pela Delta,
Caso mesmo a se estudar.
Empreiteira pequenina,
Que do nada se surgiu.
Virou uma das maiores,
Que atuam no Brasil.

Faz obra de todo jeito,
De norte a sul do país.
Mesmo que náo seja só,
Nos consórcios vis a vis.
Faz o tubo sanitário,
Estrada, porto e trem.
Faz campo de futebol,
Aluga carro também.

Limpeza nesses contratos,
Com certeza que não tem.
Concorrência viciada,
Onde só ganha quem tem tem.
Padrinho bem poderoso,
Dono de caneta amiga.
E até quem fica de fora,
Se conforma e não briga.

Um grande cliente seu,
É o governo federal.
E tem nas obras do PAC,
O seu grande cabedal.
Bilhões de Reais correndo,
E nenhum controle tem.
E claro preço elevado,
Com certeza tem também.

Puxa dum lado e do outro,
E o novelo não acaba.
Sendo supra-partidária,
Essa grande camarada.
De esquerda e de direita,
Não faz quase seleção.
O que interessa no caso,
E ganhar o seu quinhão.

Enrolado com a bichinha,
Tem Cabral, Queirós, Pirillo.
No Ceará e Amazonas,
 A empreiteira tem seu grilo.
Piauí, Bahia, Sampa,
Não possui fronteira não.
Mas mesmo assim Delta chega,
Com seu grande caminhão.

Lá no fundo se anuncia,
Que ela tem grande amor.
Com Carlinhos Cachoeira,
O Mega-contraventor.
Pois o pessoal do cabra,
Bem juntinho do poder,
Facilitava o negócio,
Prá Delta poder vencer.

Mesmo com tanta vantagem,
Começou a confusão.
Que vem junto do escândalo,
Que abalou a nação.
Mesmo com tanta moleza,
Leste a oeste do Brasil.
Corre logo o boato,
De que a Delta faliu.

Na boquinha da garrafa,
Igual ao Sérgio Cabral.
Que tem contrato com a Delta,
Apertou o seu dedal.
Chamou logo auditor,
Advogado e Jurista.
E mandou avaliar,
Se o roubo deixou pista.

Bem na boca de Matilde,
A Delta se colocou.
Os contratos que ela tinha,
O dono negociou.
Chamou um tal frigorífico,
Prá aguentar o bololô.
Sabendo que não podia,
Prá ela ter chororô.

Acontece que um dono,
Da tal de JBS,
E o banco camarada,
O nosso BNDES.
Então paira a suspeita,
Um verdadeiro acinte.
De quem vai pagar a conta,
É você contribuinte.

Já ouviu-se alguma grita,
Movimento na nação.
MP e deputado,
Alertando o favorzão.
Mas parece que o negócio,
Pro Cavendish ajudar.
E tirar o seu da reta,
E você que vai pagar.

Só me resta aguentar,
Ao menos semana mais.
Prá saber se vai em frente,
A ajuda ao rapaz.
Essa tribo não descansa,
Nem larga borduna não.
Vou ficar bem ligadinho,
Prá defender a nação.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Jô Soares Fake Prevaricou


