Não falei AQUI que era mentira do dotô sinistro Mercadante? Muito mais competente que eu, Toinho de Passira disse em seu blog com mais detalhes. Leiam que riqueza.
O improvisado Ministro da Ciencia e Tecnologia, Aloizio Mercadante, esta prestes a se tornar verbete do Guinness por excesso de fanfarronice: espalhou que os chineses da Foxconn iriam investir no Brasil US$ 12 bilhões e gerar 100 mil novos empregos, mas esqueceu de combinar com eles. Depois do impacto inicial os analistas, comentaristas econômicos e a própria empresa estão perplexos. A verdade é que Mercadante se superou. É bem verdade que Dilma teve um encontro com Terry Gou, o fundador da Hon Hai, controladora da Foxconn, onde se reuniu com o presidente da multinacional fundada em Taiwan e que concentra suas operações na China, mas o resultado da conversa em nada concretiza o alardeado pelo eufórico e precipitado Mercadante. Segundo o comentarista do "The Wall Street Journal", Jason Dean, a holding Hon Hai, controladora da Foxconn, claramente, “foi pega desprevenida”, com o anuncio sensacionalista divulgado no Brasil e espalhado pelos quatro cantos do planeta. Na verdade ao que parece, o Ministro confundiu e alardeou, na melhor das hipóteses, uma vaga intenção como um fato consumado. Nada nem de longe parecido com as declarações do falastrão Mercadante . Aqui no nordeste chamamos esse tipo de "bucho de piaba". Não existe nada de concreto de que a Apple e a Foxconn vão produzir o computador tablet iPad no Brasil, por enquanto. O ministro improvisado afirmou aos jornalistas num sonho delirante, de que até o final de novembro já estaria no mercado os primeiros tabletes produzidos no Brasil, pela Foxconn. A produção de iPads deveria começar a ser feita com a estrutura que a Foxconn já mantém no país, a partir de componentes importados. No delírio de Mercadante os investimentos da Foxconn poderiam gerar 100 mil novos empregos no Brasil. Fosse verdade, estariamos com um problemão: teriamos de no períod de cinco anos, especializar essa multidão de técnicos e pelo menos 20 mil engenheiros da área de eletronicos, apta a assumir esses fictícios postos de trabalho. Kenneth Rapoza, no seu Blog especializado em questões dos países emergentes, no portal da revista Forbes, vai direto ao ponto dizendo que “Mercadante, um ex-senador e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, é conhecida por exagerar.” Vejam como saiu a nota da Foxconn sobre o assunto: “O Brasil é um país rico em recursos naturais, com um enorme mercado consumidor e tremendo potencial de desenvolvimento econômico. Está também estrategicamente posicionado para atender às necessidades de mercados crescentes na América Latina. “ Guiados pela estratégia de "estar onde o mercado está", temos há muito estudado oportunidades de investimento no Brasil. Estamos no momento no processo de explorar oportunidades nesse importante mercado e realizar uma análise substantiva do ambiente geral de investimentos do país”. Em relação à confirmação de quaisquer projetos de investimentos específicos, a política da Foxconn é de apenas fazer um anúncio depois de receber as devidas aprovações do conselho de administração de nossa empresa e de quaisquer autoridades cabíveis”. Repórteres da Reuters, depois de lerem o comunicado oficial da Foxconn, concluiram que o texto, como se viu, “ não forneceu quaisquer detalhes ou a confirmação de investimentos estrangeiros diretos de qualquer magnitude para o Brasil no futuro próximo.” – comenta ainda Kenneth Rapoza, no Blog da Forbes.
O complemento do texto de Toinho pode, e deve, ser lido AQUI.
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