Read In Your Own Language

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Protesto Brasileiro Estampado em Jornal Italiano


O jornal La Stampa de hoje dá conta de um protesto encabeçado pela Associação Brasileira das Vítimas do Amianto e endossado pelos parentes das vítimas de Casale Monferrato, uma série de outros sindicatos e cientistas como o epidemiologista Benedetto Terracini, contra a presença oficial na Rio+20 de Stephan Schmidheiny, dono da multinacional ETERNIT, fabricante de peças de cimento-amianto.
Os termos são "Pedimos às Nações Unidas, as autoridades internacionais, chefes de Estado e de Governo, à Presidente do Brasil Dilma Rousseff, para declarar Stephan Schmidheiny" persona non grata "na Conferência" Rio + 20 "
Pardoxalmente, Schmidheiny é um dos fundadores do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. É também um benfeitor e filantropo, que criou a Fundação Avina para apoiar projetos ambientais e sociais na América Latina. Mas é também o ex-proprietário da Eternit, a multinacional fabricante de cimento-amianto, que em 13 de Fevereiro pp, o Tribunal de Turim (Itália) condenou a 16 anos de prisão por causar um desastre ambiental por má conduta permanente e intencional de falta de precauções de segurança. Se fossem implementadas, estas medidas poderiam proteger as vidas dos trabalhadores e das populações locais de conhecidos os riscos de morte por exposição ao amianto, reconhecido internacionalente como cancerígeno e, segundo a Organização Mundial de Saúde, responsável pela morte de mais de 107 000 pessoas por ano.
Entendem os autores que é surpreendente que devam lembrar ás Nações Unidas tais fatos ", Schmidheiny foi condenado por causar um desastre ambiental, e que por isso deveria ter sido barrado na participação neste importante encontro para preparar um plano e discutir formas de proteger o futuro da Terra.
Na visão ds vítimas, Schmidheiny vem fugindo da condenação de Turim, tanto que durante uma década o magistrado Raffaele Guariniello vem determinndo mis investigações entendendo que ele está gastando milhões de Euros na estratégia do greenwashing, uma espécie de lavagem de crimes ambientais, com uma habilidade especial em desinformação e ambigüidade. Schmidheiny ainda opta por fazer "doações" para as vítimas, em troca da retirada das queixas na justiça, em vez da indemnização determinada pelos juízes
Taí a cara da figura. Se alguém encontrar com ele no Rio, dá uns tabefes por mim.

Um comentário:

opcao_zili disse...

Já que você está aí, fala para a figurinha refugiar-se aqui. O governo dá cobertura, principalmente a italianos. rsss