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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cordelando 13 - Misturando Personagens

Nota do Autor: Por razões óbvias, excluimos da imagem representativa deste post, os personagens do cordel Gisele Bündchen e Getúlio Vargas.


Desde o começo dos tempos,
Os ômi se admira.
Pode ser coisa do bem,
Ou uma inveja encardida.
O fato é que tem um monte,
Fogoso que nem um pavão.
Que misturando as histórias,
Só fica com o que há de bão.

Nove dedos repetiu,
A conversa de entulho.
Dizendo que na história,
Pros pobre; só ele e Getúlio.
E que a coisa diferente,
Era só mesmo o partido.
O pijama e o revólver,
E o suicídio sofrido.


Eu que penso diferente,
Das coisas desse cotó.
Digo que o seu Getúlio,
Trouxe coisa bem melhor.
Que não forma enganação,
Nem nos miolo dá nó.
E prá calar essa boca,
Um tiro não tem mió.

Outra coisa engraçada,
Se não fosse irritante.
Uma lista que fizeram,
Com as muié mais importante.
Botando nas mesmas 100,
A Gisele e a governante.
Uma parece uma uva,
A outra... Um elefante.

A primeira tem um jeito,
Que parece uma princesa.
Olho claro e uma face,
Bonita que é uma beleza.
A outra quando nos fala,
Coitada só sai besteira.
Mente, Engana no trabalho,
Dizendo que é faxineira.

Me lembrei do dotô Paulo,
Governador e prefeito.
Que enrolou todo mundo,
Dizendo ser bom sujeito.
Quando descobriram os podres,
Aí não tinha mais jeito.
Foi parar na lista negra,
Da Cana internacional.
No meio daqueles bandido,
Maluf ficou logo igual.


Inda quis fazer acordo,
Prá sair do bololô.
Prás corte de Neva Iorqui,
Advogado mandô.
Pensando em sair da lista,
E passear mais feliz.
Pela Europa e Istêites,
Em Cancun e em Paris.


Tava tudo quase certo,
Os acordo assinado.
Só faltava ele ir,
Sem ficar lá algemado.
Combinaram direitinho,
Com o xerife e o dotô.
Mas daqui de nossa terra,
Esqueceram o promotor.
Que há anos persegue ele,
E a conversa não colou.


E sobre os outros bandidos,
Que também foram manchete.
Cacciola, Kadaffi, Battisti,
Em liso não gruda chiclete.
Inda mais amigo do Inácio,
Ele próprio uma vedete.


Perde banco e ganha abrigo,
Cadeia mais não senhor.
E o outro até postura,
De carioca ganhou.
Sem falar que na Bahia,
Terra tem do outro senhor.

Quase ia me esquecendo,
Do dotô estuprador.
Que tem um nome difícil,
E Gilmar Mendes soltou.
Alegando que sabia,
O endereço do senhor,
Que era Homi de idade,
E apreço tinha demais.
Pois pegou um passaporte,
Tá no Líbano, num volta mais.

Sinceramente eu não sei,
O que vai ser do Brasil.
Terra adorada e querida,
Amarelo e Azul Anil.
Tanto bandido que tem,
Que ninguém lhe é servil.
Corrupto em tudo que é canto,
Pouca gente Varonil.
Oposição não existe,
Vá-se à Puta Que Pariu...

2 comentários:

Sonia disse...

Disse tudo. Nem sobrou pra comentar, rsrs...
Você está crescendo no verso, se soltando mais e mais a cada semana...isso é muito bom e me deixa extremamente orgulhosa. :D
Acho que loguinho pode-se pensar até na publicação desses cordéis, nem que seja como e-book... hum?? ;DD
Beijão, meu afilhado!!

opcao_zili disse...

Oi cacique,
Nada a acrescentar mas a lamentar que o Brasil seja, atualmente, essa M**** que vemos e que vc tão bem descreveu.
Cacciola, perto desses cretinos soltos, ricos,rindo de nós, é figura pequena.O BNDES está sendo depenado e ninguém pode fazer nada porque os cooptados são useiros e vezeiros. Novamente - CRÓEU