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terça-feira, 19 de abril de 2011

Será Que Tem Manual de Instruções do Minha Casa, Minha Vida?



A transmissão de experiência desenvolvida ao longo do exercício de uma profissão ou atividade àqueles que estão iniciando, é de uma nobreza inigualável.

Por que falo isso. Porque passados mais de 50 anos da Revolução Comunista de 1959, os cubanos poderão comprar e vender seus imóveis.

Você acha bobagem? Claro que não. Fica reconhecido que alguém é dono de algo, que não seja o onipresente estado dos Fidéis.
Até hoje, só era permitido passar propriedades para os filhos ou trocá-las através de um sistema complicado e muitas vezes corrupto.
Num decisão foi tomada, eu diria, de forma até surpreendente, no primeiro congresso do Partido Comunista de Cuba realizado em 14 anos, que busca revitalizar o sistema político e econômico no país.
O mano herdeiro Raúl Castro alertou que a concentração de terras não será permitida, mas nenhum detalhe do novo sistema foi divulgado.
Também fica decidido que altos cargos políticos serão limitados a dois mandatos de apenas cinco anos e prometeu o "sistemático rejuvenescimento" do governo.
Claro que tal atitude teve o dedo forte do imorrível ex-presidente e líder da Revolução de 1959, Fidel Castro, que apoiou as mudanças.

Tá...Mas o que isso tem a haver com o PAC?

Porque na contra-mão do que se faz pelo mundo afora, e agora até em Cuba; nosso (des)governo insiste em ampliar o estado em todas as áreas, inclusive sobre as empresas privadas (vide caso da VALE) e fazer do gigantismo da presença oficial uma "marca de governo".

Programas assistencialistas e eleitoreiros, empresas estatais que não servem prá nada, milhares de cumpanhêrus contratados sem concurso e com clara intenção empreguista, ministérios a dar com o pau e mais um monte de penduricalhos.

O tal Minha Casa-Minha Vida é uma enorme farsa. O que foi vendido é fortemente subsidiado até prá quem não precisa. O que foi doado, a maioria, foi construído sobre terrenos instáveis, inadquedos e irregulares.

Pipocam país afora casos de superfaturamento, uso de mão de obra escravizada, qualidade deplorável de materiais aplicados, falhas de construção, rachaduras e trincas, obras inacabadas e mesmo assim entregues, e mais um monte de falcatruas. Sem falar na diferença brutal entre promessas de campanha e quantidades efetivamente entregues; num flagrante estelionato eleitoral.

Tomara que o cumpanheiro Raul não peça o Manual de Operações do Minha Casa; Minha Vida, senão vai começar errado seu programa.

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