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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cordelando 42: Copa Não Se Faz Com Hospital

Nessa tal de CBF,
Só tem rolo de montão.
Usando jogo de bola,
Enganando Zé Povão.
Prá esconder a roubalheira,
Que fazem lá há 100 ano,
Desde antes de ser penta,
Com Havelange mandando.

Parceirando com petralha,
Vislumbrou-se a armação.
Que fazer copa do mundo,
Rola grana de montão.
Assinando compromisso,
9 dedos no governo,
Copa 2014,
Ia ser um grande enredo.

Mesmo com a empulhação,
Feita pelos governantes.
Muita gente do povão,
Reclamou igual gigante.
Estádio prá todo lado,
Até se time não tem.
Como faz prá encher depois,
Onde não vai dar ninguém?

Obras de mobilidade,
Aquelas do tal legado.
Não se fez nem os projetos,
Ficou tudo encruado.
E os dias se passando,
Aumentando a confusão.
E o povo perguntando?
Vai ser trem ou é buzão?

Tudo quanto é de resenha,
Dos esportes o programa.
Falando que tudo atrasa.
Óroporto, estrada e cama.
Quem vier cá no Brasil,
Prá assistir jogo da copa.
Vergonha nos causará,
O prometido é marmota.

Foram buscar a saída,
Usando nome famoso.
Procuraram numa lista,
Não se achou nenhum charmoso.
Se lembraram do gordinho,
Aquele do coringão,
Que já foi camisa 9,
No time da seleção.

Homem que fez muito gol,
Ganhou copa, campeão.
Capaz de enganar o povo,
Com a sua falação.
Mas no dia da entrevista,
Com o nome prá se ver,
Saiu-se com um vexame,
Registrado na TV.

Depois daquelas perguntas,
Combinadas de antemão.
Veio lá um jornalista,
Pegando de supetão.
Perguntou pelas tais obras,
Que depois se usaria,
A servir nossas cidades,
Só assim coisa valia.

O buchudo gaguejou,
Uma coisa bem normal.
Não sabia o que dizia,
Só lembrou do hospital.
Dizendo que pr'uma copa,
Aqui se realizar.
Em sala de cirurgia,
Ele não ia pensar.

Só danou-se o mundo inteiro,
Pois então se revelou.
Que o que fica da copa,
Num é prá mim nem pro senhor.
Um monte de elefante,
Concreto prá todo lado.
Que não vai servir prá nada,
Esquecendo o tal legado.

Parecendo brincadeira,
Dita por quem no passado,
Teve lá uma zinguizira,
Mas não ficou machucado.
Socorrido a contento,
Por habilidosa mão.
Mesmo que perdesse o jogo,
Não ficou seqüela não.

Sei que um monte de dinheiro,
Que se conta num relógio.
De trilhão já passou muito,
Só se ouve o falatório.
Não vai servir prá estrada,
Nem prá aeroporto não.
Nem prá trem, buzu, metrô,
Nem sequer prá educação.

Fica muito mais que claro,
O que há tempo se falou.
A tal da copa do mundo,
Muita gente enganou.
Só vai ficar roubalheira,
Obra findada é que não.
Um monte de conta grande,
Prá ser paga na nação.

Um comentário:

opcao_zili disse...

Meu amigo
Para nós, os brasileiros, essa será uma Copa de Triste Lembrança. Nada se aproveitará do que está sendo feito.Obras superfaturadas e mal feitas.Será um prejuízo danado.
Tenho mais medo é do Brasil 2015.