Haddad: As Desculpas do Alcaide de Gaveta

Ontem foi divulgado o resultado do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) apurado por escola. Desculpem, mas o trocadilho é inevitável; E NEM bem os números mostraram mais uma vez a incompetência do (des)governo e o sinistro e prefeito em incubação Fernando Malddad, convocou uma entrevista coletiva para explicar os resultados.
Prá começar, ficou evidente que caiu a participação das escolas públicas entre as "tops" do Exame, mas, segundo Malddad, "não há dúvida" de que as instituições públicas melhoraram, mesmo não tendo sido divulgado, até o momento, o desempenho médio dos alunos do ensino público; constando apenas a média do desempenho dos concluintes do ensino médio regular --incluindo escolas públicas e privadas.
A conta de chegar feita pelo alcaide de gaveta se baseia no fato de que "a escola pública melhorou, não há dúvida. Caso contrário, as médias nacionais não teriam melhorado, uma vez que 88% da matrícula é de escola pública", disse o engomadinho. Mas, com a arrogância característica dos petralhas, afirmou que ainda falta fazer a "análise da distribuição desses alunos, para observar se o objetivo de redução da desigualdade foi atingido"; chegando a mostrar um mágico aumento no percentual dos estudantes com desempenho igual ou acima da média na prova objetiva: de 44,5% em 2009 para 47% em 2010. De onde ele tirou essa poha, só quem sabe é Deus.
O chute foi t~!ao mal feito que a té a governANTA ligou pro alcaide questionando os resultados gerais e por escola divulgados pela imprensa. Esporro levado com meiguice, Malddad tirou o dele da reta dizendo que "o tratamento dos dados não eram dele". O que se sabe é que dona deelma mandou chamar o sinistro na reunião de coordenação política, para explicar os resultados da prova. O que vazou é que foi energicamente orientado a se explicar, o que deve fazer com que ele fale no programa "Bom dia Ministro" desta terça-feira, o que não era previsto.
Já de olho no uso pela Martóxica dessa cagada, Malddad disse que não se deve "misturar as estações e que cumpre uma agenda concebida no plano de desenvolvimento da educação e que isso é uma obrigação do gestor público."
Com a soberba em alta, vociferou a criatura que tem certeza que o vestibular seja abandonado na próxima década em todo país.
No fringir dos ovos, os número mostram que a proporção de escolas públicas no grupo de elite do país sofreu leve queda (6%) entre 2009 e 2010 e a média nacional do desempenho dos alunos no exame subiu 1,91% nas provas objetivas, em comparação à prova anterior. Mesmo com todos os registros cartoriais do nove dedos, o ensino médio público não tem melhorado e perdeu participação no grupo das melhores escolas do Brasil.
Se ampliada a quantidade de colégios analisados para o grupo das 25% melhores, a redução das públicas é mais acentuada: vai de 20,7% para 15,7% (queda de 24,1%).
Quase todos colégios oficiais de elite são técnicos, de aplicação, militares ou ligadas a universidades. São diferentes da maioria das públicas, que não seleciona alunos, entre outras diferenças.
O MEC diz ainda que parte dos alunos das escolas federais pode não ter sido avaliada, pois em 2008 passaram a ter ensino técnico com quatro anos de duração e não três e, assim, não haveria formandos no ano passado.

Tem um ditado nordestino para justificar um absurdo desses: Desculpa de amarelo é comer barro.