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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sobre Realidade e Fantasias

Já tratamos AQUI da falácia dos aeroportos a não serem concluídos para a Copa de 2014, baseados em informação do IPEA.

Sairam rapidamente em defesa do (des)governo o Paulo Boca de Caçapa Bernardo, Giba Carvalho e Miroca Belchior, entre outros que desqualificaram o funcionário do instituto que trato da informação divulgada, e que reiteraram a total possibilidade de "concluir" estas e outras obras.

Ontem em 10 dos 10 maiores jornais ou blogs de respeito desse país se tratava dos equipamentos de mobilidade urbana: ruas, avenidas, transportes coletivos, estacionamentos, etc. Claro que as coisas citadas o são por um sensato que nem o índio aqui, pois o que se vê Brasil afora é Monotrilho, metrô subterrâneo e de superfície, Bus Rapid Transit, elevados, grandes auto-pistas e outras concepções megalômanas dos governantes dos três níveis executivos e, por que não dizer, legislativos. E o falatório de todos se resume sempre a berrar que é preciso reduzir rigores nas licitações.

Para quem já desperdiçou quatro preciosos anos em que se deveria ter tocados licitações, licenças e obras, visando colocar as providências pensadas em prática e quase nada fez até agora, a solução anunciada é só uma: relaxar (ou mesmo acabar) a fiscalização, tocar e aprovar licitações e contratos sem nenhum rigor técnico e administrativo e (a parte que mais gostam) abrir as portas dos cofre do erário para que o Mundial, e as olimpíadas também - já que é prá roubar que nem doido, transformem-se numa farra de desperdício e ladroagem de dinheiro público.
Até o sinistro das Cidades, Mário Negromonte, disse ( deve levar um esporro da governanta por isso) que seis das doze cidades-sede estão com atrasos nas obras de mobilidade urbana. Ele tá é com pena. Eu diria 12 de 12.

O ministro não citou quais municípios estão em situação mais grave, mas assegurou que a pasta tentará acelerar as construções para garantir boas opções para o público durante o evento. “Temos a responsabilidade de levar o torcedor até a catraca”, disse.

Claro que passado o lare-lare inicial mandou o clássico "é preciso desburocratizar "o processo de licitação. “Temos que diminuir os gargalos e simplificar normativas, procedimentos e a burocracia para que possamos avançar”, insistiu.

Na opinião de Negromonte, a flexibilização das regras não vai necessariamente encarecer obras e facilitar irregularidades. “Pode-se simplificar sem perder de vista a lisura e o padrão de seriedade e de ética. Queremos a obra pronta sem passar por cima das leis, e o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União vão fiscalizar”, afirmou.
Já passamos da metade do tempo entre a definição da copa e sua efetiva realização. Ou seja: se não fizemos quase nada até agora, não será daqui prá frente que faremos.

Mas a roubalheira vai se multiplicar, pode ter certeza.

O Coronel do Blog tem uma campanha prá mandar a Copa prá Londres. Passe lá no Blog Dele e assine a petição On Line. É uma excelente forma de se manifestar contra.

Na época da escolha do País e das Cidades-Sedes, o cacique foi totalmente contra. Na época não usava twitter nem facebook, mas toquei o pau por e-mail. Não será agora que vou por o pé no freio.
Leia AQUI a visão de especialistas em grandes obras, numa audiência pública na Câmara dos deputados; AQUI o que publicou Reinaldo Azevedo e AQUI o que publicou Augusto Nunes.

Um comentário:

Pfuime disse...

Prefiro que a FIFA cancele a copa no BR o quanto antes e escolha outro país-sede,mas não por causa de vergonha internacional e sim para que a roubalheira da construção dos estádios e demais infra-estrutura associada acabe por falta de motivo.
Parabéns Cacique!