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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cordelando 62: Esse Povo Tem Mãe?


É difícil de saber,
Se essa turma que surgiu.
Nasceu mesmo de uma mãe,
Ou chocadeira pariu.
Pois quem tem uma mãezinha,
Por mais que seja novela,
Não faz nada de errado,
Com medo que xingem ela.

Esse povo não perdoa,
Sempre pronto a roubar.
Seja remédio ou comida,
Que pro pobre vai faltar.
É obra, merenda, casa,
Nada escapa deles não.
Só se assina contrato,
Concedendo comissão.

Vamos ver os mais recentes,
Que é prá muito não voltar.
Começando pela Delta,
Caso mesmo a se estudar.
Empreiteira pequenina,
Que do nada se surgiu.
Virou uma das maiores,
Que atuam no Brasil.

Faz obra de todo jeito,
De norte a sul do país.
Mesmo que náo seja só,
Nos consórcios vis a vis.
Faz o tubo sanitário,
Estrada, porto e trem.
Faz campo de futebol,
Aluga carro também.

Limpeza nesses contratos,
Com certeza que não tem.
Concorrência viciada,
Onde só ganha quem tem tem.
Padrinho bem poderoso,
Dono de caneta amiga.
E até quem fica de fora,
Se conforma e não briga.

Um grande cliente seu,
É o governo federal.
E tem nas obras do PAC,
O seu grande cabedal.
Bilhões de Reais correndo,
E nenhum controle tem.
E claro preço elevado,
Com certeza tem também.

Puxa dum lado e do outro,
E o novelo não acaba.
Sendo supra-partidária,
Essa grande camarada.
De esquerda e de direita,
Não faz quase seleção.
O que interessa no caso,
E ganhar o seu quinhão.

Enrolado com a bichinha,
Tem Cabral, Queirós, Pirillo.
No Ceará e Amazonas,
 A empreiteira tem seu grilo.
Piauí, Bahia, Sampa,
Não possui fronteira não.
Mas mesmo assim Delta chega,
Com seu grande caminhão.

Lá no fundo se anuncia,
Que ela tem grande amor.
Com Carlinhos Cachoeira,
O Mega-contraventor.
Pois o pessoal do cabra,
Bem juntinho do poder,
Facilitava o negócio,
Prá Delta poder vencer.

Mesmo com tanta vantagem,
Começou a confusão.
Que vem junto do escândalo,
Que abalou a nação.
Mesmo com tanta moleza,
Leste a oeste do Brasil.
Corre logo o boato,
De que a Delta faliu.

Na boquinha da garrafa,
Igual ao Sérgio Cabral.
Que tem contrato com a Delta,
Apertou o seu dedal.
Chamou logo auditor,
Advogado e Jurista.
E mandou avaliar,
Se o roubo deixou pista.

Bem na boca de Matilde,
A Delta se colocou.
Os contratos que ela tinha,
O dono negociou.
Chamou um tal frigorífico,
Prá aguentar o bololô.
Sabendo que não podia,
Prá ela ter chororô.

Acontece que um dono,
Da tal de JBS,
E o banco camarada,
O nosso BNDES.
Então paira a suspeita,
Um verdadeiro acinte.
De quem vai pagar a conta,
É você contribuinte.

Já ouviu-se alguma grita,
Movimento na nação.
MP e deputado,
Alertando o favorzão.
Mas parece que o negócio,
Pro Cavendish ajudar.
E tirar o seu da reta,
E você que vai pagar.

Só me resta aguentar,
Ao menos semana mais.
Prá saber se vai em frente,
A ajuda ao rapaz.
Essa tribo não descansa,
Nem larga borduna não.
Vou ficar bem ligadinho,
Prá defender a nação.

4 comentários:

Rose disse...

Cacique, não sei que tipo de mãe essa turma tem, infelizmente tem muita "parideira", que gera corpos mas não educa o espírito.
Nem os animais são tão desumanos.
Mas o eleitor também tem mãe e merece um puxão de orelha pelas escolhas que faz.

Anônimo disse...

OLÁ CACIQUE.
FURTEI SUA MATÉRIA E PUBLIQUEI NO MEU BLOG.

ABS DO BETO.

Ajuricaba disse...

A Tribo é sua Betão. Fique à vontade.

opcao_zili disse...

Difícil está ficando, aguentar tanto desmando. rsss.
Meu amigo, a cada dia as coisas pioram. O desespero deles é tanto que estão atropelando os fatos.
Em tudo, vejo a misericórdia de Deus com o nosso povo, 50% sem instrução por excesso de corrupção.