Mas prá não deixar nenhuma dúvida que essa Josta é piada, vejam só o nome do taR programa da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior): PDSE (Programa Institucional de Bolsas de Doutorado - Sanduíche no Exterior). Dá prá levar a sério?
E continua a brincadeira...Prá se enquadrar na lista dos candidatos a mandar alunos para o exterior, os cursos de doutorado deverão ter notas entre 3 e 7 na avaliação da Capes e poderão se candidatar a receber não uma, mas duas cotas de bolsas. Antes, apenas os cursos com nota acima de 5 recebiam uma só cota. Com essa moleza, atingirá mais de 750 milhões...
Prá facilitar ainda mais, o coordenador do programa de pós-graduação será o responsável por designar uma comissão (10% talvez?) para análise de cada proposta de estágio. Os candidatos poderão fazer suas inscrições na página eletrônica da CAPES somente após a aprovação dos seus documentos nas instituições de ensino.
O projeto final será apresentado na próxima semana à governanta pelos dois sinistros.
Do total de bolsas, 45 mil serão ofertadas pela CAPES e 30 mil, serão de responsabilidade do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
De acordo com o MEC, a estimativa de investimento ao longo dos quatro anos será de US$ 936 milhões. (Naquela taxa de 10% serão quase US$ 94 milhões)
Só prá comparar como esse (des)governo pensa (HEIN) "grande", em 2010 foram distribuídas 5.300 bolsas de estudos no exterior. A meta do programa é aumentar esse patamar em 15 vezes, dando prioridade à formação de alunos em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país como engenharias e tecnologia, atingindo alunos dos níveis de pós-doutorado, doutorado, mestrado, graduação e cursos técnicos em nível médio.
Como todas as coisas deles vem de trás prá frente, o plano pronto e já vai liberer grana, mas ainda não firmou parcerias com as instituições de ensino estrangeiras interessadas em receber alunos brasileiros. Mas isso é um detalhe.
Bom...deixa a vida me levar, diria o poeta.
O problema é que conversei já várias vezes com amigos meus mestres, doutores e pós-doutores e ainda um pró-reitor e outro reitor; e foi voz comum que a bronca é trazer os "cérebros de volta" como diz o bigode irrevogável. Os números que eles falam é da ordem de 20%. Eu acho muito alto, mas eles garantem. Se não forem estabelecidos critérios de garantia de compromissos de retorno e para trabalhar para as instituições, vai ser um bolsa-família para graduados: sem fim e sem retorno para a nação. Esse povo vai todo trabalhar na iniciativa privada, isso se voltarem. pagar prá ver, como sempre...
Um comentário:
Cacique! Ia comentar sobre o post phodástico, de sempre. Mas comento sobre sua "instrução" ali na coluna da direita. Muito bom, o aplauso ao blogueiro.
Permita-me contar uma história, para que seus leitores vejam como este espaço de comentários é importante. Outro dia, recebemos um e-mail de uma doutoranda, cuja tese baseia-se no regime de progressão continuada. Ela pediu permissão para usar não apenas um post do blog sobre o tema, mas os comentários publicados, preservando a identidade dos comentaristas. Segundo ela, a opinião dos leitores tem peso grande, maior do que de quem escreve.
Vamos comentar, gente! Parabéns pela iniciativa, Cacique!
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