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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ainda Sobre o Itaquerão

Um grande trunfo para um time de futebol é jogar em seu proprio estádio. Torcida em maioria, melhores lugares, mais conforto para jogadores, torcedores, equipe, convidados e pouco, ou quase nada para o adversário. É assim em todo lugar do mundo.
O Sport Clube Corintians Paulista acalenta esse sonho há mais de 100 anos e NADA até hoje.
Um grande alento surgiu com a bendita copa do mundo de 2014. A boa lógica mandava que se fizesse a reforma e ampliação do estádio do Morumbi, de propriedade do São Paulo Futebol Clube por dezenas de razões, entre as quais seria uma obra privada, talvez financiada com dinheiro público e juros subsidiados, mas seria PAGA.
Dezenas de manobras politico-eleitoreiras depois, com intervenção quase criminosa do EX, o estádio foi excluído de toda e qualquer possibilidade de sediar a abertura e outros jogos e a cidade de São Paulo ficaria sem os jogos.
Eis que pinta um terreno meio que abandonado, cedido há décadas para que o Curintcha fizesse sua casa. Mas cadê a grana? O clube não tem, os governantes estadual e municipal juraram de pés juntos que não haveria dinheiro público e patrocinador, mesmo a parceiríssima Odebrecht, nem por sonho pensariam em por um saco de dinheiro (os números oscilam entre 750 milhões e 1 bilhão de Reais) só prá dar nome ao estadio e agradar um EX-presidente.
Buscaram o amigão Banco Votorantim, cuja compra de ações pelo BB se imiscui com o que há de mais nefasto das falcatruas deçepaíz, mas com a total insegurança os Ermírios de Moraes se afastaram das negociações.
O idiota do Jilberto Kassab (ele prefere assim, para usar a sigla JK) mandou um projeto à Câmara Municipal para dar incentivos fiscas da ordem de R$ 450 milhões na descula de gerar crescimento na pobre região, mas ainda assim estava bem longe do necessário para a obra.
Agora estão enfiando o pobre do Banco do Brasil diretamente na jogada, sem trocadilho. Num rompante de caridade, o BB pediu "juros reais exorbitantes" de 1% mais TJLP e garantias da pr'opria Odebrecht, mas ainda não chegou a um acordo para ser o agente e repassar o empréstimo do BNDES de R$ 400 milhões para a construção.
A negociação entre a Odebrecht e o Corinthians com o Banco do Brasil em torno do financiamento para a construção do estádio do Itaquerão passa por um "estresse tremendo", de acordo com um dos executivos que participa das conversas.
O BNDES não aceita dar o recurso para o fundo formado pela Odebrecht e pelo Timão para construir a arena. Só aceita liberar dinheiro para a própria empreiteira, sem o clube, pois este não tendo fins lucrativos não tem como dar garantias reais nem próprias nem de seus diretores.
Esse é um dos casos que rolam nas sombras com nossos impostos. NENHUM dos estádios da copa se viabilizam sozinhos e vai sobrar para os contribuintes. E sem licitação ou com estas fraudadas ou, no mínimo, secretas e sob suspeita.

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