Nas estórias do seriado Jornada nas Estrelas, usa-se fortemente a expressão "Espaço, a Fronteira Final". Durante décadas o Capitão Kirk e sua tripulação, assim como seus sucessores, navegaram espaço afora "audaciosamente indo, onde nenhum homem jamais esteve".
Guardados os heroísmos e bom-mocismos; a estória se materializa na história do Brasil.
Depois de cortes nos falsos pilares da campanha; FIES; PRONATEC; Minha Casa, Minha Vida e Minha Casa Melhor; o próximo alvo dos cortes de programas, sejam divulgados e oficializados ou não, será a joia da coroa: o Bolsa-Família.
Ao que se sabe, e já foi divulgado por parte da mídia, as prefeituras, órgãos executivos do programa, já iniciaram a busca por "sinais exteriores de riqueza" dos beneficiários pelo país afora. Coisas como motocicletas paradas nas portas de casa, TVs de última geração, foram motivos de visitas das assistentes sociais nas residências para um "recadastramento e atualização de informações", quase sempre se refletindo em corte da mamata.
Mas até aqui tudo na maior surdina e abafamento de vozes.
Só que, com a berrante necessidade de cortes de verdade nas despesas no gunverno para diminuir o rombo, sabendo que a nova CPMF dificilmente será aprovada por parlamentares ávidos por votos; diante da ameaça do relator do orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR) de aplicar os rigores das regras do programa; que a própria ministra do desenvolvimento social, Teresa Campelo; já começou a cercar o Lourenço.
Andou dizendo em entrevistas que "várias auditorias já foram realizadas, que fraudes estão na faixa de apenas 1%, que o orçamento do programa foi feio sem aproximações e é exatíssimo, e que as discussões sobre o programa são carregadas de preconceito, principalmente no sul e sudeste".
E ainda desafiou que apontasse um caso que fosse de parente ou vizinho que receba sem o devido merecimento.
Vai demorar ainda, mas eles vão ter que dar a cara a tapa e reconhecer o caráter eleitoreiro sem limites de um grande programa mal usado.
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