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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cordelando 111: Se Querem Guerra, Terão. Agora não é Hora de Afrouxar





NOTA INICIAL: geralmente uso uma única imagem para ilustrar os post aqui na Tribo. Hoje, sinto-me obrigado a usar duas para ressaltar a ameaça real feita pelo 9 dedos em sua "defesa da Petrobras" ante-ontem (24/02) tendo como palco a sede de uma improvável coiteira a Associação Brasileira de Imprensa - ABI e como convocantes a óbvia CUT e outra surpreendente Federação Única dos Petroleiros, a quem deveria defender os interesses dos empregados e não dos bandidos que estão destruindo a empresa.
Disse o meliante: " Se eles querem guerra, nós vamos à guerra. É só o Stedile por o exército dele na rua". A amostra está aí. Pessoas ameaçadoras e armadas já mostrando que "vão fazer o diabo"  pra manter o poder e a chave dos cofres. Não vamos nos intimidar.
Agora vamos ao cordel...
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Tem coisas que se contar,
Quase ninguém acredita.
Quando pensa que acabou,
De novo é nós na fita.
No gunverno do PT,
A coisa é bem assim.
A canalhice que surge,
Nunca parece ter fim.

O país quebrado e meio,
Devendo o que já não pode.
Precisando cortar gasto,
Porque senão já se fo**.
A invés de fazer isso,
Começando a não dever.
Só se vê aumentar gasto,
E quem paga é você.

Aumentaram a conta CIDE,
Cortaram abono do PIS.
Boicotaram as viúvas,
Só ideia infeliz.
Dificultaram as coisas,
No seguro-desemprego.
Mas não cortaram um zero,
Dos que vivem no borrego.

Quando subiu a despesa,
Do diesel do caminhão.
O carreteiro arretou-se,
Pois não aguenta mais não.
Estrada tá uma merda,
Pedágio tá pela morte.
Coitado do motorista,
Entregue à própria sorte.

Fecharam tudo que é estrada,
Pararam país inteiro.
Ou baixa o que nós pagamos,
Ou prendam o cachaceiro.
Chamaram pra conversar,
Empurrando com a pança.
Já que o ministro falou,
Não conhecer liderança.

Enquanto isso na cidade,
Prateleira esvaziou.
No mercado e na feira,
O produto escasseou.
No campo parou foi tudo,
Não se colhe nem se abate.
O que não pode vender,
Vai pro lixo sem debate.

A dentuça veio a público,
Falou na televisão.
O que aumentou foi a CIDE,
Não foi combustível não.
Ou seja, pergunto eu,
Se aumento não teve não;
Quer dizer que vem mais coisa,
Que se prepare o povão?

Mas não ficou tão barato,
A besteira que fizeram
A agencia baixou a nota,
O grau já não contiveram.
Deu um grande bololô,
E a dentuça respondeu.
O problema com a nota,
É que a agência não entendeu.

E disse mais a danada,
Nem consegue se conter.
A culpa da merda toda,
Quem tem é FHC.
Se ele tivesse feito,
A correção no passado.
O país não estaria,
Nesse buraco arretado.

Pra isso só tem um jeito,
Mesmo pra quem crente não é não.
Contratar o adEvogado,
Que cuidou lá do Fluzão.
Ou chama Dudu Cardoso,
Ministro da porcaria.
Pra acertar um conchavo,
Na cozinha ou na coxia.

E isso é só começo,
O roubo vai ser maior.
Quando chegar lá no banco,
Vai dar o maior boró.
O dinheiro que mandaram,
Pra fora dessa nação.
Sem controle e no sigilo.
Não tendo licitação.

Preocupado com o que pode,
Jogar mais merda no meio.
Coutinho procurou congresso,
Pra ir tratando do bloqueio.
De possível CPI,
Que vai tudo complicar.
E o resto do Brasil,
Na lama se chafurdar.

Outro caminho preventivo,
É o Supremo Tribunal.
Tá não mão do Teori,
O processo principal.
Que inventou um termo novo,
Na hora que for julgar.
Os "Inquéritos Ocultos",
Como pretende chamar.

Como tudo vira graça,
Logo abaixo do Equador.
Teve um juiz federal,
Que do cargo abusou.
Cansado de andar no carro.
Pago pelo tribunal.
Pegou o Porsche do Eike,
Porque achou mais legal.

Também levou Land Rover,
Pôs a bicha na garagem.
Pois se fosse com mais gente,
Dava só uma viagem.
Pras horas vagas que tinha,
E querendo relaxar.
Levou também o piano,
Pro Mozart poder tocar.

No congresso, um atentado,
Pra vergonha nacional.
Deputado usa verba,
Para um fardo adicional.
Quando forem avuar,
Pelo Brasil lá pra cá.
Podem às custas de seu povo,
A muié junto levar.

