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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cordelando 133: Estocando Pedaladas


Passados lá 20 dias,
Que abriram a barriga,
Pra tirar uma pontinha,
Quase sempre inimiga.
Andei longe do meu blog,
Seja em verso ou prosa,
Mas voltando devagar,
Vem minha borduna grossa.

Semaninha bem danada,
Que passo a relatar.
Vindo do fim pro começo,
Prum fato aqui registrar.
Depois de fugir rasteiro,
Com passaporte do irmão.
Pizzolato volta hoje,
Pra curtir sua prisão.

Pode ser coisinha pouca,
Quem sabe amanhã soltar.
Mas trazer ele de volta,
Confiança resgatar.
Além do que ele sabe,
Dos meandros do poder.
Se quiser abrir a boca,
A república vai tremer.

E teve também bate-boca,
Deputado e a dentuça.
Pra saber em qual ladrão,
Caberia a carapuça.
Cada um que disputasse,
Afirmação bem abrupta.
Em que casa se firmou,
A maior ação corrupta.

E a ação de impeachment,
Que fica no vai-não-vai.
STF não deixa,
Do jeito que era não sai.
Acho que uma grande pizza,
No forno tá se formando.
E o processo bem gordo,
Aos poucos vai afinando.

Enquanto isso Janot,
Põe pra cima de seu Cunha.
Igual quem mata piolho,
Espremendo unha com unha.
Já prendeu a sua grana,
Decretou até a pena.
Mas não buliu com os outros,
Nem abriu a cantilena.

E o coitado do Levy,
Tá quase perdendo a pele.
Nem bem ele abre a boca,
Negação já se revele.
Ainda não conseguiu,
Aprovar o tal ajuste.
E cada dia aumenta,
O tamanho do embuste.

Mas bom mesmo foi ouvir,
Da boca do 9 dedos.
Aquela velha cantiga,
Que sai da boca de bêbo.
Não pode falar de mim,
Muito menos do partido.
Que roubou lá no passado,
E que também é bandido.

E o Renan Cabeleira,
Recebeu do tribunal.
A conta da governANTA,
Reconhecida imoral.
Já nomeou relator,
Pro processo circular.
Já sabendo de antemão,
Que vai procurar enrolar.

E o rombo da campanha,
Do ano 2006.
Mais de 60 milhões,
Sobrou mesmo pra vocês.
O Banco Schain que paga,
Forjando que emprestou.
Depois ganhou um contrato,
Petrobras reembolsou.

Revirando as palestras,
Que o sapo apresentou.
Pra lá de 47,
No estrangeiro faturou.
Com uma grande esquadrilha,
Toda à sua disposição.
Hotel, luxo, mordomia,
Enganando a nação.

Na conta das empreiteiras,
Tinha o bolsa família.
Não aquele do cartão,
Mas aquela da Sicília.
2 milhão pra filho e primo,
Mais 2 pra nora também.
O que se viu té agora,
Pois muito ainda mais tem.

E a frota de carrão,
Que a PF prendeu.
Na casa do collorido,
Quando a ação procedeu.
Teori mandou de volta,
Pra lá pra casa da Dinda.
Como fiel guardião,
Pode passear ainda.

A imagem de abertura,
Do verso desta semana.
Foi mais uma das belezas,
Ditas pela soberana.
Preocupada com energia,
Que pode gerar ou não.
Mandou estocarem vento,
Para ter reposição.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O Narcoporto de Paranaguá.

Via Revista VEJA
A Bolívia vive às turras com seus vizinhos da costa do Pacífico Peru e Chile, numa deca-milenar briga por uma saída para o oceano.
Pois há uns dois meses, o caridoso e benevolente Brasil Bolivariano aprovou um projeto de lei que tramita nas casas desde o gunverno do 9 dedos; que tem potencial para aumentar de forma exponencial a capacidade do narco-estado boliviano traficar cocaína mundo afora, autorizando que os usurpadores de refinarias operem uma Zona Franca Não Alfandegada no Porto de Paranaguá.
Com isso, a Bolívia poderá usar as instalações do porto paranaense para o envio e recebimento de suas cargas, e os contêineres que atravessarão o território brasileiro serão lacrados na Bolívia e terão esses lacres verificados em Paranaguá. Como a maioria dos contêineres que saem do país será despachada sem nenhum tipo de inspeção interna, os operadores portuários do Brasil estimam que menos de 5% das exportações são submetidas a algum tipo de verificação, armando uma bomba de potencial destrutivo incalculável.
Por enquanto, os contêineres são submetidos scanners de última geração mas uma lei em discussão no congresso, transformará esta inspeção de 100% para aleatória, visando "agilizar a burocracia nos portos". Sopinha no mel...
Pra não dizer que eu sou terrorista, a Bolívia já opera duas "saídas cedidas" para o mar nos portos chilenos de Arica e Iquique. Em 2011, o então chefe de operações antidrogas da Bolívia, Rene Sanabria, foi preso em flagrante no Panamá, depois que uma investigação identificou que uma quadrilha de traficantes controlada por ele despachou toneladas de drogas escondidas em contêineres de cargas por meio dos portos chilenos. Estima-se que o amigão de Evo Morales enviou quase 5 toneladas de cocaína para oito países somente entre os meses de janeiro e fevereiro de 2010.
Além do glorioso Rene, o DEA americano mantém sob a alça de mira uma porrada de autoridades do círculo próximo ao índio cocalero, incluindo o seu vice-presidente Álvaro García Linera.
E nós vamos ser cúmplices....

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Bolsa Família: A Fronteira Final


Nas estórias do seriado Jornada nas Estrelas, usa-se fortemente a expressão "Espaço, a Fronteira Final". Durante décadas o Capitão Kirk e sua tripulação, assim como seus sucessores, navegaram espaço afora "audaciosamente indo, onde nenhum homem jamais esteve".
Guardados os heroísmos e bom-mocismos; a estória se materializa na história do Brasil.
Depois de cortes nos falsos pilares da campanha; FIES; PRONATEC; Minha Casa, Minha Vida e Minha Casa Melhor; o próximo alvo dos cortes de programas, sejam divulgados e oficializados ou não, será a joia da coroa: o Bolsa-Família.
Ao que se sabe, e já foi divulgado por parte da mídia, as prefeituras, órgãos executivos do programa, já iniciaram a busca por "sinais exteriores de riqueza" dos beneficiários pelo país afora. Coisas como motocicletas paradas nas portas de casa, TVs de última geração, foram motivos de visitas das assistentes sociais nas residências para um "recadastramento e atualização de informações", quase sempre se refletindo em corte da mamata.
Mas até aqui tudo na maior surdina e abafamento de vozes.
Só que, com a berrante necessidade de cortes de verdade nas despesas no gunverno para diminuir o rombo, sabendo que a nova CPMF dificilmente será aprovada por parlamentares ávidos por votos; diante da ameaça do relator do orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR) de aplicar os rigores das regras do programa; que a própria ministra do desenvolvimento social, Teresa Campelo; já começou a cercar o Lourenço.
Andou dizendo em entrevistas que "várias auditorias já foram realizadas, que fraudes estão na faixa de apenas 1%, que o orçamento do programa foi feio sem aproximações e é exatíssimo, e que as discussões sobre o programa são carregadas de preconceito, principalmente no sul e sudeste". 
E ainda desafiou que apontasse um caso que fosse de parente ou vizinho que receba sem o devido merecimento.
Vai demorar ainda, mas eles vão ter que dar a cara a tapa e reconhecer o caráter eleitoreiro sem limites de um grande programa mal usado.