Na quinta feira passada (17/02) publicamos AQUI nossa interpretação das cenas dantescas ocorridas na Câmara Federal quando do atropelamento promovido pelas hordas do governo pra aprovar a ridícula e ilegal regra de determinação do salário mínimo num valor de referência inicial de R$ 545,00 e, a pior parte, definí-lo por decreto nos próximos 4 anos.
Com vantagens não inferiores a 35 votos, o rolo-compressor da trupe alugada aprovou na sequência o valor que queriam, recusou duas emendas de valores superiores e ratificou a proposta do palácio do planalto de governar por decreto.
Repetiram-se em escala proporcional a subserviência e genuflexões, os pronunciamentos patéticos e mal engembrados eivados de agressões à gramática, mudanças de posições históricas de alguns personagens do circo e violações a lei, regras e regimentos; já acontecidas na Câmara Federal.
Da mesma forma restaram algumas brilhantes, destemidas e preparadas participações.
Não pretendo fazer um resumo da sessão senao o pateta passo a sereu, mas cabe citar o embate doa senadores Itamar Franco(MG) e José Sarney(AP), quando o primeiro se colocou em posição de total igualdade representativa na história política do país e fez ver ao prepotente Ribamar que ele é um pulha cheira-calçola que se prestava a transgredir o Regimento Interno da casa para favorecer os governantes. Também coube a Itamar colocar o líder profissional de governo Romero Jucá(RR) numa sinuca de bico ao lhe questionar sobre como seria distribuída a generosa quantia de R$ 545,00 para as despesas básicas de uma família como prevê a Constituição da República.
As defesas da inconstitucionalidade da delegação de poderes concedida para que o poder executivo passe a decretar os valores do SM nos próximos anos feita pelos senadores Demóstenes Torres(GO) e Pedro Taques(MT), juristas experimentados, foi algo de emocionante, elogiável e dignas de registro.
Os senadores do PSOL Randolphe Rodrigues (AP) e Marinor Brito(PA), embora estreantes no senado, fizeram muito boas defesas de suas posições contra o absurdo da delegação de créditos decisórios ao palácio do Planalto.
Uma surpresa desagradável promoveu a senadora Kátia Abreu(TO). Fez um pronunciamento desancano o EX e desmistificando a posição de deus que vem tentanto vender ao mundo juto com seus asseclas, mostrando seus desmando e desatinos por todos os 8 anos de seu (des)governo e ao final defendeu dona deelma e disse que ela assumia uma herança maldita e votou como abstenção pela aprovação do valor pretendido pela filial da Caterpillar.
O apogeu da bizarrice foi perpetrado pelo bonitão das Alterosas, Aécio Traíra Neves, o senador que se inscreve para um pronunciamento, após ser encerrada a votação e para falar sobre a influência da esquisofrenia na decadência da cultura grega na Etiópia. Mais ou menos como se um atacante entrasse em campo após o apito final para ficar treinando penaltis. Ridículo.
Resta aos brasileiros que se preocupam com o que acontece no país, ao contrario daqueles que neste momento se preocupam em comprar fantasias, abadares e camisetas de bloco, acompanhar o questionamento que será feito pela oposição(???) junto ao STF, ao menos no que se refere à possibilidade de governar por decreto.
Aguardemos e fiquemos mobilizados.
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