Ontem li num artigo do repórter Fausto Macedo do Estadão, que o dr. Sérgio Moro disse que está se sentindo "uma voz pregando no deserto", quando vê que seu dedicado e competente trabalho à frente da Operação Lava a Jato, não está encontrando a cabível e necessária repercussão junto às demais instituições que deveriam estar adotando posições investigativas complementares, bem como as cabíveis punições correlatas e adicionais; como por exemplo, o executivo federal e o congresso nacional.
Segundo o dr. Sérgio (como faço questão de tratá-lo assim...), mesmo indo muito bem, ele teme pelo futuro da operação. Mesmo com tantas ações populares nas ruas do Brasil, reunindo grande número de participantes; os órgãos citados não se sentem nem um pouco envolvidos e comprometidos em achar soluções permanentes e duradouras para o problema que representa a CORRUPÇÃO.
Sem usar palavras diretas, deu a entender (pelo menos pra mim) que, na mudança de instância judicial, vão abafar o caso como aconteceu nas inúmeras ações policiais e judiciárias anteriores.
Dr. Sérgio ratificou suas decisões de usar as prisões preventivas calcado na necessidade de manter a ordem pública: "Se vale pra traficante e assassino, vale para corrupto e corruptor. os danos causados à sociedade por um traficante, um diretor de estatal ou um empresário são os mesmos".
Concordo com ele quando diz que "não há vazamento seletivo de informações. Está se praticando a publicidade sobre as ações da justiça, em crimes contra a ordem pública que requerem divulgação de seus detalhes.
Claro que as pessoas de bem estão eufóricas com as ações da equipe do dr. Sérgio desde o começo. Todos os parabenizam, enaltecem e admiram.
É, portanto, doloroso ver o capitão do time saber que vai perder o jogo no tapetão, quando sua equipe cansou de fazer gols num adversário poderoso.
Basta ver o movimento do submundo do crime que se demonstra estar prestes a acontecer no congresso, com a negociata entre abafar o caso do Eduardo Cunha versus Impeachment da dentuça, envolvendo cargos, pixulecos, abafas secundários e por aí vai.
Só nos resta continuar pressionando os PRAlamentares fisicamente e virtualmente. Encher as caixas de e-mails e vaiando (no mínimo) quando os encontrarmos nas ruas, restaurantes, aviões e outros ambientes públicos.
Tristes, mas nunca desistindo...
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