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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Leilões no Sistema Elétrico: Sinal Amarelo


O ministro Eduardo Braga, das Minas e Energia, deve continuar acendendo vela para Santa Clara, pedindo chuva nos reservatórios combalidos e depleciados; e para São José, protetor dos trabalhadores.
A ação conjunta deles pode permitir acontecer o que ele tanto alardeia: o Brasil não corre riscos de racionamento e os empregos serão mantidos.
Digo isso porque não acredito no sucesso dos leilões de pacotes de obras no sistema elétrico do Brasil, a acontecerem até dezembro deste ano e com horizontes de conclusão entre 3 e 5 anos.
O que está na prateleira são cerca de 4 obras de transmissão e 4 de geração, entre elas a Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, um empreendimento de grande porte (8.000 MW) em que vale a pena se colocar ficha, mesmo com as dificuldades de se conseguir licenças para represas na Amazônia.
O resto é pão com manteiga. Obras pequenas em vulto e que pouco acrescentarão em estabilidade ao sistema.
Some-se a isto o combalido caixa do BNDES, um antigo saco sem fundo que vai usar até poupanças e FGTS de trabalhadores; o inexistente caixa próprio de investidores (exceto os perigosos chineses) e a visão pessimista de empresários para os próximos anos da economia do país.
Mesmo que o otimismo dos mandatários da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, Maurício Tolmasquim; e da  Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Romeu Rufino, seja total, não acredito que se obtenha preços tão menores que os tetos a serem estabelecidos pelo poder concedente (que já imagino serem um pouco superiores ao que se usualmente determina.
Supondo que haja a "retomada do crescimento" alegada pelo Henrique Levy, o consumo, hoje em retração pela queda verificada em todos os setores da economia, o suprimento ficará severamente comprometido.
A ver...

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