Precisamos nos ligar,
Em atenção se manter.
Seja impeachment ou intervenção,
Algo tem que acontecer.
O que não pode é ficar,
Correndo assim como está.
Rou todo acontecendo,
E nós aqui pra pagar.

Derrubem este governo,
Prendam tudo que é ladrão.
Demitam os congressistas,
Convoquem nova eleição.
Ponham as coisas no lugar
Dentro ou fora da lei.
Pois eu não aguento mais,
Desse cavalo apeei.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Usinas Hidrelétricas


Sabe por que o Brasil está entrando em colapso energético? Não?
Então, por favor, leia com atenção os dados abaixo que entenderá perfeitamente.


Depois de conferir se são verdadeiros, favor passar adiante, pois tem muita gente que não sabe disso, e a seiva da ignorância é que nutre e mantêm os políticos safados no Poder.
RELAÇÃO DAS MAIORES HIDRELÉTRICAS EM FUNCIONAMENTO NO BRASIL, QUE ESTÃO PRODUZINDO MAIS DE 1000 MW:


1- Hidrelétrica de Itaipu...........................................14.000 MW- Construída na década de 80;
2- Hidrelétrica de Tucuruí........................................8.370 MW- Construída na década de 80;
3- Hidrelétrica de Ilha Solteira.................................3.444 MW- Construída na década de 70;
4- Hidrelétrica do Xingó..........................................3.162 MW- Iniciada em 82 e concluída em 1994;
5- Hidrelétrica de Paulo Afonso IV...........................2.462 MW- Concluída em 1979;
6- Hidrelétrica de Itumbiara......................................2.082 MW- Concluída em 1981;
7- Hidrelétrica de São Simão....................................1.710 MW- Concluída em 1978;
8- Hidrelétrica de Foz da Areia.................................1.676 MW- Concluída em 1979;
9- Hidrelétrica de Jupiá.............................................1.551 MW- Concluída em 1974;
10- Hidrelétrica de Itaparica......................................1.500 MW- Início da obra 79- operação 1988;
11- Hidrelétrica de Itá................................................1.450 MW- Início da obra 96, término 2000;
12- Hidrelétrica de Marimbondo...............................1.440 MW- Construída de 1971 a 77;
13- Hidrelétrica de Porto Primavera..........................1.430 MW- Construída entre 1980 e 88;
14- Hidrelétrica de Salto Santiago.............................1.420 MW- Entrada em operação, 1980;
15- Hidrelétrica de Água Vermelha...........................1.392 MW- Entrada em funcionamento 1979;
16- Hidrelétrica de Segredo.......................................1.260 MW- Construída entre 1987 a 91;
17- Hidrelétrica de Salto Caxias................................1.240 MW- Construída entre 1995 a 99;
18- Hidrelétrica de Furnas.........................................1.216 MW- Inaugurada em 1963;
19- Hidrelétrica de Emborcação................................1.192 MW- Início de operação 1986;
20- Hidrelétrica de Machadinho................................1.140 MW- Construída de 1997 a 2002.
21- Hidrelétrica de Salto Osório................................1.078 MW- Entrou em funcionamento em 1975;
22- Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto.........................1.050 MW- Início de operação, 1969;
23- Hidrelétrica de Sobradinho..................................1.050 MW- Construída entre 1973 e 79.


Notem que, das 23 maiores hidrelétricas em operação no país, 20 foram obras dos governos militares, sendo que Itaipu é a 2ª maior usina do mundo e Tucuruí a 5ª.
Não há sequer UMA OBRA de grande porte no setor de energia, iniciada e terminada no governo petista.
 A única coisa que estão fazendo é ressuscitar as termoelétricas, verdadeiros dragões para o meio ambiente e um veneno para a economia.
​ ​
Nos últimos 25 anos não fizeram mais nada! O que tem por aí são “puxadinhos” e obras intermináveis, superfaturadas, roubadas, assaltadas e saqueadas pela monstruosa máquina de propaganda e roubalheira instalada nas entranhas da governança, como é o caso da Usina de Belo Monte, que aliás, vai sair o olho da cara e terá uma pífia produção de energia.