O caboco Roberto Gurgel, aquele que não viu nada de errado no caso do médico sanitarista consultor em economia de alto nível Toinho Palloci, agora está ele mesmo está em bocas de Matilde.
Ontem o delegado da PF Raul Alexandre Marques Souza depos na CPI do Cachoeira e enrolou até o talo o fake de Jô Soares. de quebra ainda levou à beira do cadafalso a mulher de Gurgel, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques.
O depoimento foi a "portas fechadas" mas, como alertou o Miro Teixeira, vazou prá todo lado. Raul disse que a investigação revelou o envolvimento de Demóstenes, Leréia e Sandes Júnior (eu sempre acho que tem a haver com aquela dupla de cantores) com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Como parlamentares só podem ser investigados com autorização do STF, o juiz titular da Vara da Justiça Federal da cidade goiana decidiu enviar os autos para a Procuradoria-Geral da República. O processo chegou a Brasília em 15 de setembro de 2009.
Até aí tudo bem. Seguiram o cerimonial. Mas o que ainda se soube foi que Raul relatou aos membros da CPI que, em outubro de 2009, um mês depois do envio do papelório, recebeu um telefonema da subprocuradora-geral Cláudia Marques. Ela o chamou à sede da Procuradoria prá dizer que não detectara indícios suficientes para denunciar Demóstenes e os deputados ao STF.
Neste ponto, a casa cai. Quem disse que era prá olhar pro outro lado, Gurgel ou Cláudia?
O fato é que a tal comunicação para tocar em frente ou parar as investigações feita por escrito, jamais ocorreu. Ou seja, o inquérito parou sem que o procurador-geral ou quem quer que seja tenha levado aos autos um documento que expressasse sua posição .
Apertado sabe-se lá por quem, agora em março Gurgel tomou providências contra Demóstenes, requisitando a abertura de inquérito contra ele no STF. Posteriormente, a pedido do procurador-geral, o inquérito foi desmembrado. E os deputados passaram a ser investigados em processos separados. Depois da sessão, vários congressistas passaram a considerar que o procurador-geral precisa explicar por que manteve a Operação Vegas engavetada por três anos.
Inaugurou-se um movimento que pode resultar na convocação dele e da mulher dele.
Perguntou-se a Raul se a Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro de 2012, foi uma resposta da Polícia Federal à inoperância do procurador-geral. Ele disse que não. Explicou que a segunda operação nasceu da necessidade de investigar a quadrilha noutra praça, a cidade de Goiânia. Como o alvo do inquérito era Cachoeira, as escutas telefônicas pilharam os mesmos personagens.
O delegado confirmou que na operação concluída em 2009, ficaram evidenciados os chamego da quadrilha de Cachoeira com os políticos e com a Delta Construções. Explicou que, na origem, a investigação destinava-se a apurar a suspeita de vazamentos na própria Polícia Federal.
Segundo Raul, a suspeita foi potencializada numa ação que a PF organizara para apreender máquinas de caça-níquel na cidade de Anápolis. Ao chegar no local em que os equipamentos seriam confiscados, os agentes encontraram um recinto vazio. Avisada, a turma de Cachoeira sumira com as máquinas. E isso daí apareceu em várias das ligações gravadas.
Os parlamentares que ouviram o delegado Raul ficaram com a sensação de que a explicação do procurador-geral não faz sentido. Primeiro porque ele não requisitou as tais diligências complementares. Segundo porque Gurgel precisaria ser vidente para saber que, em 2012, a PF deflagraria uma segunda operação, a Monte Carlo, que converteria o engavetamento da primeira, a Vegas, em algo esquisito.
Quando Gurgel decidiu agir, em março de 2012, Cachoeira já havia se convertido em escândalo nacional. O engavetamento de 2009 também já havia escalado o noticiário. De resto, o procurador-geral incluiu na petição que remeteu ao STF duas dezenas de diálogos telefônicos captados na primeira operação, classificada pela Procuradoria como insubsistente três anos antes.
Pois bem. Como efeito colateral gravíssimo, Gurgel está com a bunda na janela e os petralhas agora vão fazer o que querem, enfraquecê-lo às vésperas do julgamento do processo do mensalão. O que não deixa de ser verdadeiro.
Pelo visto, a gang do Cachoeira é fichinha perto da tchurma da estrelinha vermelha.

Malaria Outfit


A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda transmitida pela picada do mosquito do gênero Anopheles fêmea. É uma praga que assola as regiões tropicais do globo (a terra e não a televisão) e mata mais de 3 milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos.
O vírus inoculado pelo mosquito (ou melhor, pela mosquita) é transportado pela corrente sanguínea até o fígado, onde invadem as células do parênquima hepático e começam o período de reprodução assexuada. Mediante esse processo de amplificação a evolução da doença é muito rápida. A malária provoca febre, dores nas articulações e pode levar à anemia e, em alguns casos, à morte.
Não existe vacina para o mal e as medidas de controle são preventivas como pulverizações nas áreas de procriação e uso de redes embebidas em inseticidas, mas bom mesmo é ficar bem longe dos focos.
Pois a parceria entre um cientista e uma estilista da África levou ao desenvolvimento de um tecido e depois uma roupa que repele o mosquito transmissor da malária. O tecido projetado pelo queniano Frederick Ochanda, professor da Universidade Cornell, em Ithaca, nos Estados Unidos, é mais eficiente que os repelentes usados na pele, porque dura mais, sendo baseado na nanotecnologia.
Ele usou compostos que integram metais e moléculas orgânicas e conseguiu carregar o tecido com grande quantidade de substâncias repelentes. O novo tecido recebe até três vezes mais inseticidas do que as redes normalmente usadas para afastar mosquitos.
Matilda Ceesay, estudante de moda da mesma universidadee nacida em Gâmbia, desenhou a capa, que foi apresentada em um desfile no campus, no fim de abril.
No futuro, os dois esperam desenvolver um tecido que possa responder a mudanças de temperatura ou de luz. Dessa forma, seria possível reforçar a proteção à noite, que é quando os mosquitos buscam comida – e picam mais.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bateu, Levou.


