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sábado, 11 de junho de 2011

UHE Teles Pires

No meio do furdunço criado pela saida de Toinho e a sua substituição pela Barbie do Paraguai essa semana (o melhor foi Tia Ideli voltar à cena), passou meio que batida a assinatura do contrato de concessão para a construção da Usina Hidrelétrica de Teles Pires no Rio de mesmo nome, um afluente do grande Rio Tapajós na divisa entre os Estados de Mato Grosso (Paranaíta) e Pará (Jacareacanga). O contrato foi assinado em cerimônia reservada no gabinete de dona deelma pelo sinistro Lobão Graúna e pelo diretor-presidente da Neoenergia, Marcelo Corrêa, líder do consórcio (50,1%) formado com Furnas (24,5%), Eletrosul (24,5%) e Odebrecht (0,9%). A Neoenergia por sua vez é uma sociedade da Iberdrola, Banco do Brasil Investimentos e da Previ.
É uma usina de médio porte de 1.820 MW de potência instalada, com previsão para operar em janeiro de 2015, com um custo de produção de R$ 58,30 por megawatt/hora (MWh), um ótimo determinante.
Prevista nos planos plurianuais coroados pelo Plano Decenal de Energia elaborado pela Empresa Produtora Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, a UHE compõe um conjunto de usinas de produção e regulação dos rios da microregião com sete usinas no total. Serão as UHE's SINOP (461 MW), Colíder (342 MW), Magessi (53 MW), São Manuel (746 MW) e a própria Teles Pires.

Além dessas, estão previstas mais as UHE's de Foz do Apiacás (275 MW), no rio Apiacás, também em Mato Grosso, e de Marabá (2.160 MW), no rio Tocantins, na divisa dos estados do Pará e Maranhão.
A obra está orçada em R$ 3,3 bilhões, vai gerar 17 mil empregos diretos e indiretos e o reservatório alagará uma área de 150 quilômetros quadrados, uma área pequena para os canais dos rios da Amazônia. O sistema de transmissão associado seráem 500 KV e terá cerca de 1000 km até se conectar ao sistema interligado nacional.

Diversas audiências públicas foram realizadas em Sinop/MT para discutir os efeitos ambientais, principalmente a possibilidade de elevação do lençol freático que poderá ocasionar a contaminação de poços artesianos, o enchimento constante das fossas sanitárias, o aumento de mosquitos e a proliferação de doenças. Também há proximidade de terras indígenas cujas aldeias podem sofrer alguma influência dos milhares de operários que migrarão para as obras. Reclama-se na regão da insuficiência de informações sobre o sistema de eclusas das barragens que poderiam permitir a implantação de hidrovias na área. Poderá haver também o aumento do calor em função da expedição do gás metano, a morte de peixes e variadas espécies de animais e plantas que são do bioma do do rio Teles Pires. Além das conseqüências ambientais, de acordo com o grupo a barragem poderá promover o êxodo rural, conforme temor dos grupos de estudo.
Uma coisa a destacar é o processo construtivo e operacional a ser usado para as equipes, adotando o sistema de usina embarcada em que os profissionais ficam por períodos longos se alternando entre o local de trabalho e folgas. O infográfico abaixo apresenta a localização física do complexo.

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