Ontem, no caminho de casa, ouvi na Voz do Brasil um beócio, de quem não recordo o nome, justificando o aumento dos acidentes nas estradas durante o feriado da semana santa.
Mas, qual não foi a surpresa quando a argumentação da criatura se expos. na visão dele, NÃO houve aumento dos acidentes.
Pensei em parar o carro e me atirar em baixo do primeiro caminhão que passasse, mas resolvi chegar em casa e ler de novo sobre o fato, assim como ouvir de novo a Voz do Brasil em outra rádio. E aí tudo se esclareceu.
A criatura estava comparando os acidentes da semana santa com os acidentes no carnaval. Vê se pode! Literalmente comparou C* com calango e, é claro, os números diminuiram evidentemente.
Em sua defesa (Tá....Eu busco alguma coisa de bom em todos. É meu jeito de ser) pode-se dizer que citou os fatores de acidentes e lembrou de incluir a engenharia nas maiores causas, junto com volume de tráfego causado por haverem sido vendidos mais carros nos últimos anos (Pronto. Lá foi ele de novo pro caminho típico dos petralhas).
Mas voltemos aos fatos.
Entendi que por Engenharia, a peça rara de Almanaque Capivarol quis levar à falta de obras e investimentos em ampliação das rodovias, ao estado de completo abandono e deterioração em que estão, à inexistência de tecnologia à supervisão e fiscalização, ao ínfimo quantitativo dos quadros da Polícia Rodoviária Federal, etc e tal.
Não há portanto comparativos entre semelhantes (carnaval com carnaval; semana santa com semana santa) de modo a facilitar a digestão dos números por quem os lê.
Nossas estradas matam mais que as guerras que se configuram pelo mundo afora. Por serem mal projetadas, mal construídas, mas conservadas e mal fiscalizadas.
E nossos (des)governantes continuam Acidentando e Andando prá isso.
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