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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cordelando 20: O Mistério do Turismo

Essa semana foi boa,
Prá quem gosta de versejo.
Teve rolo no governo,
No atacado e no varejo.
Eu que nunca me embaraço,
Na hora de registrar,
Nem penso e logo já faço,
O cordel prá comentar.

Por enquanto vou falar,
Do velhinho até legal.
Que juntou sua moçada,
Prá fazer um bacanal.
Num motel no Maranhão,
A terra fenomenal,
E mandou a conta toda,
Pro congresso nacional.

Coisa pouca, 3 mil contos,
Dinheiro de tomar pinga.
Se não fosse o desaforo,
Nem se comentava ainda.
Botou culpa no assessor,
Esse ser abestadão.
De pedir o reembolso
E fazer a confusão.

O caboco fudedor,
Era então parlamentar.
Se fosse um congresso sério,
Confusão ia rolar.
Ao invés de se punir,
O Pedrinho safadão,
Arranjaram um ministério,
Mais que um prêmio, uma louvação.

A pasta foi de turismo,
Coisa de um bom futuro.
Motel, bordel ou hotel,
Diferença é o barulho.
Com a desculpa de que,
Vai que a copa chega já.
Um bocado de peão,
Começaram a treinar.

No estado situado,
Logo acima do Equador.
Que não é o Maranhão,
Mas Sarnei é senador.
Contrataram a escolinha,
Uns amigos do alheio.
Que sumiram sem remorso,
Com um bocado de dinheiro.

A polícia federal,
Organismo de valor.
Passou a régua geral,
Pouca gente escapou.
Claro que nesse país,
Juizado sem ação,
Logo soltaram os bandidos,
Nenhum deles é ladrão.

O velhinho foi ficando,
Com a benção do bigodão.
A dentuça engoliu,
Com medo da confusão.
Mas os caboco da imprensa,
Que caladinho fica não.
Logo acharam a empregada,
Paga pelo cidadão.

A mulé que trabalhava,
No AP do campeão.
Tomava conta das coisas,
Paga pela união.
Pois constava nos anexos,
Dos documentos de lá,
Que ela era açeçora,
Secreta parlamentar.

O rebuliço foi grande,
Movimentou o jornal.
Mas não era só aquilo,
Teve o desfecho final.
Pois Inda tinha a esposa,
Que com sua cara de pau,
Ainda usava o motora,
Prá andar na capital.

Teve foto teve tudo.
Contradição não há não.
Documento oficial,
Nomeando o cidadão.
Pro gabinete do outro,
Deputado bem legal.
Enquanto que ele andava
Com a mulé na capital.

Tiraram um bota outro,
Em ministério é assim.
Raríssimos são competentes,
Maioria coisa ruim.
Mas uma coisa que digo,
Nesse caso esquisitão,
Foi fazer o troca-troca,
Sem nenhuma criação.
Se tanto quem sai ou fica,
É deputado do Maranhão.

3 comentários:

Sonia disse...

É, desse jeito não ficamos devendo nada pra Roma do Calígula... ai, vergonha alheia... rsrsss

Regina Brasilia disse...

Ai, ai... malas sempre prontas, e malas sempre prontos!

Selma Buss disse...

Os 'cabocos' nomeados para o Turismo são tudo porcaria, não valem um tostão furado... Mas, o cordelista aqui é de primeira linha, sabe dar nomes aos bois (ou aos cabras safados) e às suas ações indecorosas.
Parabéns, Cacique!!

Gde abraço.

Selma Buss