Perguntaria meu leitor: que semelhança vê o cacique da mulher melancia com dona deelma? Simples: ambas mexem com a poupança. A diferença é que a melancia mexe com a dela e dona deelma mexe com a dos outros.
Mas com é boazinha e estamos em ano eleitoral, prá aliviar os reflexos da tungada nas contas dos poupadores a governANTA vai reajustar esta semana o valor dos benefícios do Bolsa
Família, para comemorar o primeiro aniversário do pograma Brasil Sem Miséria,
sua marca registrada.
Este aumento será aplicado às famílias que tiverem filhos de até 6 anos matriculados em
creches ou na pré-escola. Só prá lembrar, o bolsa família foi rejustado em 19,4%; acima da inflação portanto, em março de 2011.
Na mesma balada midiática, será divulgado um novo pacote na área social, com repasse de
recursos a prefeituras para a construção daquelas 6.000 creches prometidas em campanha e uma série de ações
destinadas à proteção de crianças de 0 a 6 anos.
Fica evidente que o rompante de bondade, que contempla a "guerra contra os juros"absolutamente midiático às vésperas da eleição, para o que o governo reserva R$ 7,6 bilhões, até
2014, dizendo que vai construir e equipar 6.427 escolas de educação infantil.
Até agora,
porém, nenhum convênio saiu do papel para as creches e já anuncia-se escolas para as mesmas crianças quando ficarem maiores.
Usando e abusando da "popularidade extraordinária" e a fama de "gerente implacável" que combate a corrupção e cuida da
economia, aliada à imagem de "mãe dos pobres", noça líder pensa em usar o dinheiro proveniente da queda
dos juros em programas sociais.
No seu jeitinho carinhoso, deelma pegou o santo de sempre e reagiu com irritação: "Não é
uma coisa que a gente tira daqui e põe ali", esbravejou ela. "Estamos dando o
primeiro passo para vencer uma guerra."
Lembro de frases similares vindas do collorido, que na época negava que tivesse mexido na mais popular das aplicações do País. O porto
seguro das pequenas economias pagará o pato da "guerra santa" deflagrada pela
presidentA, que, pelo jeito, não mostra coragem para mexer no que realmente
interessa: tributos e ganhos de bancos.
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