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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Padilhando e Andando

Olhem bem a cara dessa figura...
Alexandre Padilha, sinistro da saúde do Brasil. Aquela saúde que beira a perfeição segundo palavras do EX.

Pausa para informação relevante: a epidemia de dengue no Amazonas é de uma magnitude nunca vista. Já foram registrados quase 12.000 casos e 9 vítimas fatais comprovadas, sem contar aquelas não computadas por incompetência dos orgãos de atendimento público.
O alcance da infecção atinge a capital e mais de 50% das cidades do interior. E estamos falando de distâncias da ordem de 1.500 km, onde não existe estradas e os deslocamentos dependem de lentos barcos ou aviões e helicópteros. As tropas e equipamentos do exército, marinha e aeronáutica são de fundamental importância na ações de tal envergadura.

Continuemos.
Este cidadão programou uma visita a Manaus em janeiro e cancelou, com a alegação de que havia recebido de dona deeelma a missão de prestar assistência aos atingidos pela tragédia na serra fluminense. Acontece que ninguém viu o indivíduo por lá. Desapareceu como wally.
Semana passada essa criatura mandou o governador convocar uma reunião com todos os envolvidos nas diversas áreas da administração, marcando o encontro para esse domingo pela manhã. Tudo bem que em emergências todo dia é segunda feira, mas a prepotência de marcar uma reunião dia de domingo e chegar em cima da hora parece coisa de quem quer aparecer.
O tal do Padilha chegou num jatinho e encontrou o governador, prefeitos da capital e interior, secretários estadual e municipais de saúde, oficiais das três armas, parlamentares estaduais e federais e mais um monte de gente esperando por suas ações e deliberações firmes, ágeis e decisivas.
Os sorrisos logo se esvaíram quando sua inçelença anunciou o montante de verbas a serem liberadas: R$ 3 milhões.
O governador quase pula no pescoço dele, segundo fonte confiável. Chegou a chamar de esmola.
Visivelmente constrangido, o @padilhando ficou falando um monte de abobrinha por 3 horas, almoçou num restaurante chique, "muntou no seu besourão de aço" e foi cantar em outra freguesia.
O programa emergencial para o combate à dengue no estado prevê recursos da ordem de R$ 50 milhões, incluindo as necessidades das forças armadas para tropas, aviões, helicóperos e navios; aquisição de veículos, termo-nebulizadores e outros equipamentos de campo, aquisição de medicamentos e veículos de exames de laboratório, treinamento de agentes estado afora, identificação de focos não visíveis em primeira aproximação, coleta e tratamento de lixo e outros contaminantes, etc, etc.
Com as informações que cito acima sobre as dimensões continentais do Amazonas, dá prá ver que "3 conto" não dá prá nada.
Cabe destacar ainda que, durante a campanha, quando o caboco Padilha era coordenador político e babá de dona deelma, esteve aqui durante uma época em que acontece o fenômeno chamado de "terras caídas", o desbarrancamento das beiradas de rios por conta das vazantes. É uma tragédia prevista mas que exige muitos recursos para relocação de instalações de muitas cidades do interior. Prometeu o nego e o cachimbo e fez a maior votação proporcional da governanta no Brasil.
Quando o governador foi atrás da grana, o sinistro só disse HEIN? E lá voltou o Omar com o saco vazio.
Só mais um detalhe: o médico infectologista Alexandre Padilha fez cursos de pós-graduação e residência de especialização na Fundação Instituto de Medicinal Tropical de Manaus, centro de referência mundial na área de doenças infcto-contagiosas tropicais, como diz o próprio nome e portanto, deveria conhecer muito bem nossas dificuldades.
Mas vamos esperar que morram mais algumas dezenas e alguém se mexa para acabar com a epidemia.
Fora isso, só nos resta rezar pelos mortos.

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