O título desse post também poderia ser: segura na peruca ou abaixa que lá vem grampeador. Nada mudaria sua filosofia.
Desde o mês passado que a governANTA vem dando uma sacudida no mercado de juros deçepaíz. Foi assim nos Istêites, nas Orópa e desde que voltou dessas viagens. Disse coisa como "não podemos ser um país grande com juros escorchantes"; ou " juros de agiota", e por aí vai.
Numa decisão prá lá de absurda, ordenou aos bancos federais (BB, Caixa, BASA, etc) que baixassem suas taxas de juros radicalmente, desrespeitando cotistas e acionistas e comprometendo a saúde financeira das instituições, do mesmo modo que fez com a Petrobras que, se vocês não se lembram, teve uma queda de preço no mercado acionário da ordem de R$ 45 bilhões, quase o valor de 2 VALE. A idéia seria forçar a concorrência privada a baixar também e aumentar a disponibilidade de crédito.
A FEBRABAN, racionalmente ignorou a tática suicida de dona deelma e tocou em frente sua programação de redução de juros seguindo a tendência do COPOM. E mais; na segunda-feira, seu economista-chefe Rubem Sardenberg emitiu uma nota em que analisava o potencial efeito dos juros mais baixos sobre a oferta de crédito e ponderou que havia limites para a ampliação do crédito, em função do alto nível de inadimplência; tascando uma frase lapidar: "Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água".
Deu-se a merda...
A muié acostumada a pegar santo e jogar celular nos outros, não gostou do tom usado acionou a tchurma da Fazenda para exigir uma retratação.
Prá tirar as broncas, ontem de noite, a federação divulgou outra nota dizendo que o texto de Sardenberg não pode ser interpretado "como posicionamento oficial da entidade ou de seus associados".
No entender do governo, já que os bancos haviam assegurado à presidente que estavam comprometidos com o objetivo do Planalto de reduzir as taxas de juros, a fala de Sardemberg soou como ameaça. Deelma queixou-se de que essa é a segunda investida da Febraban contra o seu governo. A primeira teria sido uma declaração de Murilo Portugal, o presidente, após participar de um encontro com autoridades em Brasília, no início de abril, em que afirmou que a bola, a partir de então, estaria com o governo. Ele apresentou um conjunto de propostas para permitir a queda dos juros e dos spreads bancários.
Ainda na reunião de ontem, deelma mandou dizer que quer ouvir outras manifestações políticas da federação contra o governo. A missão foi entregue ao glorioso margarina e ao secretário executivo da pasta, Nelson Barbosa.
Do lado da federação, os pessoal correram para apagar o incêndio político e desfazer o mal-estar em dezenas de telefonemas para margarina, basicamente com o mesmo discurso: a FEBRABAN "mantém o apoio ao projeto do governo e julga que a oportunidade das propostas apresentadas é inquestionável".
Depois dizem que a bichinha é paz e amor.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O Silêncio dos Inocentes


