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domingo, 16 de janeiro de 2011

Se Pudesse, Matava Alguém Por Isso

Tinha prometido prá mim que não escreveria sobre os chocantes acontecimentos recentes no Rio de Janeiro, que recuso a chamar de desastre. São consequências de descaso, irresponsabilidade, ganância, prepotência, ilusionismo, ambição, leseira (sim, o povo eleitor também é culpado), e mais uns trezentos adjetivos depreciativos que poderia citar.
Mas essa cena levantou o aguerrido cacique Ajuricaba da tumba onde havia se instalado por confinamento e sentimentos emotivos demais.
Da última vez que li, estava em mais de 600 vítimas fatais. Os institutos de perícia, necrotérios, cemitérios estavam tão cheios que seus serviços estavam sendo executados em ginásios, restaurantes coletivos e instalações nada condizentes com o respeito devido aos mortos.
Enterros coletivos dessa forma, só em ambientes de guerras terríveis e não em comunidades ditas urbanizadas.
Como disse no título: Se eu pudesse, mataria alguém por isso. Que raiva danada.

Um comentário:

BSchopenhauer disse...

Escrever é uma forma civilizada de mostrar nossa indignação diante das tragédias causadas pelo brasileiro cordial.