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domingo, 7 de novembro de 2010

Herança Maldita?

Daqui a oito semanas, mais precisamente num sábado, 1º de janeiro (veja contagem regressiva ao lado), Noço Líder Lula vai passar para Dilma Rousseff a faixa presidencial.
Bom, sadio e democrático.
Mas junto com a festa da posse vem uma conta bilionária a ser paga no primeiro ano do novo governo.
O tamanho exato do rombo ainda não está bem definido e somente será conhecido em janeiro. Mas sabe-se, por exemplo, que, se o presidente decidisse não gastar mais um único centavo em novos projetos a partir desta segunda-feira - o que é absolutamente improvável e impossível -, deixaria uma herança de R$ 50,7 bilhões em débitos a pagar no Orçamento de 2011, apenas por obras e serviços já encomendados (construção de habitações, barragens, postos de saúde, manutenção de estradas, etc).
Essa pequena conta pendurada até a semana passada já é maior que a soma dos investimentos em obras (R$ 43 bilhões) no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstos para o ano que vem, e nada mais é que o resultado de uma gastança desenfreda feita por Lula com o devido conhecimento de Dilma, que conduziu o PAC quando chefiava a Casa Civil.
É, principalmente, a demonstração de um governo que primou pela expansão de uma grande máquina burocrática, que ele mesmo consolidou com a acomodação de milhares (falam em 150.000) de cumpanherus em bocas, boquinhas e bocarras do serviço público federal, incluindo as estatais.
Se fosse recebido de outro, seria uma Herança Maldita.

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