Cenas históricas se repetem. É o que se verifica sempre.
Em dezenas de casos acontecidos nas CPI ZZARIAS montadas no congresso nacional, se verificou a ridícula figura de parlamentares fazendo perguntas e seus inquiridos respondendo "recuso em responder no resguardo de meus direito constitucional de me manter em siêncio".
Uma escarrada no rosto da nação chocada com tantos escâncalos e que vê seus mínimos anseios de punição aos corruptos e corruptores e outros criminosos contumazes calados e impunes, serem jogados literalmente no lixo.
Pois não vai se diferente dessa vez.
Márcio Thomaz Bastos, o ex-ministro da Justiça de loola, e  que no momento exerce o sagrado dever de defender Carlinhos Cachoeira, cobrando prá isso a bagatela de R$ 15 milhões, conforme se diz por aí, já informou alto e bom som que seu cliente deverá repetir as sessões de vácuo sonoro ocorridas em outras CPIs. O mega-meliante será orientado por seu causídico a responder o berreiro que o cerca com uma ensurdecedora mudez.
A sequência também é conhecida: a defesa protocola um pedido de adiamento da oitiva pois o "contraventor e a dotozada" que advoga em seu nome precisam ter acesso aos dados sigilosos de posse da comissão. E já larga o alerta vermelho: "Se nós não tivermos acesso ao material, é muito difícil ele depor, pois irá se refugiar em seu direito de ficar em silêncio para não se incriminar, conforme previsto na Constituição".
Paralelamente, é feia uma campanha de ameaças de retaliações e/ou tiroteio com metralhadoras giratória poderosas, filmes, aúdios e congêneres. Basta ver o que a bela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, fez semana passada: numa entrevista ela disse que Cachoeira estava muito nervoso e, acuado, poderia explodir. Dias depois já deu uma aliviada e disse que ele não vai prejudicar ninguém.
Lamentavelmente acho que assistiremos mais uma vez a sonoridade do silêncio. Porém, continuo pensando que isso é enormemente eloquente. Quem pergunta pega leve, quem responde fica calado. Prá mim, todos são culpados e pronto.
Li em algum lugar por aí que "certos silêncios merecem respostas barulhentas". Este cacique só tem essa página eletrônica, mas a usará com muita garra. Não aguento mai ser feito de idiota por essa corja de serrergonhas.
E que não me venha seu Demóstenes usar o mesmo artifício ou invocar aquela baboseira usada pela Jackie Roriz de que "os fatos que se apresentam contra ele ocorreram antes do atual mandato", tentando evitar a continuidade do processo.
Atualizando às 12:00 - O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o glorioso Kakay, ameaça recorrer ao STF contra a decisão do Conselho de Ética do Senado de negar pedido para o parlamentar ter mais de 10 dias de defesa no colegiado.
"Foi descumprido o devido processo legal, mas a decisão política de recorrer será do senador. Eu sabia que o processo seria aberto, não tinha ilusão que o resultado não seria esse", afirmou.
Kakay disse também que Demóstenes é vítima de um "massacre político", mas pretende enfrentar as denúncias sem renunciar ao mandato. Todo mundo viu o próprio fundamento de alguns senadores que é o de dar resposta à sociedade. Nada é mais político do que isso."
Enquanto isso, o relator do processo, o senador Humberto Costa (PT-PE), quer ouvir o pilantro-empresário, que foi arrolado como testemunha de defesa do senador, estritamente sobre o caso Demóstenes.
Escolha seu recheio, porque a pizza é certa.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

CPI do Fim do Mundo? Duvido

Troco Poupança por Bolsa


Perguntaria meu leitor: que semelhança vê o cacique da mulher melancia com dona deelma? Simples: ambas mexem com a poupança. A diferença é que a melancia mexe com a dela e dona deelma mexe com a dos outros.
Mas com é boazinha e estamos em ano eleitoral, prá aliviar os reflexos da tungada nas contas dos poupadores a governANTA vai reajustar esta semana o valor dos benefícios do Bolsa Família, para comemorar o primeiro aniversário do pograma Brasil Sem Miséria, sua marca registrada.
Este aumento será aplicado às famílias que tiverem filhos de até 6 anos matriculados em creches ou na pré-escola. Só prá lembrar, o bolsa família foi rejustado em 19,4%; acima da inflação portanto, em março de 2011.
Na mesma balada midiática, será  divulgado um novo pacote na área social, com repasse de recursos a prefeituras para a construção daquelas 6.000 creches prometidas em campanha e uma série de ações destinadas à proteção de crianças de 0 a 6 anos.
Fica evidente que o rompante de bondade, que contempla a "guerra contra os juros"absolutamente midiático às vésperas da eleição, para o que o governo reserva R$ 7,6 bilhões, até 2014, dizendo que vai construir e equipar 6.427 escolas de educação infantil.
Até agora, porém, nenhum convênio saiu do papel para as creches e já anuncia-se escolas para as mesmas crianças quando ficarem maiores.
Usando e abusando da "popularidade extraordinária" e a fama de "gerente implacável" que combate a corrupção e cuida da economia, aliada à imagem de "mãe dos pobres", noça líder pensa em usar o dinheiro proveniente da queda dos juros em programas sociais.
No seu jeitinho carinhoso, deelma pegou o santo de sempre e reagiu com irritação: "Não é uma coisa que a gente tira daqui e põe ali", esbravejou ela. "Estamos dando o primeiro passo para vencer uma guerra."
Lembro de frases similares vindas do collorido, que na época negava que tivesse mexido na mais popular das aplicações do País. O porto seguro das pequenas economias pagará o pato da "guerra santa" deflagrada pela presidentA, que, pelo jeito, não mostra coragem para mexer no que realmente interessa: tributos e ganhos de bancos.

