Baseado em artigo de David Friedlander para o Estado de São Paulo
Os trabalhadores que investiram conjuntamente parte dos recursos de suas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ações da Petrobrás e da Vale viram o montante encolher a bagatela de R$ 1,6 bilhão este ano, por conta da queda do valor das ações das empresas motivada pela ingerência do governo nas suas administrações, o que afugentou investidores.
Em números, entre 02/01 e 20/05, o patrimônio líquido dos fundos FGTS aplicado em ações da Petrobrás diminuiu de R$ 5,5 bilhões para R$ 4,9 bilhões, uma queda de 10,5%. O da Vale encolheu de quase R$ 6 bilhões para R$ 5 bilhões, redução de 10,8%.
No caso da Vale, a troca forçada do presidente da empresa gerou medo de mais ingerência do governo. Em relação à Petrobrás, essa ingerência é escancarada.
O economista Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, lembra que o mercado geralmente se assustam com essas atuações e os episódios da Vale e da Petrobrás não foram bons. É só ver os relatórios dos analistas, que mostraram receio desse tipo de intervenção.
O investidor fugiu das ações da Petrobrás, em grande parte, por que o governo impediu a estatal de repassar a alta do petróleo no mercado internacional para o preço dos combustíveis aqui dentro. No caso da Vale, o processo foi mais perturbador. O governo agiu diretamente para demitir o presidente Roger Agnelli.
Embora a mineradora seja uma empresa privada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, agiu diretamente no episódio. Agnelli perdeu o cargo porque não aceitou alguns desejos do governo, como comprar navios de carga no Brasil e aumentar os investimentos em siderurgia.
Claro que apesar das perdas, quem aplicou o FGTS em Petrobrás e Vale e até hoje não resgatou, fez um ótimo negócio. De acordo com cálculos do Instituto FGTS Fácil, de agosto de 2000, quando foram vendidas, até o último dia 19, as ações da Petrobrás renderam 519%. No mesmo período, o rendimento do FGTS tradicional, que paga a Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano, foi de 70%. Os papéis da Vale, negociados em fevereiro de 2002, subiram 970% até o último dia 19. No período, o FGTS rendeu 56%.
O que não pode é uma ingerência tão grande e uma manobra monumental do governo sobre empresas independentes e que devem satisfação a seus acionistas, seja privada seja estatal, pelo que representam no mercado aberto mundial de capitais.
Os trabalhadores que investiram conjuntamente parte dos recursos de suas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ações da Petrobrás e da Vale viram o montante encolher a bagatela de R$ 1,6 bilhão este ano, por conta da queda do valor das ações das empresas motivada pela ingerência do governo nas suas administrações, o que afugentou investidores.
Em números, entre 02/01 e 20/05, o patrimônio líquido dos fundos FGTS aplicado em ações da Petrobrás diminuiu de R$ 5,5 bilhões para R$ 4,9 bilhões, uma queda de 10,5%. O da Vale encolheu de quase R$ 6 bilhões para R$ 5 bilhões, redução de 10,8%.
No caso da Vale, a troca forçada do presidente da empresa gerou medo de mais ingerência do governo. Em relação à Petrobrás, essa ingerência é escancarada.
O economista Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, lembra que o mercado geralmente se assustam com essas atuações e os episódios da Vale e da Petrobrás não foram bons. É só ver os relatórios dos analistas, que mostraram receio desse tipo de intervenção.
O investidor fugiu das ações da Petrobrás, em grande parte, por que o governo impediu a estatal de repassar a alta do petróleo no mercado internacional para o preço dos combustíveis aqui dentro. No caso da Vale, o processo foi mais perturbador. O governo agiu diretamente para demitir o presidente Roger Agnelli.
Embora a mineradora seja uma empresa privada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, agiu diretamente no episódio. Agnelli perdeu o cargo porque não aceitou alguns desejos do governo, como comprar navios de carga no Brasil e aumentar os investimentos em siderurgia.
Claro que apesar das perdas, quem aplicou o FGTS em Petrobrás e Vale e até hoje não resgatou, fez um ótimo negócio. De acordo com cálculos do Instituto FGTS Fácil, de agosto de 2000, quando foram vendidas, até o último dia 19, as ações da Petrobrás renderam 519%. No mesmo período, o rendimento do FGTS tradicional, que paga a Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano, foi de 70%. Os papéis da Vale, negociados em fevereiro de 2002, subiram 970% até o último dia 19. No período, o FGTS rendeu 56%.
O que não pode é uma ingerência tão grande e uma manobra monumental do governo sobre empresas independentes e que devem satisfação a seus acionistas, seja privada seja estatal, pelo que representam no mercado aberto mundial de capitais.
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