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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Cordelando 137: Bléqui Fraidêi


Parecia pesadelo,
Quase uma caricatura.
Chegando no Golden Tulip,
Uma escura viatura.
Pra prender um senador,
Coisa que nunca se viu.
Na história da república,
Dos estados do Brasil.

E o japa da PF,
Mais famoso que Gabeira.
Tava de novo na foto,
 Pondo nuzôto a coleira.
Levou para a detenção,
Carceragem da puliça.
Povo que acorda cedo,
Pra prender não tem preguiça.

O motivo é até gozado,
Quase coisa de cinema.
Alguém gravou a conversa,
Que revelou o sistema.
Seu Delcídio revelou,
Na conversa informal.
Que pra roubar a nação,
Todo ato é normal.

Disse lá o senador,
O que eu quero eu escolho.
Pra retirar da prisão,
O diretor que é caolho.
Eu só quero um favorzinho,
Que nem dá um copo cheio.
Na hora que abrir a boca,
Tire meu nome do meio.

Se puder dar ajudinha,
Pode omitir também.
O nome de um banqueiro,
Já que ele lhe quer bem.
Vai lhe dar uma mesada,
E pagar um avião.
Pra lhe mandar pra Espanha,
Onde vai ter um vidão.

E o senhor senador,
Não se fez nem de rogado.
Disse que no tribunal,
Também mandava um bocado.
Ia falar com Tofinho,
Com Teori e Gilmar.
Se precisasse Fachin,
Que gosta bem de ajudar.

Nessa hora deu chabu,
Uma revolta danada.
E a turma do supremo,
Se zangou com a cachorrada.
Mandou prender o bocudo,
Na horinha sem demora.
Pois não podia deixar,
Eles com a bunda de fora.

Fato é que deu babado,
No senado federal.
Como se ia abafar,
Essa confusão geral?
Tentou-se votar secreto,
Escondendo assim o rosto.
Mas a pressão do povão,
Ia lhes causar desgosto.

Começou o falatório,
Uns contra, uns a favor.
Tentando arrumar um jeito,
De salvar o senador.
Não deu certo a manobra,
O couro foi bem grandão.
50 votos a 13,
Delcídio foi pra prisão.

Foi ele, foi o banqueiro,
Juntou-se o assessor.
Agregou-se o adevogado,
Nesse rolo compressor.
Cada qual preso num canto,
Mas todos na federal.
Para o povo brasileiro,
Uma notícia legal.

Tá se fechando o cerco,
Pro lado de São Bernardo.
9 dedos tranca o c*,
Pois sabe que tá ferrado.
Tá chegando perto dele,
Uma hora alguém entrega.
E ele vai pra cadeia,
E é por lá que perde a prega.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Operação Abafa Nos Fundos de Pensão


Com informações do Estado de São Paulo

É sabido em todas as rodas de dominó das praças de todas as cidades que o PT e seus acólitos e submissos usaram e abusaram dos bilhões de reais dos fundos de pensão das estatais para fazer "investimentos" em buracos sem fundo das mais diversas naturezas.

Já boiou o rombo do Postalis dos Correios, que convocou contribuintes, aposentados e pensionistas a enfiarem a mão nos bolsos pra cobrir o rombo e tentar salvar alguma coisa. Esperava-se que dia-a-dia fossem brotando novos casos, mas, pode haver luz no fim de vários túneis.

Com tudo obscurecido pela prisão do Delcídio, ontem o Conselho de Nacional de Previdência Complementar, uma autarquia meia boca que ninguém dá atenção até que dê uma merda, nma reunião fechada, sem testemunhas que mereça crédito, aprovou a mudança de critérios e regras para que sejam considerados solvente os fundos de pensão.

