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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Porcaria de País é a Sua Mãe...

Essa criatura aí em cima é Walter Torre Júnior, dono da WTorre, um grupo empresarial de grande porte, dos miores do país, com atuação em construção civil, empreendimentos imobiliários, condomínios residenciais e comerciais - horizontais e verticais de alto padrão; estaleiros e construções navais e investimentos em obras de infraestrutura.

Em resumo, um poderoso empresário, mas com extrema "dependência" de favores de governos para soluções heterodóxicas de grandes problemas fiscais, tributários e financeiros.

Um excelente cliente para quem tem muito para oferecer em termos de consultoria na agilização de "causos", como Toinho Pallocci, por exemplo.

Em seu recém-destacado valor nacional, o Waltão concedeu uma entrevista ao Estado de São Paulo, para "detalha" seus negócios com o glorioso Toinho.
Falou em pequenos valores dos pagamentos ("O valor total é inferior ao de um automóvel"; coisa de R$ 50 mil em 4 anos), tempo de atuação das consultas ("Palocci esteve 22 vezes na empresa, nas últimas sextas feiras do mês, mês sim e mês não"), e outros lare-lare assemelhados.
Coisa de concreta meeesmo não saiu nada, por supuesto.

Mas para bom entendedor, meia palavra basta. No pouco que seu Walter falou, disse que contratou Toinho "porque ele é uma pessoa extremamente influente, com alto grau de conhecimento de mercado financeiro, ex-ministro da Fazenda", negando veementemente que o tenha sido por tráfico de influência. "Cada vez mais fico irritado quando não existe seriedade e transparência. Minha empresa é extremamente transparente. Eu fico indignado. Você tem noção da cultura e da vivência que tem um ministro da Fazenda? Estávamos para abrir o capital da empresa, queríamos saber se era hora de abrir capital interno ou externo. Nós não trabalhamos com o governo, com obra pública. Não tenho nenhum negócio".

Mas, sofrendo de amnésia, seu Walter esqueceu que vendeu para a Previ um prédio milionário, num leilão, onde houve 18 propostas, por um acaso, a mais alta foi da Previ, alem de locar 2 outros para a Petrobrás. Claro que tudo isso sem nenhum tipo de favorecimento, nada com Toinho.
Mas o que me leva ao título do post foi uma das últimas respostas do empresário.
Inquirido sobre as recentes tratativas com Tonho, Waltão respondeu que "Não falo com ele há seis, sete meses. A última vez foi em 2010. Aposto nessa porcaria de País. Não admito que usem minha marca para fazer manchete falsa ou qualquer outro tipo de envolvimento que não seja a mais pura verdade.

Caro Waltão, podem existir, mas são raríssimos os donos de grandes fortunas que surgiram do nada e se destacaram no ramo empresarial de qualquer área que não tenha "negócios com o governo". E falo qualquer governo. Esse seu puritanismo e isenção você pode contar lá prás suas negas; para o cacique não.

E tem mais: FOI CHUNCHO SIM. Mais cedo ou mais tarde vai aparecer o seu e dos outros clientes de Toinho.

A nação brasileira, que não é nenhuma porcaria, merece saber por quem está sendo roubada.

Um comentário:

Regina Brasilia disse...

Vai ver o Waltão se referia à porcaria de país que se erige no lugar do Brasil. O país do PT. Sei não, Cacique, o cara deve saber - e bem - do que está dizendo...