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domingo, 11 de setembro de 2011

Uma Trincheira no Senado

Certa que perderá a queda de braço na Câmara Federal onde os deputados são mais "sensiveis aos apelos populares" e vão aprovar a emenda 29 sem se preocupar de onde vem a grana por temerem o impacto do novo tributo na relação com eleitores, dona deelma já arma suas estratégias de defesa para a implantação de uma trincheira federal no senado, onde a ligação dos parlamentares é maior com os governadores que com o povão, permitindo maior pressão dos executivos estaduais para uma nova CPMF, CSS ou qualquer poha de nome que tenha.

Assim, se falhar a primeira linha de defesa, o (des)governo vai tentar barrar no Senado a nova regra para definir como os recursos da saúde pública sob a alegação que a simples aprovação do projeto que regulamenta a Emenda 29 não resolve o problema.
Existem algumas alternativas exdrúxulas já apontadas como aumento do imposto do álcool(bebida, não combustível) e cigarro, a liberação e tributação simultânea dos jogos de azar e a utilização de recursos do pré-sal (estes previstos para 3999).

O fato é que a governANTA não quer arcar com o ônus político de quebrar sua promessa de campanha de não aumentar imposto e pretende transferir a conta pra os genuflexos e venais senadores e governadores, inclusive da teórica oposição; mas na avaliação do time de deelma, a melhor saída para financiar o setor é a criação da CSS (Contribuição Social da Saúde) na faixa de 0,1% sobre as movimentações financeiras; pois existem estudos da área econômica avaliando que as alternativas discutidas no Congresso não seriam capazes de gerar os recursos necessários para cobrir as despesas adicionais.O infográfico acima é da Folha de São Paulo e mostra o tamanho da encrenca. A proposta em rota final de discussão obrigaria a União a aumentar seus gastos com saúde de 7% para 10% de sua receita, coisa de R$ 30 bilhões a mais nas despesas.
Embora sejam inconsequentes demais, sabe-se que nas coxeiras os congressistas e o (des)governo têm muito medo da repercussão de coisas como um imposto sobre grandes fortunas e a taxação de remessas de lucros e dividendos para o exterior, e que a diarista é contra a legalização dos bingos e cassinos, defendida por Wally, porque levará a pecha de que a saúde pública passaria a ser financiada por uma atividade muito mal vista pela sociedade.
Cabe lembrar que, ao definir com mais clareza o tipo de despesa que pode ser classificada como gasto com saúde pública, o projeto provocará um aumento nas despesas dos Estados. No caso da União, o risco maior é o aumento do percentual mínimo que deve ser aplicado no setor, uma ideia que foi derrubada na Câmara, mas poderá ser retomada no Senado.

Bom. Nos resta ficar atentos, pois com essa rapiocada não se pode bobear. Quando se abre o olho já aprovaram alguma coisa que põe no nosso.

2 comentários:

opcao_zili disse...

Oi cacique,
Qualquer que seja a invenção de imposto não surtirá efeito porque querem mais dinheiro para as campanhas do ano que vem.Nada obriga esse governo a gastar o necessário com saúde e educação ou infraestrutura necessárias ao bom desempenho do Brasil. Só querem ficar ricos com pouco esforço.

Zinha disse...

Cruzes! Será possível que não exista ninguém "de peso" que enfie nas cacholas desses beócios que, se cortarem despesas,diminuirem os ministérios e demitirem todos os "cumpanheiros" vagabundos e apadrinhados dessa corja, o dinheiro dá sim, para promover uma "Saúde"pelo menos razoável!
Ou não? (by Caetano Veloso)rsrs