Atualmente, os fundos de pensão podem apresentar um déficit de até 10% do patrimônio líquido, sem precisar pedir aportes extras de seus participantes ou patrocinadoras. Com a nova regra, o limite do déficit passa a ser, em média, de 8,3% do patrimônio líquido. O prazo para cada fundo será calculado pelo tempo que tem para pagar as aposentadorias, chamado tecnicamente de "duration", menos quatro anos.
Hoje, caso ultrapassasse o limite de 10%, o fundo tinha de se reequilibrar, elevando contribuições de participantes e patrocinadores. Quando um plano ficava no vermelho por três anos consecutivos, mesmo sendo inferior a 10%, também era obrigado a fazer novos aportes. Com a regra nova, essa exigência cai por terra. 
Agora, será preciso equacionar apenas o que ultrapassar o novo teto. E como calcula saporra? Agora, o cálculo a partir do qual os participantes e patrocinadores são obrigados a injetar recursos para cobrir desequilíbrios passa a ser de acordo com o horizonte médio dos prazos de pagamentos dos benefícios. Também acabou a regra que obriga fundos que registram três anos consecutivos de déficit a adotar medidas para liquidar o rombo. Ou seja, cada uma faz sua conta e não tem que dar satisfação a quase ninguém. Se os associados não ficarem de olho, quando se espertarem não têm mais grana pra se aposentares ou vão perder o que recebem.
Os planos fecharam 2014 com déficit de R$ 23 bilhões, sendo 80% desse total formado por dez planos de benefícios definidos, dos quais nove são patrocinados por estatais.
Segundo o tal conselho, a medida tem como objetivo fazer com que as entidades optem por investimentos de longo prazo. Hoje, as entidades preferem investimentos com liquidez, baixo risco e, consequentemente, baixo retorno.
Do jeitinho que a corja quer: pega a grana dos incautos, investe em projetos Power Point semelhantes aos do Eike Batista e deixam pra dar a merda anos depois.

Repito Mais Uma vez; A Conta de Energia Vai Subir


Venho escrevendo aqui na Tribo há uma porrada de tempo que a conta de energia ainda tem muitos motivos para subir. É só o leitor ter um pouquinho de paciência e andar pra trás no tempo, correr as postagens mais antigas do blog e ver a enorme quantidade de artigos relatando tais razões.
Só errei quanto ao sucesso do leilão das hidrelétricas realizado ontem. Eu achava que ia gorar, por falta de ofertas, pois não haveria dinheiro de investidores interessados, o BNDES não tinha pra emprestar e os fundos de pensão foram falidos pelo PT, mesmo com as benesses oferecidas com as novas regras de elaboração e oferta do preço de venda da energia, a chamada Receita Anual Prevista - RAP.
Deu até muito bem certo. Todos os lotes foram vendidos, com arrecadação de 17 bilhões de reais; que considero muito boa. O pagamento é de 65% na assinatura do contrato (30/12) e o resto em até 180 dias, uma compra praticamente a vista.
Outra coisa alvissareira é o fato de não ter havido uma invasão chinesa no parque gerador como eu previa ser a alternativa. Não havendo ofertas, eles comprariam tudo na bacia das almas. Graças a Deus errei.
Os chinas levaram "apenas" o maior e melhor dos lotes, o Complexo de Urubupunga, com as UHEs Jupiá e Ilha Solteira, orgulho da engenharia nacional, num total de 5.000 MW, por R$ 2.381.037.417,00; apenas R$ 1,68 a menos que o teto fixado no leilão para o lote. Só cabe destacar que os chinas eram os únicos participantes com grana em caixa para bancar a compra, daí terem ralado o valor teto sem ninguém reclamar nem se mexer.
A maioria das demais usinas foram recompradas por suas antigas concessionárias, as rebeldes CESP, CEMIG e COPEL, todas de estados governados pelo PSDB e que não aceitaram aquele lenga-lenga de reduzir as tarifas imposto pela soberana há quase 3 anos.
Houve também lotes comprados pela Eneel Green Power, italiana acionista da AMPLA, atual concessionária de distribuição do estado do Rio de Janeiro.
Voltando ao assunto benesses aos adquirentes, na véspera do leilão, o senado aprovou a toque de caixa, uma alteração na regra de concessão de usinas hidrelétricas feita sob medida para empurrar o negócio em alguém e me desmentir na minha previsão de dar chabu.
A alteração se deu na forma de pagamento da Bonificação da Outorga (o nome chique para o valor da venda). Antes, o vencedor oferecia um valor para a tarifa que multiplicado pela capacidade de geração média e pelo tempo da concessão dava o valor ofertado. Este valor de tarifa obrigava as geradoras a entregar a energia produzida para as distribuidoras que vendiam "no varejo" para seus clientes, nós...
Com a liberação para que as geradoras "reservem" parte de suas capacidades para vender no mercado livre ao preço que acharem mais conveniente e pela possibilidade de transferir aos consumidores o risco hidrológico (a eventual perda de receita por secas em seus reservatórios), é claro que o preço da tarifa de produção (e consequentemente de venda) vai subir. E quem paga: OS IDIOTAS DE SEMPRE.
Os especialistas de mercado de energia estima que um custo extra de R$ 2,74 bilhões de reais ao ano deve ser repassado às tarifas.
Como as usinas já tinham seus investimentos remunerados, as concessionárias vendiam a energia a uns R$ 30,00 por MWh.
Os novos donos, para pagar seu investimento, deverão vender a R$124,88 por MWh. Em 30 anos de concessão, a conta é de R$ 80 bilhões pra nós.
Ou seja, a energia que deveria baixar, vai aumentar...
Dos 17 bilhões de reais arrecadados, NADA vai ser investido no setor elétrico e vai apenas para pagar a gastança do governo da soberana.
Cabe o registro que TODAS as usinas foram pagas com dinheiro do povo brasileiro; sejam construídas pelo governo federal ou pelas empresas estaduais.

