O IBGE informou na quarta-feira que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,36% em maio. Festa no galinheiro. Margarina vai na TV, jornais e blogs alugados; a ratalhada alardeia uma conquista superior à chegada do homem na lua ou a descoberta da penicilina, tia deelma se julga a maior governANTA do sistema solar.
Mas, como o valor surpreendeu os especialistas, que esperavam um número da ordem de 0,46%, alguém mais atento no mercado foi dar uma olhadinha com mais detalhes no súbito e inesperado milagre.
Mesmo com todos os grupos de preços apresentando variação a menor que a registrada em abril, deu prá ver que alimentação e bebidas e artigos de residência, afetados pela variações climáticas extremas e pela alta do dólar, tiveram alta. E forte.
Outra surpresa encontrada foi no setor de transportes, que passou de alta de 0,10% em abril para deflação de 0,58% no mês passado. E de onde veio a mágica? Quem acertar ganha uma mariola...Pensem um pouco antes de ver a resposta...Acertou quem disse da redução do IPI para automóveis novos, que acabou puxando para baixo o preço dos carros usados.
Prá contribuir, a alta no preço do cigarro, também foi estrategicamente antecipada para abril assim como o reajuste dos medicamentos.
Ainda no segmento transporte, o preço das passagens aéreas também caiu fortemente por causa da baixa temporada e a demanda por etanol está mais fraca; desiludidos e enganados os usuários com a falta e/ou alta de preços; além da entrada antecipada da nova safra de cana, o que reduziu os preços.
Pelo menos o IBGE destacou que o feijão carioca, que teve alta de 10,02% no mês e acumula aumento de 58,36% no ano, por causa da seca que afetou produções no Nordeste e no Paraná.
Mas os efeitos do dólar mais elevado fez-se sentir na alta dos eletrodomésticos, que passaram de uma deflação de 0,90% em abril para alta de 0,45% em maio.
Margarina acredita que os números do IPCA abrem caminho para "novas reduções dos juros e expansão do crédito, permitindo ampliar os graus de liberdade para ter uma política monetária mais flexível" (SIC)
O pouco que estudei de macroeconomia no MBA, me deixa em dúvida se esta falsa queda dos preços pode se repetir por mais tempo.Neste caso, as otoridades que cuidam da grana terim que rever as decisões atuais.
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