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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Biodigestor: Uma Boa Solução Termo-Ecológica

Informações do Portal G1

A combinação de engenharia criativa, necessidade legal ou temporal e instinto de preservação faz sempre muito bem à humanidade. É só ver os casos registrados na história. É o caso de Usinas de Compostagem e Tratamento de Lixo com aproveitamento para geração de energia.

Não há que se criar espectativas de que seja a panacéia e a solução para o fim do mundo, mas é um caminho de razoável possíbilidade de sucesso.

Lixo é um problema para todas as administrações municipais do mundo. No Brasil são produzidas cerca de 200 mil toneladas de resíduos por dia. Foi aprovada uma Lei Federal, vigorando desde 2010, que proíbe o funcionamento de lixões nas zonas urbanas a partir de 2014 e obriga as cidades a criarem aterros sanitários.
Tá, isso é muito legal, mas as grandes metrópoles não têm espaço para aterrar de forma adequada as toneladas de lixo geradas diariamente.
Uma boa saída é a implantação de usinas térmicas que usam lixo como fonte de gases combustíveis foi iniciado em caráter experimental há algum tempo na Europa e começa a ter os primeiros resultados positivos. A tecnologia prevê o tratamento e recuperação de energia do lixo orgânico, separar o que for reciclável e queimar o que não pode ser reaproveitado, transformando em luz elétrica.
Ainda existem muitas dúvidas sobre a adequada segurança de que não haverá danos à saúde ou ao meio ambiente, posto que persiste uma polêmica quanto à emissão de gases gerados a partir da queima dos resíduos, que por serem, em sua maioria, derivados de metano (causador de efeito estufa) ou gerarem dioxinas (cancerígenos) podem ter efeito colateral devastador. Seria portanto necessário o desenvolvimento e instalação de um grande aparato de filtros e catalizadores. Outro problema seria a acomodação no tratamento dos resíduos e a diminuição na reciclagem, já que tudo pode ser queimado.
Vem sempre à tona o fator CUSTO. A diferença de preço por tonelada entre o atual processo e o aproveitamento energético ainda é absurda e as cidades não teriam recursos para pagar por isso. Estima-se que o processamento atual do lixo custe alguma coisa como R$ 60,00 por tonelada enquanto a operação da usina ficaria em torno de R$ 210,00.
Potencialmente, cidades com população próxima ou acima de 1 milhão de habitantes seriam propícias para receber uma usina térmica baseada no lixo, e algumas cidades do interior de São paulo já receberam licenças provisórias para desenvolver os projetos. Em Santo André discute-se com a população a instalação de um complexo e São José dos Campos, no interior paulista, abriu para consulta pública o pré-edital do projeto. Existem ainda estudos avançados para a instalação de uma usina no litoral.
Os complexos brasileiros funcionariam com técnicas mistas, ou seja, haveria geração de energia pelo lixo orgânico e pela queima de resíduos contaminados. A implementação seria por meio de uma parceria público-privada.
O lixo orgânico, considerado úmido, passaria por um processo chamado Digestão Anaeróbica (parecido com a compostagem), em que o gás metano liberado na decomposição seria transformado em energia por queima. Para a outra parte, a incineração, seria o destino dos resíduos que não podem ser reciclados.
Veja no infográfico a seguir um diagrama esquemático do funcionamento das duas etapas.
Na figura que abre este post, apresentamos uma solução muito boa para o fornecimento de combustível para essas usinas. No estágio atual do (des)governo dos petralhas e de seus asseclas alugados, o suprimento do estoque de produtos destacado na carroceria do caminhão-compactador seria quase inesgotável, pela situação de impunidade que cerca a gang.

Cabe a nós trabalharmos para queimar esse mal e fazê-lo tornar-se um bem para a sociedade.

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