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domingo, 20 de fevereiro de 2011

E Não é Que O Vassourão Saiu Mesmo?

Dona deelma recebeu um mimo da Embraer. Desde quinta-feira (17), foi "emprestado" pelo fabricante um avião novo, modelo Lineage 1000, o maior e mais versátil dos jatos da empresa e, claro, o mais caro, coisa de US$ 50 milhões.
Trata-se de uma customização da aeronave de série originalmente para 122 passageiros mas, nessa versão de uso privado, foi limitada sua capacidade para 19 pessoas.
No afã de justificar a "gentileza", a Aeronáutica informa que o uso do avião “não acarretará novos custos financeiros” para o governo, já que a aeronave, é “de propriedade da Embraer” e foi cedida à FAB, que a utilizará “temporariamente”; pois o new vassourão vai ser usado enquanto os outros dois aviões que servem à presidência estiverem passando por manutenção programada.
São aquelas duas unidades modelo EMB-190, adquiridos sob a batuta do EX e que a FAB usa nos vôos presidenciais dentro do Brasil; embora seja perfeitamente possível usar o avião em deslocamentos internacionais, pois o Lineage tem autonomia para cobrir, sem escalas, por exemplo, trajetos como Brasília-Nova York ou São Paulo-Miami.
O novo avião foi entregue já caracterizado no hangar do GTE (Grupo de Transporte Especial) da Aeronáutica, com o prefixo FAB 2592.

Pelo vídeo de demonstração da Embraer, o jato dispõe de muitos itens de requinte, luxo e conforto; visto que além da versão para voos comerciais, seu público-alvo são as grandes corporações e os magnatas mundo afora.
Nesta configuração, dispõe de cinco ambientes internos, com sala-de-estar, de reunião, de refeições e uma suíte equipada com cama, armários e ducha.
Entre os modernos sistemas de comunicação interna e externa, o avião permite acesso à internet com rede WI-FI.
Se quiser, dona deelma poderá fazer sua preparação pré-pouso sem problemas, pois o compartimento de bagagem é pressurizado e permite o acesso às malas em pleno vôo.
Sobre sistemas de defesa não se pode comentar por questões de segurança, mas sabe-se que há possibilidade de ter um canhão a bordo.
Para um cliente como a Presidência, não deixa de ser um agrado até inteligível, posto que não se pode ter melhor propaganda que a própria presidente usá-lo e as milhares de fotografias que dele serão feitas.
Resta saber se ela vai abdicar do luxo depois de tê-lo experimentado.
Fontes: o Estado de São Paulo, A Folha de São Paulo, Embraer

2 comentários:

Marcos Pontes disse...

Só vejo duas atenuantes nesse negociozinho escuso: 1. O jato é de fabricação nacional, ao contrário do Vassourão I. Por que gastarmos zilhões em jatos estrangeiros se fabricamos jatos que podem ter o mesmo uso:; 2. A presidência usando o jato pode ajudar a promover a venda do avião mundo a fora. O resto é usar o erário como conta bancária privada.

Ajuricaba disse...

Sem dúvida Marcos. Isso até citei. Sou fãzaço da Embraer e entendo que todas as nossas aeronaves deveria ser dela. Endosso a parte de marketing do "empréstimo" como falei no texto.