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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cordelando 15: O Escritório do Dirceu

Não faz nem uma semana,
Na revista arretada.
Mostraram uns retratinhos,
De uma corja da pesada.
Indo pr'uma reunião,
Com aquele camarada.


O sujeito que um dia,
Nomeou o procurador.
Foi o chefe da quadrilha,
No escândalo que passou.
Quando se distribuía grana,
Prá votar no que mandou.
Aquele dos nove dedos,
Que na cadeira sentou.


Pois não é que o Dirceu,
Nome pelo qual atende.
Instalou-se num hotel,
Que não é prá toda gente.
Tem mais estrela que o céu,
Porteiro lá é tenente.
Prá receber os que mandam,
Na nação de toda gente.


Teve lá o senador,
Presidente e deputado.
Empreiteiro e Servidor,
Gente vem de todo lado.
Prá falar com o senhor,
Do nariz bem alterado.
Desde que aqui chegou,
Se escondendo dos soldado.


Pergunto aquele que lê,
Essas frases que escrevo.
Quem que pode receber,
Gente em nome do governo?
Não será a governanta,
Ou ela só quer sossego?

Essa coisa de mandar,
Aqui no nosso Brasil.
Tá virando uma zona,
Como igual nunca se viu.
Uma hora é a dentuça,
Faxineira e serviçal,
Outra hora nove dedos,
aquele sujeito boçal.
E agora o meliante,
Exemplo do livro penal.


Minha santa Vó Alice,
Bem velhinha me dizia.
Panela que muito se mexe,
Ou ferve ou fica fria.
Muita gente põe o dedo,
Pensando que é normal,
Ou se insossa a comida,
Ou se exagera no sal.


O que se pode dizer,
Daquela tal reportagem.
Bom não havéra de ser.
Só me cheira a mutretagem.
Isso eu acho muito feio.
Dividirem o pudê.
Com o povo rodando no meio,
Só vai mesmo é se fud*


E ainda tem quem defenda,
Esse tipo de ensejo.
Dizendo que foi escondido,
Que filmaram o cortejo.

E que o repórter afoito,
Ainda teve o topete,
De pedir prá camareira,
Abrir o tal mequetrefe.
Prá ver o que tinha dentro,
Pois não teme quem não deve.


Nego pegou até santo,
Dizendo no parlatório.
Xingando a editora,
Por descobrir o escritório.
Onde corria de tudo,
Igual a confessionário.
Nego contando as fofocas,
Pro ômi igual um vigário.

Por aqui na minha tribo,
Não aceito isso não.
Prá conversório eu não ligo,
Num aceito corrupção,
Porque lugar de bandido,
É dentro de uma prisão.

3 comentários:

moimemei disse...

Querido Cacique
Sugiro a publicação imediata dos cordéis e sua distribuição nos lugares onde o desgoverno quer chegar primeiro com os tais programas regionais de rádio.
Pense nisto seriamente.

Bjs!

Sonia disse...

É uma boa idéia para o 7 de setembro...pense nisso!! ;))
Cada vez melhor, com certeza! :D

opcao_zili disse...

Parece que na capital é dentro de hotel também. CRÓEO