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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Petrobras: Mordendo os Calcanhares dos Conselheiros



Se a coisa tá ruim pro Saulo aí de cima, imagina para os conselheiros administrativos da Petrobras.
Depois da série de lambanças que permitiram e autorizaram que se fizesse na empresa e que a levaram a um buraco de laterais muuuuito altas, achando que ia ficar por isso mesmo, já que representam o que há de mais prepotente e incompetente em termos de administração, a corja petralha; agora têm que se preparar para explicar bem explicadinho as suas cagadas.
O Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança Corporativa protocolou, nessa quarta-feira (15), carta individual a cada um dos dez membros do Conselho de Administração da Petrobras, fazendo o registro de uma correspondência encaminhada no apagar das luzes de 2013 (27/12, pra ser mais exato) à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, diga-se de passagem também é integrante de citado “Conselhão”. 
A missiva dá conta formalmente que o Instituto vai dar com a banca tanto na Justiça brasileira quanto na norte-americana para pedir a apuração dos desmandos de gestão na empresa, solicitando, obviamente, ressarcimento aos acionistas pelos prejuízos gerados.
Constam na lista de destinatários: Guido Mantega (presidente), Maria das Graças Foster (presidente da empresa), Luciano Coutinho (presidente do BNDES), Francisco de Albuquerque (General de Exército), Sérgio Quintella (empresário), Márcio Zimmermmann (Secretário executivo do Ministério das Minas e Energia, Miriam Belchior (ministra do Planejamento), Jorge Gerdau (empresário), Mauro Cunha (Presidente do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e José Maria Rangel (representante dos empregados da companhia). 
O clima vem esquentando desde que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu abrir dois processos contra a sociedade no início de dezembro: um, para apurar denúncia feita por infração contra a ordem econômica cometida pela Gemini, e o outro, para rever a autorização que o Órgão havia dado (condicionalmente) para a constituição da sociedade entre a Petrobras e a White Martins – empresa que pertence à Praxair, dos EUA.
Cabe destacar que, até hoje, ninguém ligado à empresa ou ao governo, teve a coragem ou ousadia de contestar as acusações que comprovam as falcatruas.
Espera-se que a oposicinha tenha coragem de usar o caso na campanha eleitoral de 2014, já que o acordo foi firmado no período em que a hoje governANTAa Deelma Ruimsseff acumulava os cargos de Ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
A Carta também foi remetida aos conselheiros do Conselho Fiscal da Petrobras: Walter Luis Bernardes Albertoni, Reginaldo Ferreira Alexandre, Marisete Fátima Dadald Pereira, César Acosta Rech e Paulo José dos Reis Souza. Ressabriados, estes conselheiros colocaram dificuldades e não a receberam. Diante disso, o Instituto fará a carta chegar às pessoas acima relacionadas por outros meios.
Mais chuncho vem por aí. É só aguardar.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Quem Tem C* Tem Medo


Encagaçado de encarar de frente os donatários da capitania do Maranhão, o sinistro da (in)justiça, José Eduardo Cardozo, declarou, numa entrevista à Folha de São Paulo, que a governadora Roseana Sarney tem "total autonomia" para resolver os problemas de segurança no Maranhão, isso dois dias após ter se reunido com a sarneyzinha em São Luís. Enchendo o peito de razão, Dudu disse cheio de moral que a aliada, filha de quem manda nessapoha, coordenará pessoalmente o plano anticrise lançado na semana passada e que caberá ao ministério dele apenas "apoiar ações e acompanhar o cumprimento de prazos".
Todo mundo sabe que a josta do Maranhão atravessa há mais de ano uma terrível crise de segurança, com casos de decapitação e esquartejamento de presos em Pedrinhas, estupro de mulheres visitantes, posse de armas e telefones por presos, mordomias incontáveis para os líderes das facções e Cardozo que já classificou o sistema penitenciário brasileiro como "medieval" e que disse preferir morrer a ser preso no Brasil, ainda aboletou-se num tragicômico "não encontro eco na política nem na sociedade" para resolver os problemas carcerários do país.
Na cabeça do cagão cabe colocar na conta da sociedade o problema pois, segundo ele, "Quando se fala em construir presídios ou tratar de presos, há pessoas que recriminam dizendo que bandido tem que ser mal tratado".
Onde que poha esse josta ouviu isso?
Lembro ao insigne sinistro que, pela Constituição Federal, permite intervenção nos estados em casos de incompetência para resolver certas questões, entre as quais uma confusão deste tamanho em presídios. Basta o procurador-geral da República propor ao Supremo Tribunal Federal. O que falta é culhões a ele.
Somente no lare-lare, Dudu disse que a união vai dar apoio ao Maranhão a partir de um programa que será coordenado diretamente por Roseana, evitando ter que por a mão na merda e encarar a ira de Ribamar em ano eleitoral, sob o argumento que a governanta determinou a toda sua equipe que aja de maneira absolutamente republicana, pouco importa se o governador é aliado ou de oposição. Ah tá....
Até agora, criou-se um grupo de gestão integrada, com unidades dos governos estadual e federal para executar o programa que prevê transferência de presos de alta periculosidade para presídios federais de segurança máxima e mutirão de defensoria pública para acelerar processos judiciais. Foram onze medidas no total.
A governadora tem medo, com justa razão, que a transferência dos líderes das facções para outros estados detone uma guerra nas ruas.  no momento que achou devido, aceitou a oferta.
Fato é que fala-se em construir presídios a torto e a direito pelo país afora há uma porrada de tempo e nada sai do papel, como é comum no governo petralha. Ano a ano cai o investimento na ampliação e modernização do sistema prisional.
Sendo muito eficiente, coisa que não se aplica à corja vermelha, o tempo médio para a construção de um presídio é de cerca de três anos. Sabe-se que a maioria das cidades não quer receber unidades prisionais, e, além disso, é necessário indicar locais, elaborar projetos licitar e contratar. 
Perguntado sobre o pregão de R$ 1,3 milhão para comprar uísque escocês, champanhe e caviar para coquetéis e eventos oficiais e da compra de itens de primeira necessidade, como lagosta, camarões, carnes nobres, etc, para as residências oficiais no meio ao caos da crise de segurança no Estado, Dudu se ateve a dizer que cabe ao ministro da Justiça apenas zelar pelo cumprimento da Constituição, seja pela separação dos poderes, seja pela autonomia federativa. Por isso não comentaria questões relativas ao âmbito dos Estados nem de outros poderes.
Na minha opinião, Cardoso é omisso  e não e não quer se complicar nem à sua chefa com encrenca com os donatários em ano eleitoral. O povo do Maranhão que se lasque e conviva com as restrições de trânsito de ônibus e venda de gasolina em saquinho como se isso fosse a solução do caos. 
A entrevista completa pode ser lida em

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396731-roseana-tera-autonomia-para-resolver-crise-no-ma-diz-ministro-da-justica.shtml