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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quiça Cresça Mesmo O Polo Petroquímico


O geólogo Marcio Mello, CEO do grupo HRT que atua na área de prospecção, exploração e produção de petróleo e gás anunciou esta semana que a empresa irá investir até 2014 cerca de US$ 3 bilhões nos campos da província petrolífera do Rio Juruá, próximo à cidade de Carauari. Esse incremento elevará dos 3 mil atuais para 6 mil os empregos diretos gerados pela empresa.
Estão previstas a construção de um gasoduto e um poliduto entre Coari e Manaus, ao longo do traçado do existente e operado pela Petrobras; um Centro de Desenvolvimento de tecnologia da área Óleo/Gás e empresas do ramo petroquímico, de compostos orgânicos e inorgânicos e de biotecnologia, além das fábricas de suas próprias sondas de perfuração. “Os tubos do gasoduto e do oleoduto, construídos pela Petrobras, foram levados a Urucu por barcos e tratores. Só no final, que começaram a ser transportados por helicópteros. Mas, no caso da HRT, nós temos os seis maiores helicópteros do Brasil. Com o nosso helicóptero eu transporto dois dutos, por isso nosso impacto na floresta vai ser praticamente zero. Além de operarmos mais rápido e barato”, explicou Mello.
A HRT também montou uma pequena empresa de aviação, a Air Amazônia, para fazer o transporte dos funcionários e máquinas por meio de uma frota com onze helicopteros e três aviões. Até o fim do ano, a Air Amazônia pretende abrir linhas de vôo entre Coari, Tefé e Carauari e a capital do Estado e no futuro explorar a aviação regional.
No campo ambiental, o grupo HRT firmou parceria para investimentos da ordem de R$ 24 milhões em projetos de desenvolvimento sustentável no Amazonas. Os recursos são oriundos do programa “Barril Verde HRT”, que prevê um fundo com recursos oriundos do recolhimento de R$ 1 para cada barril de petróleo comercializado pela empresa.
Os recursos desta contribuição da HRT serão investidos no Fundo Permanente da FAS. A importância possibilitará o crescimento do Programa Bolsa Floresta para aproximadamente oito mil famílias. O Programa Bolsa Floresta investe em ações voltadas para a redução do desmatamento e melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas residentes nas unidades de conservação estaduais do Amazonas.
Segundo Mello, a companhia está em contato com uma cooperativa de costureiras em Carauari para a fabricação de todos os uniformes dos funcionários da HRT.
Para o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, é fundamental que as indústrias de petróleo sejam catalisadoras de processos de desenvolvimento sustentável, por ser um setor que tem grande viabilidade econômica para contribuir com este movimento.
Parte dos recursos, de R$ 4 milhões, será aplicado de imediato na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, no município de Carauari (a 702 quilômetros de Manaus). Dividido em dois aportes de 50%, em 2011 e 2012, o recurso será direcionado ao Programa Bolsa Floresta e aos programas de apoio, voltados à produção sustentável, educação e saúde das populações extrativistas da reserva. Segundo o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, os investimentos na reserva, localizada na calha do Rio Juruá, priorizarão a geração de renda sem a degradação do meio ambiente.
Os demais recursos a serem investidos pela HRT, provenientes da receita com a venda de petróleo, serão destinados ao Fundo Permanente da FAS, responsável pelo financiamento do programa Bolsa Floresta. Até 2013, a empresa estima destinar R$ 20 milhões para o fundo. “Este benefício excedente irá possibilitar a ampliação do programa social para mais oito mil famílias extrativistas”, afirma Virgílio Viana, ressaltando que a iniciativa é pioneira no mundo ao prever o uso sustentável do petróleo, mantendo a floresta preservada.
Com os aportes da HRT no Fundo Permanente, gerenciado pelo Bradesco/BRAM, a empresa se torna mantenedora da FAS, ao lado do Governo do Amazonas, Banco Bradesco e Coca-Cola. O Fundo Permanente conta atualmente com R$ 65 milhões. Os rendimentos anuais da aplicação desse montante financiam, ad eternum, um dos quatro componentes do Bolsa Floresta: o Familiar. Esse componente e os outros três (Renda, Social e Associação) do programa recebem aportes de R$ 1.360,00 por família por ano. O Programa Bolsa Floresta investe em ações voltadas para redução do desmatamento e melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas residentes nas unidades de conservação estaduais do Amazonas.
A secretária estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Nádia Ferreira, elogiou a iniciativa da HRT e defendeu a criação de uma lei que determine a obrigatoriedade de empresas produtoras de petróleo em investimentos compensatórios na região, voltados para ações socio-ambientais.

Fontes: Portal Amazônia, Jornal Diário do Amazonas, Blog do Ronaldo Tiradentes, Radio CBN/Rio, Site da HRT.

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