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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sobre a Compra dos Caças




Parece que as "decisões e determinações" do EX sobre a preferência nacional (falo dos caças tá?), comovido pela presença de madame Carla Bruni, serão reavaliadas, esperamos que agora técnicamente.
A dona deelma pediu que o Jobim chupim pegue de volta o processo de avaliação dos 3 caças de combate finalistas do processo de compra, o F18 Super-Hornet americano, o Rafale francês e o Gripen NG sueco; e decidiu adiar a escolha do fornecedor; avisando que vai reavaliar todas as ofertas para buscar novas garantias e acertar questões sensíveis como transferência de tecnologia. Essa posição é uma reviravolta no processo, porque agora é uma decisão dela e ela quer olhar os detalhes cuidadosamente.
Na semana passada, a presidente pediu pessoalmente aos senadores norte-americano John McCain e John Barasco; garantias adicionais de aprovação do Congresso dos Estados Unidos, exigência constituicional americana, para transferência tecnologia na proposta, determinação básica e cabível do Brasil e que precisa acontecer para se completar o processo.
Cada oferta tem seus pontos fortes e fracos. A da Dassault garante boas transferências de tecnologia, mas carrega um preço alto; a Saab pode ser prejudicada pela percepção de que a Suécia ofereceria uma relação estratégica menos prestigiosa do que a França e os Estados Unidos. Entretanto, há dúvidas sobre a transferência de tecnologia na proposta da Boeing.
O processo é longo e moroso, porque envolve muitos interesses. Mas uma coisa é certa: a posição de conforto é nossa. As ofertas só parecem crescer com o tempo. O contrato deve valer muito mais que o proposto inicialmente, na faixa de 4 bilhões a 6 bilhões de dólares. Os contratos de manutenção serão lucrativos, e o Brasil pode acabar comprando mais de 100 aeronaves.
Para a Dassault, o negócio é de vida ou morte pois seria a primeira encomenda de exportação dos caças Rafale, e representa a salvação de seus malfadados traddings atuais. A companhia familiar está há anos sob pressão, buscando repetir o sucesso da geração anterior de aviões militares Mirage.
Um fator que pode favorecer a Boeing é a mudança nos vínculos do Brasil com os EUA. A relação de loola com o Irã e sua tentativa mal sucedida de mediar uma disputa internacional sobre o programa nuclear iraniano resultaram em um esfriamento dos laços entre Brasília e Washington que chegaram a afetar o comércio.
Contudo, assessores dizem que deelma pretende melhorar as relações com Washington, que ela vê como um aliado comercial em um momento de incerteza financeira mundial e de atritos crescentes sobre as políticas comerciais da China.
A perna mais fraca, a Gripen, tem contra sí e ao mesmo tempo a seu favor um projeto em fase muito inicial, que pode se levar a pensar sobre o que realmente representa em termos reais, mas possibilitaria uma participação muito mais efetiva da Embraer, a parceira nacional, na determinação final do caça.

É esperar prá ver. Pelo que li, assisti e estudei sobre as aeronaves e sobre o processo, fico mais inclinado ao F18 Super-Hornet; avião prá mais uns 50 anos a um custo competitivo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Pajé,

Isso tá com cara de que vai pender para quem pagar a maior taxa de sucesso para o governo. Jobim agora é assessorado pelo Genoíno, o eterno mensaleiro, e essa gente só pensa em quanto ele - não o país - pode lucrar com qualquer decisão de governo.