E ainda tem gente que acredita que essa crise do setor elétrico, é culpa do pobre do SÃO PEDRO.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Racionalização X Racionamento


Andei fazendo uns exercícios sobre a composição do consumo de energia usando os dados do Operador Nacional do Sistema - ONS, Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Câmara de Comércio de Energia Elétrica - CCEE, Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE e outros órgãos afins; que fui conseguindo com a ajuda do São Google.
Cheguei à conclusão assustadora que, se forem feitos enormes e caríssimos esforços educacionais e de mudança de hábitos por todas as concessionárias junto a seus clientes, hoje uma economia de energia que seja substancial para permitir ao frágil sistema elétrico brasileiro atender a carga em condições mínimas de segurança, sem apagões, depende mais do consumo nas residências do que na indústria ou comércio.
Senão vejamos...
A partir dos eletrointensivos (as indústrias que têm na energia o maior de seus insumos: siderurgia, cimento, petroquímico, papel e celulose, etc), é notório que fazem análises permanente de seus processos e buscam novas tecnologias para reduzir custos e aumentar as margens de lucro. O fato de serem subsidiadas e serem passíveis de terem maiores aumentos de tarifa, não os assusta, pois se assim o for, mudam para países que os conceda; além de terem sempre a seu lado a ameaça de fim de empregos, redução de divisas, etc, etc. 
Com a sistemática redução de produção nos demais setores industriais com a economia mais fraca, as empresas já cortaram a produção e não têm muito o que baixar. Além disso, a indústria já vem investindo em projetos para combater o desperdício de energia há algum tempo e reduziu o consumo nos últimos quatro anos pra poder balancear as garantias de manutenção de empregos que deram durante o período de incentivo fiscal que receberam. E ninguém vai investir em tecnologia pra reduzir custos em épocas de incertezas tão altas.
O setor comercial pode contribuir um pouco. Shoppings Center, supermercados e grandes magazines podem atacar seus programas de operação dos grandes "gastadores de energia", como ar condicionado, centrais frigoríficas, iluminação de salões e estacionamentos, etc. 
Antes de abordar o consumo residencial, onde pretendo apresentar minha tese, quantifico o perfil de consumo por classe no Brasil, para facilitar o entendimento:

  • Industrial    --> 37%
  • Comercial   --> 16%
  • Residencial --> 28%
  • Rural           --> 5%
  • Outros         --> 14% (Iluminação Pública, Consumo Próprio, Serviços Públicos)



Destaco aqui que a importância do setor residencial é enorme no perfil de consumo brasileiro.

Sendo bastante otimista, tomando como base o trabalho que fiz no passado com Conservação de Energia em todas as áreas de consumo, na situação atual do parque industrial e do sistema comercial, fazendo um grande esforço e com muita participação do lado das empresas, dá pra reduzir uns 5% no setor industrial e uns 20% no setor comercial.
Ainda trabalhando com números redondos, tem-se hoje uma ponta de carga da ordem de 85.000 MW para uma capacidade instalada de geração da ordem de 130.000 MW.
Pelo porte das usinas instaladas e da interligação existente entre sistemas, é razoável se pensar que se tenha indisponível por necessidade de manutenção, algo em torno de 10% da capacidade girante (tudo que se pode dispor ao mesmo tempo); ou seja tem-se sempre 117.000 MW para fazer frente a uma ponta de carga de 85.000 MW, o que significaria uma reserva de 32.000 MW ou 27%.
Considerando o estágio atual dos reservatórios e a participação da geração hidráulica, temos que considerar uma redução de uns 20%, no mínimo, na capacidade de geração.
Neste caso e ao final, teríamos 93.000 MW disponíveis para uma ponta de carga de 85.000 MW, considerando que a tendência é que se mantenha a carga máxima já registrada, ou seja, a reserva é de apenas 8.000 MW; apenas uns 9%, o que é muito pouco.
Trabalhando com muita competência (o que não é o caso do atual governo) e com uma extraordinária resposta de educação  da população (o que também é difícil de se acreditar) num tempo de resposta compatível com a evolução do conjunto carga X geração (o que sabemos ser praticamente impossível, com a letargia patente de ambas as partes envolvidas) pode-se pensar em dobrar a reserva reduzindo o consumo na faixa residencial. Seria algo como tentar fazer uma economia de 30% em média por residência, o que comprova o que quero demonstrar: a carga maior de redução cairá sobre o consumo residencial. 
Com os "incentivos fiscais eleitorais" da regovernANTA, a população mandou o pau e comprou ar-condicionado para em todos os cômodos, máquina de lavar, secar, fazer pão, panela elétrica pra fazer arroz, forno de microondas, trocentas TVs de LED, etc. Tudo isso é muito prático, traz muito conforto, mas somando tudo, o resultado é mais consumo de energia. E agora que se acostumou a isso vai ter que perder. O desafio é saber usar sem exageros.
O outro lado da mesma moeda é INVESTIR em tecnologia. Trocar lâmpadas para unidades LED, trocar bombas d´água de condomínios e eletrodomésticos por equipamentos de melhor rendimento e menor consumo. Mas como, se estamos endividados até o pescoço?
Tem mais. As famílias ainda têm o hábito de não se desfazer do que é antigo. A geladeira nova está aí, e na área, a velha, ligada na varanda.
Como educação não é nosso forte, já viram que a coisa vai feder...
Possível é, mas requer verbas enormes para campanhas educativas e tempo para a população absorver os conhecimentos e ensinamentos.