Com a crise hídrica que assola o país desde 2013 (o PT quer culpar o Alckmin), as geradoras hidrelétricas tiveram prejuízos gigantescos, com a necessidade de compra energia no mercado a vista (mais cara) para cumprir seus contratos de fornecimento (mais barata). O número estimado oscila entre 10 e 20 bilhões de reais. Seja lá quanto for, é grana bagarai.
Mesmo com boa parte dessa conta sendo repassada a nossos bolsos, ainda rola na corda bamba a bagatela de 4 bilhões, oscilando pra lá e pra cá ao sabor de liminares entre quem se acha credor e quem não aceita ser devedor.
Só a Petrobras reclama 1 bilhão desse total, por conta do suprimento de combustível às usinas térmicas.
A bomba ainda vai aumentar. Como já escrevi aqui, ainda falta ser acrescido no pacote o tal "risco hidrológico" que as geradoras hidrelétricas querem adicionar na conta, pois acham que não devem assumir sozinhas a possibilidade de grandes secas em seus reservatórios. Alguma coisa parecida como o seguro safra dos agricultores.
A mesa central das "negociações", ou do "encontro das liminares", é a Câmara de Comércio de Energia Elétrica - CCEE; órgão federal de acerto das contas do setor, incluindo o suprimento de combustíveis.
Para fugir das obrigações com a mesa central, as geradoras estão oferecendo energia com deságio, em relação ao "preço da praça" e vendendo direto aos consumidores, que podem comprar direto no mercado livre. Com isso disporão de menos energia para oferecer ao mercado central e as tarifas subirão, é lógico.
Escrevo isso para alertar que ainda temos muito o que pagar antes que o governo consiga arrumar esta bagunça.
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