NA: a imagem que abre o post é da UHE Ilha Solteira. Uma homenagem....

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Um Momento Histórico - Parte 2: As Votações no Senado


Para registro da votação dos senhores senadores quanto às tratativas do caso Delcídio do Amaral Gomez. Será bom para comparações futuras.

Pela utilização da votação secreta, que fatalmente beneficiaria o senador com o manto sombrio do anonimato, votaram os seguintes senadores:

1-Ângela Portela (PT-RR)
2- Benedito de Lira (PP-AL)
3- Donizetti Nogueira (PT-TO)
4- Douglas Cintra (PTB-PE)
5-Edison Lobão (PMDB-MA)
6- Fernando Collor (PTB-AL)
7- Gleisi Hoffman (PT-PR)
8- Humberto Costa (PT-PE)
9- Ivo Cassol (PP-RO)
10- Jader Barbalho (PMDB-PA)
11- João Alberto de Souza (PMDB-MA)
12- Jorge Viana (PT-AC)
13-José Pimentel (PT-CE)
14-Lindbergh Farias (PT-RJ)
15- Paulo Rocha (PT-PA)
16- Regina Souza (PT-PI)
17- Telmário Mota (PDT-RR)
18- Valdir Raup (PMDB-RO)
19- Vicentinho Alves (PR-TO)
20- Zezé Perrela (PDT-MG).

OBS: Eunício Oliveira - PMDB-CE se absteve

Contra a manutenção da prisão determinada pelo STF, votaram:

1- Telmário Mota PDT-RR
2- João Alberto Sousa PMDB-MA
3- Roberto Rocha PSB-MA
4- Angela Portela PT-RR
5- Donizeti Nogueira PT-TO
6- Gleisi Hoffmann PT-PR
7- Humberto Costa PT-PE
8- Jorge Viana PT-AC
9- José Pimentel PT-CE
10- Lindbergh Farias PT-RJ
11- Paulo Rocha PT-PA
12- Regina Sousa PT-PI
13- Fernando Collor PTB-AL

OBS: Edison Lobão -PMDB-MA se absteve

Um Momento Histórico: Um Senador da República Sendo Preso


NuncaAntisNaHistóriaDeçePaíz um senador da república tinha sido preso. Um privilégio desse tinha que caber ao PT. O nome? Delcídio do Amaral Gomez. Motivo: ouça o áudio abaixo, que esta Tribo faz questão de registrar para a posteridade.
Tentativa de alterar provas, trama de fuga de envolvido, acobertamento de fatos e mais uma porrada de itens do código penal.
Prometeu "entrada" de R$ 4 milhões e mensalinho de 50 mil euros. 
Tem rolo pro Cerveró, por Esteves e até pro Romário...
Delicie-se....

terça-feira, 24 de novembro de 2015

No Brasil Não Tem Terrorismo


O mundo inteirinho ficou com o c* na mão depois que a dentuça declarou na reunião do G20 que "o Brasil está “longe do foco do terrorismo”, apenas três dias após o ataque a Paris.
A coisa foi tão vexatória, que o ministro francês Laurent Fabius, equivalente a nosso ministro de Relações exteriores; veio a Brasília em pleno domingo pra conversar com a dentuça sobre o tema. 
O chanceler, que também é socialista, foi embora atônito, pra dizer o mínimo, com sinais de desinteresse, despreparo, negligência e irresponsabilidade do governo brasileiro pelo tema, a menos de um ano das Olimpíadas 2016 no Rio.
Como sempre, apareceram mentiras pra mais de quilo. A louca prometeu investir R$ 930 milhões em segurança, para os Jogos Olímpicos, se achando a última coca cola do deserto. Só pra comparar, em 2004, a Grécia investiu seis vezes mais: R$ 5,7 bilhões. E a União Europeia achou pouco.
Com o terror em Paris, a tchurma da segurança pública anunciou que vai aumentar 15% no orçamento. Já era uma bosta mas piora quando se sabe que, até agora, gastou apenas 10% do total prometido.
Sem falar que não temos uma legislação contra terrorismo, porque os comunistas não quererem enquadrar suas milícias, os "movimentos sociais" MST, MTST, e outros apaniguados em seus rigores.
E ainda relutam em aprovar na câmara mesmo sob ameaça de sanções internacionais.
Agora não é mais uma questão de vergonha internacional. É responsabilização criminal.
E tem terrorista fazendo escala pra atacar

