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segunda-feira, 13 de junho de 2016

A Delação de Vaccari


A VEJA desta semana traz a informação que o prisioneiro federal João Vaccari vai fazer acordo de delação premiada. 
Num primeiro momento, é coisa pra soltar foguete; considerado a hipótese de um tesoureiro com muita influência nas decisões do partido tem muito o que contar e sobre peixes grandes, posto estar por dentro do que aconteceu nos bastidores das campanhas de loola e deelma.
Mas essa repentina coragem pode ser revertida com a lembrança de um nome: Celso Daniel. No sábado o careca da vez recebeu uma delegação de parlamentares do PT e, na saída, o deputado e líder do PT na Câmara, Afonso Florence, saiu mais calmo, acreditando que Vaccari pode prestar "depoimentos calculados" e "detonar explosões com efeito controlado" para provar a "ilegitimidade" do governo do marido da Marcela. Seria o caso do PT se livrar, de uma vez só, da dentuça e do maridão; ficando livre para habilitar o populismo do 9 dedos para se candidatar para "restaurar a moral e o respeito" no Brasil.
Só que tem duas coisa contra, como disse Felipe Moura:  
Primeiro; Janot já recomendou ao STF que a denúncia contra Lula pela tentativa de comprar o silêncio de Cerveró via Delcídio, já seja transferida para dr Sergio, e a prisão dele precisa ser rápida senão corre o risco dele ser eleito antes de ser preso, e tentar melar a Lava Jato com o eventual auxílio de outros políticos investigados.
Segundo, é que o ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes, já apontou jurisprudência capaz de livraro maridão. Quando Otomar de Sousa pinto, ex-governador de Roraima, estava sendo julgado por crime eleitoral, morreu durante o processo; mas o vice que assumiu o cargo acabou inocentado, porque o tribunal entendeu que o responsável pelas contas é o titular da chapa.
Neste caso, a não ser que a delação de Vaccari comprometa diretamente Temer, ele sobreviveria à cassação de Dilma, terminando o mandato e obrigando o PT a esperar as eleições de 2018.

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