domingo, 6 de maio de 2012

Biodiesel: Seguindo o Mau Exemplo

Com informações da Rádio CBN
Confirmando a institucionalização das más práticas, da corrupção, da fraude e do "levar vantagem em tudo"que se verifica neçepaíz desde a entrevista do 9 dedos nos gramados ianques negando o mensalão, pipoca mais uma gigantesca fraude em plagas tupiniquins.
Tudo começa num processo de rotina em que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) oferta em leilão a compra de algumas centenas de milhões de litros de biodiesel, combustível renovável de origem vegetal que é misturado ao óleo diesel fóssil vendido no país, na proporção de 5%, como prevê determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), devendo o óleo ser comprado pela Petrobras, a quem cabe o processamento e comercialização.
O leilão é efetivado no sistema de pregão eletrônico, via internet, e o volume total é ofertado em lotes, agrupados por regiões de fornecimento e aquisição. Os preços máximos de referência para início do leilão giram entre R$ 2,3762 por litro, para as regiões Sul e Centro-Oeste e R$ 2,6736/litro, para o Nordeste.
Pois bem. Suspeita-se que usinas tenham feito um acordo nos preços apresentados e acertado uma distribuição de cotas, de forma que todas vendessem para a estatal.
A Polícia Federal investiga a fraude que abasteceu o mercado com 650 milhões de litros de biodiesel. Se for comprovada, o prejuízo da Petrobras pode chegar a cerca de R$ 1,3 bilhão.
Segundo as investigações, a ANP foi avisada do acerto e, mesmo assim, homologou o resultado. O caso ocorreu em novembro passado, num dos quatro leilões realizados todos os anos para compra de biocombustível.
Ao todo, 20 empresas disputaram a licitação, mas 3 foram afastadas pela ANP, por problemas na documentação apresentada. Entre as empresas afastadas da licitação pela ANP estava a Comanche Biocombustíveis, da Bahia, cujos diretores denunciaram em 28 de novembro o "acerto" entre concorrentes.
A partir do preço máximo por litro estipulado pela ANP, os usineiros apresentaram propostas com deságio médio de 0,8%. A pequena variação chamou a atenção do mercado.
Só prá saber, no leilão de fevereiro deste ano, quando o buxixo da investigação pela PF já circulava entre os usineiros, a diferença com relação ao preço proposto ficou em torno de 11%.
Num documento interno de 7 de dezembro, anexado ao inquérito da PF, a Assessoria de Inteligência da ANP informa a diretoria da agência sobre a suspeita de fraude. Mesmo com a suspeita, a diretoria da agência decidiu, uma semana depois do memorando, homologar o resultado "após consultar a Procuradoria-Geral da ANP".
Além da PF, a SDE (Secretaria de Direito Econômico) e o CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) foram informados.
Desvirtudas pelos petralhas, as agências nacionais foram aparelhadas com seus apaninguados, e se furtam a exercer o papel para o que foram criadas pela constituição: fiscalizar os agentes, concessionários e prestadores de serviço público. Em todas elas se verifica fraudes e ações de incompetência, para dizer o mínimo.
E depois ainda põem a culpa nas privatizações. Se existem servidores dispostos a se corromper para levar vantagem, sempre existirão corruptores dispostos a participar do sistema, certos que estão, ambas as partes, da impunidade.