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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Cordelando 121: Visitando Uzianquis


Engolindo a arrogância,
Marca que sempre ostentou.
Deelma foi pedir ajuda,
E pruzistêites avuou.
Levou 90 pessoas,
Uma grande comitiva.
Pra tentar vender o peixe,
E gerar alternativa.

Até o pobre Levy,
Padecendo do pulmão.
Foi num voo separado,
Mas não negou fogo não.
Precisava demonstrar,
O que ninguém mais acredita.
Que o Brasil tem bom futuro,
E que ela é carmelita.

Mas na hora de avuar,
Surgiu grande confusão.
Depôs Ricardo pessoa,
O líder do petrolão.
Disse que deu sim a grana,
Pra ajudar na eleição.
E que a fonte era mesmo,
Vinda da corrupção.

Enrolou Edinho e Merca,
Que acabaram não embarcando.
Pois ficaram com Cardoso,
A imprensa enrolando.
O jeitão foi o de sempre,
Com a cara bem normal.
Néga e fica indignado,
Diz que vai no tribunal.

Difícil de se dizer,
O que causou mais quizumba.
A entrevista coletiva,
Ou o time de seu Dunga.
Nas duas só latumia,
Raiva, indignação
Nas duas deu-se o vexame,
Envergonhando a nação.

Mas foi-se embora assim mesmo,
Primeiro a grande cidade.
Ficou na cara suite,
Longe de ser um abade.
Queria dar pedalada,
No parque logo ali em frente.
Com medo de ser vaiada,
Acatou ordem do agente.

Depois foi na capital,
Jantar com o governante.
Ficou bem acomodada,
Na casa de visitante.
Curiosa até no nome,
Combinando com o forfait.
Casando com a expressão,
De ser a Bruxa de Blair.

Cruzando de leste a oeste,
Se mandou pra Califórnia.
Terra de ondas maneiras,
Do cinema e da história.
Foi visitar o seu Google,
Que muito lhe encantou.
Disse voltar do futuro,
Quando no carro amuntou.

O bicho andava sozinho,
Comandado a distância.
Igualzinho ao Brasil,
Que segue sem governança.
Só que o carro segue reto,
No caminho escolhido.
Nosso país tá uma zona,
Vivendo grande perigo.

Mas não pense que foi fácil,
Que tudo flores pintou.
Pois na porta do hotel,
Panelaço escutou.
Teve vaia, teve berro,
Nêgo pra Cuba mandou.
E a polícia dizistêites,
Tudo apenas escutou.

Já de volta pro Brasil,
Susto da poha levou.
Já que sua aprovação,
Lá pra baixo despencou.
Chegou abaixo de dez,
E no nove estacionou.
Empatando com a inflação,
Que igualzinha ficou.

Um comentário:

CHUMBOGROSSO disse...

Caro, amigo e Cacique

Nos meus 55 anos de militância política, jamais havia visto o Brasil tão cabisbaixo e humilhado por conta e ordem dos "políticos", que aí estão.
Dizem que não há bem que sempre dure e nem mal que nunca acabe, mas nós que temos "mais gordura" para esperar os "bons tempos" já começamos a emagrecer.
Imagino os brasileiros menos afortunados, que nós e penso: Para eles só falta perder a vida.

Esta situação não merece um cordel debochado da minha parte, como é de costume, mas tão somente LÁGRIMAS AMARGAS.