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quarta-feira, 29 de junho de 2011

INPA Vai Industrializar Outros Produtos da Amazônia

Matéria do Jornal A Crítica de 27/06/11 por Elaíze Farias

Postei AQUI sobre a industrialização de Matrinchã, um pescado da Amazonia ao estilo das sardinhas em latas, como consequência de pesquisas da Universidade Federal do Amazonas.

Pois as pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA também continuam a se materializar e ser realmente úteis aos pesquisadores, ao Instituto e à comunidade.

Quinze produtos serão patenteados e estão prestes a entrar no mercado, através de parcerias com a iniciativa privada. A coordenadora de extensão tecnológica e inovação, Rosângela Bentes, conta que o Inpa está “em negociação” com empresas candidatas e espera que os contratos sejam fechados ainda este ano. A instituição possui 61 produtos já registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e outros 43 depositados (pedidos requeridos e protegidos).
Como a negociação é sigilosa, não se divulgou os produtos que deverão ser industrializados, mas se adianta que são das áreas alimentícia, cosmética e fitoterápica. A certeza do benefício localizado vem do fato que a matéria-prima é exclusivamente da região amazônica.
Uma dificuldade é que as empresas ainda não têm aquela cultura de chegar ao Inpa e portanto a iniciativa deve ser do instituto.
Está em definição se o licenciamento será de forma exclusiva de cada empresa interessada ou não de forma a evitar a unicidade produtiva, o que será mais adequado.
Serão destinados cinco por cento dos royalties da comercialização dos produtos para a instituição de pesquisa, sendo que um terço vai para o contracheque do inventore outro um terço vai para o Núcleo de Inovacao.
O produto patenteado pelo INPA que chegou mais perto da industrialização foi a sopa desidratada de piranha. Uma tragédia, contudo, impediu que o projeto avançasse. O empresário interessado morreu no acidente do avião da Gol, em 2006.
Existem no "estoque" de idéias a se materializar produtos para profilaxia bucal, com formulação a partir de associações de plantas amazônicas, a pupurola (granola de pupunha), farinha de pupunha, bebida fermentada de pupunha, biocida orgânico (preservante de madeira em indústria de móveis), derivado semi-sintético para tratamento da malária, sutura saúva (mecanismo biônica a partir da formiga), este último já citado por nós AQUI.
Entre os próximos dias 4 e 8 de julho o Inpa promove o I Seminário Interno de propriedade intelectual como fator estratégico para a inovação na Amazônia com a meta de fazer um levantamento das pesquisas desenvolvidas no Instituto e com isso identificar novas tecnologias desenvolvidas no Inpa.
Tecnologia cabocla mais uma vez se revelando ao mundo. Eita região magnífica, principalmente ao se ver deixar de ser apenas bons estudos, mas oportunidade de negócios para nosso povo.

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