Lava a Jato: Dá Vontade de Chorar


Ontem li num artigo do repórter Fausto Macedo do Estadão, que o dr. Sérgio Moro disse que está se sentindo "uma voz pregando no deserto", quando vê que seu dedicado e competente trabalho à frente da Operação Lava a Jato, não está encontrando a cabível e necessária repercussão junto às demais instituições que deveriam estar adotando posições investigativas complementares, bem como as cabíveis punições correlatas e adicionais; como por exemplo, o executivo federal e o congresso nacional.
Segundo o dr. Sérgio (como faço questão de tratá-lo assim...), mesmo indo muito bem, ele teme pelo futuro da operação. Mesmo com tantas ações populares nas ruas do Brasil, reunindo grande número de participantes; os órgãos citados não se sentem nem um pouco envolvidos e comprometidos em achar soluções permanentes e duradouras para o problema que representa a CORRUPÇÃO.
Sem usar palavras diretas, deu a entender (pelo menos pra mim) que, na mudança de instância judicial, vão abafar o caso como aconteceu nas inúmeras ações policiais e judiciárias anteriores.
Dr. Sérgio ratificou suas decisões de usar as prisões preventivas calcado na necessidade de manter a ordem pública: "Se vale pra traficante e assassino, vale para corrupto e corruptor. os danos causados à sociedade por um traficante, um diretor de estatal ou um empresário são os mesmos".
Concordo com ele quando diz que "não há vazamento seletivo de informações. Está se praticando a publicidade sobre as ações da justiça, em crimes contra a ordem pública que requerem divulgação de seus detalhes.
Claro que as pessoas de bem estão eufóricas com as ações da equipe do dr. Sérgio desde o começo. Todos os parabenizam, enaltecem e admiram.
É, portanto, doloroso ver o capitão do time saber que vai perder o jogo no tapetão, quando sua equipe cansou de fazer gols num adversário poderoso.
Basta ver o movimento do submundo do crime que se demonstra estar prestes a acontecer no congresso, com a negociata entre abafar o caso do Eduardo Cunha versus Impeachment da dentuça, envolvendo cargos, pixulecos, abafas secundários e por aí vai.
Só nos resta continuar pressionando os PRAlamentares fisicamente e virtualmente. Encher as caixas de e-mails e vaiando (no mínimo) quando os encontrarmos nas ruas, restaurantes, aviões e outros ambientes públicos.
Tristes, mas nunca desistindo... 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Todo Mundo Deve e Ninguém Paga


Com a crise hídrica que assola o país desde 2013 (o PT quer culpar o Alckmin), as geradoras hidrelétricas tiveram prejuízos gigantescos, com a necessidade de compra energia no mercado a vista (mais cara) para cumprir seus contratos de fornecimento (mais barata). O número estimado oscila entre 10 e 20 bilhões de reais. Seja lá quanto for, é grana bagarai.
Mesmo com boa parte dessa conta sendo repassada a nossos bolsos, ainda rola na corda bamba a bagatela de 4 bilhões, oscilando pra lá e pra cá ao sabor de liminares entre quem se acha credor e quem não aceita ser devedor.
Só a Petrobras reclama 1 bilhão desse total, por conta do suprimento de combustível às usinas térmicas.
A bomba ainda vai aumentar. Como já escrevi aqui, ainda falta ser acrescido no pacote o tal "risco hidrológico" que as geradoras hidrelétricas querem adicionar na conta, pois acham que não devem assumir sozinhas a possibilidade de grandes secas em seus reservatórios. Alguma coisa parecida como o seguro safra dos agricultores.
A mesa central das "negociações", ou do "encontro das liminares", é a Câmara de Comércio de Energia Elétrica - CCEE; órgão federal de acerto das contas do setor, incluindo o suprimento de combustíveis.
Para fugir das obrigações com a mesa central, as geradoras estão oferecendo energia com deságio, em relação ao "preço da praça" e vendendo direto aos consumidores, que podem comprar direto no mercado livre. Com isso disporão de menos energia para oferecer ao mercado central e as tarifas subirão, é lógico.
Escrevo isso para alertar que ainda temos muito o que pagar antes que o governo consiga arrumar esta bagunça.